Bolsa brasileira atinge 144.130 pontos pela primeira vez na história. Alta de 1,31% foi puxada pelos grandes bancos e reforça o apetite dos investidores pelo mercado local
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, alcançou nesta segunda-feira (15) o patamar inédito de 144.130 pontos, registrando valorização de 1,31% no intradiário. Esse recorde histórico foi impulsionado pela força dos grandes bancos e pela melhora nos indicadores econômicos, que reduziram a pressão sobre os juros futuros.
Segundo dados da B3, a bolsa brasileira ganhou tração com a combinação de inflação controlada e expectativa de juros estáveis, cenário que deu fôlego às ações de instituições financeiras e aumentou a confiança do investidor no mercado local.
Bancos lideram ganhos e puxam o índice
O setor bancário foi o grande motor da alta da bolsa brasileira.
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O Bradesco ON avançou 2,01%, a R$ 14,70, enquanto o Bradesco PN subiu 1,66%, a R$ 17,11, renovando máximas recentes.
Também tiveram ganhos expressivos o BTG Pactual (+1,71%), o Itaú PN (+1,47%) e o Santander Unit (+1,08%), consolidando a força do setor.
O Banco do Brasil destoou do movimento positivo, caindo 1,03%, em meio a temores de possíveis sanções dos Estados Unidos após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Essa queda trouxe cautela e mostrou que fatores políticos ainda pesam sobre a bolsa brasileira.
Minério de ferro recua, mas Vale sustenta alta
Apesar da retração do minério de ferro em Dalian (-0,31%) e em Cingapura (-0,25%), as ações ligadas ao setor mineral também ajudaram a sustentar a bolsa brasileira.
A Vale subiu 0,75%, acompanhada por Bradespar PN (+0,71%) e CSN Mineração (+0,59%).
No setor siderúrgico, os ganhos foram ainda mais fortes: Gerdau PN avançou 2,45%, Metalúrgica Gerdau PN ganhou 2,38%, enquanto CSN ON (+0,89%) e Usiminas PNA (+0,22%) também operaram em alta.
Esses movimentos mostram que a bolsa brasileira encontra apoio em setores estratégicos, mesmo diante de oscilações internacionais.
Dólar cai e juros no radar global
Enquanto a bolsa brasileira batia recorde, o dólar à vista recuava 0,78%, cotado a R$ 5,31 — mínima desde junho de 2024.
O dólar futuro para outubro caía 0,72%, a R$ 5,3320.
De acordo com operadores, a expectativa está voltada para a “super quarta”, quando o mercado deve acompanhar a decisão de juros nos Estados Unidos e no Brasil.
A projeção é de corte de juros pelo Federal Reserve e manutenção da Selic em 15% ao ano pelo Banco Central.
Esse diferencial favorece operações de carry trade, em que investidores internacionais aplicam em mercados de maior rentabilidade como a bolsa brasileira.
O que significa esse recorde para o investidor?
A marca histórica de 144 mil pontos reforça a atratividade da bolsa brasileira no curto prazo, mas especialistas alertam que riscos permanecem.
A instabilidade política interna, a dependência do fluxo estrangeiro e as incertezas globais — como a desaceleração da economia chinesa — podem influenciar o rumo do índice.
Para o investidor pessoa física, o recorde é simbólico, mas não elimina riscos.
O momento favorece quem já tem posições em bancos e empresas ligadas ao mercado doméstico, mas a recomendação de analistas segue sendo a diversificação e o foco no longo prazo.
O novo recorde da bolsa brasileira mostra a força dos grandes bancos e o otimismo dos investidores, mas também expõe a necessidade de cautela em um cenário global incerto.
Você acredita que esse recorde da bolsa brasileira marca uma virada de confiança no mercado ou acha que ainda é cedo para comemorar? Como esse movimento impacta seus investimentos? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.