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Brasil acelera esforços no desenvolvimento de um CHIP revolucionário para aumentar a capacidade de transmissão de dados em rede, impulsionando conectividade e inovação tecnológica

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 28/10/2024 às 15:29
Chip, Brasil, Desenvolvimento
Foto: Reprodução

Em uma aposta tecnológica, o Brasil investe no desenvolvimento de um chip que promete melhorar a capacidade de transmissão de dados em rede, elevando a conectividade e preparando o país para avanços digitais. Saiba mais sobre essa iniciativa inovadora!

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em conjunto com o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Comunicações (Funttel) e o Ministério das Comunicações, apoia o desenvolvimento de um chip inovador que promete revolucionar a transmissão de dados por fibra óptica no Brasil.

Com dimensões de apenas cinco milímetros, o dispositivo é capaz de processar grandes volumes de dados, atingindo uma capacidade impressionante de 1,2 terabytes por segundo (Tbps).

Este avanço, criado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), abre portas para diversas aplicações planejadas para a internet do futuro.

O Projeto Teranet e a evolução das redes ópticas

O chip é resultado do projeto Teranet — Sistemas Ópticos em 1 Tb/s para a Internet do Futuro, iniciado em 2018. O objetivo do Teranet é desenvolver soluções avançadas para aumentar a capacidade e a eficiência das redes ópticas no país.

O projeto inclui técnicas de amplificação óptica, algoritmos de processamento de sinais e dispositivos de fotônica integrada, todos desenvolvidos com foco nas redes de alta capacidade, como as redes 5G e futuras redes 6G.

Essa inovação se torna ainda mais relevante com a crescente demanda por largura de banda em aplicações como streaming de vídeo, realidade aumentada e realidade virtual, que exigem uma infraestrutura robusta e eficiente.

desenvolvimento, CHIP, Brasil
Um chip fotônico é um dispositivo que utiliza luz (fótons) em vez de eletricidade para realizar operações computacionais e transmitir informações

Tecnologias avançadas aplicadas ao chip fotônico

O chip fotônico, tecnologia central do Teranet, utiliza luz (fótons) em vez de eletricidade para realizar operações computacionais e transmitir informações.

Diferente dos circuitos eletrônicos convencionais, que dependem de elétrons, o chip controla a luz através de circuitos ópticos, processando dados com mais velocidade e eficiência. Entre as inovações aplicadas ao dispositivo estão:

  • Processamento digital de sinais: técnica que ajuda a otimizar a transmissão dos dados, reduzindo ruídos e interferências.
  • Transceptores ópticos integrados: que combinam transmissor e receptor em um único dispositivo, facilitando a comunicação óptica.
  • Amplificação óptica de banda estendida: método que aumenta a capacidade da rede para suportar grandes volumes de dados.
  • Redes ópticas flexíveis: com capacidade de adaptação para diferentes demandas e tipos de dados, permitindo uma maior versatilidade.

Essas inovações tecnológicas fazem do chip fotônico uma peça fundamental para o avanço da infraestrutura digital, garantindo a transmissão de dados em velocidades elevadas e com menor consumo de energia.

Funcionamento e importância do chip fotônico

Um chip fotônico se diferencia dos chips convencionais por usar luz para o processamento e a transmissão de informações, ao invés de eletricidade.

Este tipo de chip controla a luz de maneira a realizar operações de forma muito mais rápida, o que representa um grande avanço para a eficiência energética e a velocidade da internet.

O CPQD foi responsável por projetar e desenvolver todos os elementos básicos do chip, incluindo componentes capazes de gerar e receber sinais ópticos modulados em alta velocidade.

O pequeno dispositivo também é integrado a um transponder óptico, que envia e recebe sinais ópticos em uma fibra e é essencial para as comunicações por fibra óptica.

Validação e expectativas para o futuro da internet

A validação dos protótipos foi realizada no laboratório de sistemas de comunicação óptica do CPQD, assegurando que o chip atenda às expectativas de performance e confiabilidade.

Segundo os desenvolvedores, o dispositivo poderá suportar não só a expansão da internet das coisas (IoT) e o avanço das redes 5G e 6G, mas também atenderá às necessidades futuras da internet, como aplicações que demandam baixíssima latência e altas taxas de transferência.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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