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Brasil acelera obra do primeiro submarino nuclear da América Latina com tecnologia de urânio dominada há 42 anos

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 30/07/2025 às 11:05
Corte transversal de um submarino nuclear mostrando compartimentos internos e reator submerso no oceano
Ilustração realista de um submarino nuclear cortado ao meio, revelando seus sistemas internos e compartimentos operacionais enquanto navega submerso
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Marinha lidera projeto inédito que reforça soberania, impulsiona a indústria e destaca o Brasil no cenário global


Brasil avança com o maior projeto militar da América Latina. O primeiro submarino de propulsão nuclear está sendo desenvolvido em fase avançada, com liderança da Marinha do Brasil.

O objetivo é garantir soberania em alto-mar, modernizar a frota naval e colocar o país entre as nações com tecnologia nuclear militar consolidada.

No município de Iperó, interior de São Paulo, o Centro Industrial de Aramar ocupa 8,5 quilômetros quadrados e concentra o desenvolvimento do reator nuclear.

Esse reator será responsável por movimentar o submarino. A embarcação será construída até o fim da próxima década em Itaguaí, no Rio de Janeiro.

O projeto é estratégico para o controle da Amazônia Azul, área marítima de mais de 4,5 milhões de km² sob jurisdição brasileira.

Segundo Celso Mizutani, diretor do centro tecnológico da Marinha, a extensão da costa exige vigilância constante e meios de defesa com grande autonomia.

Por isso, a propulsão nuclear garante mais tempo de operação no mar, sem necessidade de reabastecimento durante longos períodos de missão.

A tecnologia nacional dá autonomia e torna o Brasil menos dependente de parceiros externos, o que amplia a capacidade de defesa e proteção logística.

Submarino nuclear amplia influência internacional do Brasil e fortalece discurso na ONU

A tecnologia militar brasileira também serve como trunfo diplomático. O cientista político Paulo Ramirez, da ESPM, afirma que o submarino reforça a candidatura brasileira ao Conselho da ONU.

A presença de um equipamento desse porte demonstra que o país tem condições reais de integrar forças internacionais com capacidade de ação autônoma e sustentável.

O Brasil domina o enriquecimento de urânio desde 1982. O processo começa com a conversão do minério em gás, seguido de centrifugação de alta rotação.

Isso permite aumentar a eficiência energética do combustível nuclear. Apenas 13 países no mundo possuem domínio total dessa tecnologia avançada e estratégica.

Esse domínio coloca o Brasil como uma potência singular na América do Sul, com autonomia plena em sua política de defesa e desenvolvimento atômico.

Sérgio Luís Miranda, diretor de desenvolvimento nuclear da Marinha, afirma que o conhecimento acumulado é protegido por acordos internacionais de não proliferação.

A Marinha brasileira monitora as instalações com rigor. Até hoje, não registrou nenhum incidente de invasão, sabotagem ou contaminação em suas unidades operadas.

A Marinha brasileira realiza o controle total do ciclo do combustível com segurança, disciplina militar e transparência institucional perante organismos de inspeção internacional.

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Tecnologia militar impulsiona pesquisa, gera inovação e beneficia a sociedade civil

O impacto não se limita ao setor militar, pois a construção do submarino nuclear impulsiona a indústria nacional e também estimula pesquisas em universidades brasileiras.

Além disso, a tecnologia do reator nuclear pode ser adaptada e usada em áreas civis, como saúde, segurança alimentar e geração de energia limpa.

Entre outros usos, destacam-se os radiofármacos utilizados em diagnósticos médicos, bem como processos de esterilização de alimentos exportados para mercados internacionais exigentes.

Por outro lado, a geração de energia elétrica surge a partir do conhecimento desenvolvido pela Marinha e adaptado para finalidades civis.

Esses avanços, portanto, derivam da ciência aplicada à defesa e, ao mesmo tempo, demonstram benefícios concretos para diferentes setores da sociedade civil.

A construção do submarino, que, aliás, deverá se intensificar nos próximos anos, representa um salto no desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro.

Mais do que isso, o submarino não apenas protege o litoral, mas também posiciona o Brasil em novo patamar estratégico, militar e econômico internacional.

Por fim, a soberania marítima, unida ao uso pacífico da energia atômica, revela que o país aposta no futuro com base em conhecimento nacional.

Você acredita que esse avanço nuclear pode transformar o Brasil em uma liderança regional com influência global?

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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