Em um movimento que pode mudar o cenário econômico entre Brasil e China, os dois maiores bancos privados do país, Bradesco e Itaú, estão se posicionando estrategicamente para aproveitar uma oportunidade única.
Em um ano marcado pela celebração de 50 anos de relações diplomáticas entre as duas nações, esses gigantes financeiros querem ir além das fronteiras nacionais, estabelecendo laços comerciais que podem transformar o futuro dos investimentos. Mas o que exatamente está por trás dessa jogada ousada?
Os bancos brasileiros Bradesco e Itaú decidiram fortalecer suas operações internacionais, focando no crescente mercado chinês. Ambos anunciaram parcerias estratégicas com grandes gestoras de recursos na China, visando oferecer aos investidores brasileiros e chineses acesso a novas oportunidades de mercado.
Segundo os CEOs das instituições, essas iniciativas fazem parte de uma estratégia mais ampla de diversificação e expansão internacional, em um momento em que o comércio entre Brasil e China atinge recordes históricos.
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Foco do Bradesco no mercado chinês
O Bradesco, que administra cerca de R$ 857 bilhões em ativos, avançou significativamente nessa estratégia ao firmar um acordo de cooperação com a China Universal Asset.
Essa parceria visa lançar, ainda em 2024, um fundo de ativos brasileiros na Bolsa de Xangai, através de um ETF (fundo de índice).
Esse movimento permitirá que investidores chineses tenham acesso ao mercado brasileiro, enquanto um fundo de índice de papéis chineses será listado na B3, disponível para qualquer investidor no Brasil.
Segundo Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset, o mercado chinês oferece oportunidades valiosas em setores estratégicos como veículos elétricos, biotecnologia e energia solar.
“Vemos um enorme potencial na estratégia de conectar os mercados brasileiro e chinês”, afirmou Funchal. A cooperação com a China Universal Asset, que gere cerca de US$ 178 bilhões (aproximadamente R$ 1 trilhão), representa uma chance de ouro para explorar essas oportunidades.
Itaú se une à E Fund
Por outro lado, o Itaú, que tem R$ 971 bilhões em ativos sob gestão, também busca fortalecer seus laços com a China através de uma parceria com a E Fund, uma das maiores gestoras de ativos do país asiático, que possui cerca de US$ 464 bilhões sob gestão.
Conforme comunicado conjunto, o Itaú está em busca de colaborar com a E Fund em diversas plataformas, oferecendo uma gama diversificada de produtos e serviços aos seus clientes.
Carlos Augusto Salamonde, chefe de Gestão de Investimentos Globais do Itaú, explicou que essa parceria se alinha com a agenda estratégica do banco de buscar as melhores oportunidades de investimento, independente do cenário econômico.
A E Fund, que atende tanto pessoas físicas quanto grandes investidores institucionais, como bancos centrais e fundos soberanos, vê essa colaboração como uma ponte que facilita o acesso dos brasileiros ao mercado chinês e vice-versa.
Laços comerciais mais fortes do que nunca
A aproximação entre Brasil e China ocorre em um contexto de crescimento econômico e comercial sem precedentes. Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, e em 2023, o comércio bilateral atingiu a marca histórica de US$ 157 bilhões (cerca de R$ 861 bilhões).
Essa parceria econômica deve ganhar ainda mais destaque com a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, prevista para novembro de 2024, pouco antes da cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
Segundo Xiaoyan Liu, cochairman da E Fund, a parceria com o Itaú não só diversifica os produtos oferecidos, mas também acelera a internacionalização da gestora chinesa.
Ele acrescenta que essa cooperação também será fundamental para atrair investimentos brasileiros para a China, consolidando a estratégia de expansão global da empresa.
Para especialistas, essas iniciativas dos maiores bancos privados brasileiros refletem uma visão estratégica focada no fortalecimento das relações econômicas entre Brasil e China.
Apostando na diversificação e na expansão internacional, Bradesco e Itaú visam conectar investidores de ambos os países, aproveitando ao máximo as oportunidades que surgem dessa colaboração. Mas, será que essas parcerias realmente trarão os frutos esperados? O que você acha? Deixe sua opinião nos comentários!