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Brasil à beira da metade mais pobre do mundo: desigualdade cresce e renda trava futuro em 2025

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 08/07/2025 às 14:51
Mulher em favela brasileira simboliza desigualdade e pobreza no Brasil em 2025
Moradora de comunidade no Brasil destaca realidade de famílias afetadas pela renda estagnada em 2025
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Desigualdade ainda desafia crescimento econômico em 2025

O Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 5 de julho de 2025, enfrenta um cenário de desigualdade alarmante.

Embora o Produto Interno Bruto (PIB) tenha avançado 2,5% em 2024, grande parte desse crescimento não alcançou os mais vulneráveis.

Assim, o país se aproxima perigosamente de integrar o bloco que reúne 50% da população mundial com menor renda.

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mesmo com políticas de transferência de renda, a concentração de riqueza ainda restringe avanços estruturais.

Renda média estagna enquanto pobreza cresce

Ainda que medidas emergenciais tenham sido aplicadas desde 2022, especialistas apontam que a renda domiciliar per capita ficou praticamente estagnada.

Em junho de 2025, o IBGE destacou que o rendimento médio mensal permaneceu na casa dos R$ 1.625, pouco acima do nível registrado em 2019.

Dessa forma, a recuperação pós-pandemia perde força, o que expõe milhões de brasileiros a novas situações de vulnerabilidade.

Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reforçam que o índice de pobreza voltou a crescer em 2024.

O índice atingiu 33,2% da população, o maior patamar desde 2015.

Assim, o impacto social desse cenário preocupa organizações multilaterais, como o Banco Mundial.

Fatores que mantêm a concentração de riqueza

Entre os principais fatores que mantêm o Brasil na metade mais pobre do planeta estão o alto desemprego estrutural e a baixa produtividade.

Embora o mercado de trabalho tenha gerado 1,8 milhão de vagas formais em 2024, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a informalidade ainda é alta.

A informalidade atinge mais de 39% dos trabalhadores, o que limita o acesso a direitos e impede o avanço da renda média.

Ao mesmo tempo, a FGV aponta que a defasagem na educação básica compromete o futuro de novas gerações.

Além disso, políticas de incentivo fiscal mal distribuídas ampliam a distância entre ricos e pobres.

A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Imagem: Google Imagens.

Medidas para reverter o cenário

Para enfrentar essa realidade, o governo federal discute desde janeiro de 2025 a ampliação de programas como o Bolsa Família.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, cerca de 21 milhões de famílias já foram atendidas.

Analistas defendem a integração com políticas de geração de emprego.

O Plano Nacional de Educação, revisado em março de 2025, também busca reduzir desigualdades regionais.

O foco está no fortalecimento do ensino técnico.

Paralelamente, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) aponta que é preciso modernizar a indústria.

Essa modernização é necessária para criar empregos de qualidade.

Portanto, especialistas afirmam que o combate à desigualdade exige políticas coordenadas e de longo prazo.

Perspectivas para o futuro

Enquanto economistas, como os da FGV e do Ipea, reforçam a importância de reformas estruturais, o debate sobre tributação de grandes fortunas ganha força.

Desde abril de 2025, o Congresso discute propostas para tornar o sistema tributário mais progressivo.

Relatórios do IBGE indicam que a retomada do crescimento sustentável depende de medidas que combinem incentivo à produtividade e qualificação profissional.

Também é essencial garantir a redistribuição de renda.

Assim, o Brasil poderá se afastar da metade mais pobre do mundo, garantindo oportunidades reais para milhões de cidadãos.

Porém, especialistas alertam: sem ações concretas, o risco de retrocesso continuará rondando a economia nacional.

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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