O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) receberam propostas que somam um impressionante montante de R$ 167 bilhões para o desenvolvimento de biorrefinarias no Brasil, voltadas para a produção de combustíveis sustentáveis de aviação e navegação. Esse valor excede em muito os R$ 6 bilhões em recursos inicialmente disponibilizados pelo BNDES e Finep para o incentivo a projetos na área.
A iniciativa, liderada pela Nova Indústria Brasil (NIB), registrou 76 propostas até o final de outubro, quando se encerrou o prazo da chamada pública conjunta. Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de biorrefinarias no Brasil, o edital busca selecionar planos de negócios que atendam à crescente demanda por combustíveis sustentáveis, como o combustível de aviação sustentável (SAF) e combustíveis para o setor de navegação.
Desenvolvimento de biorrefinarias no Brasil: Compromisso com o consumo local e a Lei do Combustível do Futuro
Os projetos recebidos de desenvolvimento de biorrefinarias no Brasil são uma resposta às metas de consumo sustentável definidas pela Lei do Combustível do Futuro, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2024. A legislação estabelece diretrizes para a substituição gradual de combustíveis fósseis por opções sustentáveis, com foco em reduzir as emissões de carbono no Brasil e atender aos compromissos ambientais globais.
De acordo com o BNDES, do total de propostas submetidas, 43 foram direcionadas à produção de combustíveis para aviação sustentável (SAF), representando R$ 120 bilhões em investimentos potenciais. Outras 33 propostas, somando R$ 47 bilhões, foram voltadas para o desenvolvimento de combustíveis marítimos, evidenciando um forte interesse no avanço dos biocombustíveis no país.
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Próximos passos e avaliação de projetos
Com a fase de recebimento de propostas concluída, o BNDES e a Finep passam agora para a etapa de avaliação, na qual serão selecionados os planos de negócios que melhor atendem aos critérios de inovação e viabilidade econômica. Os projetos aprovados poderão contar com instrumentos financeiros específicos oferecidos tanto pelo BNDES quanto pela Finep, fortalecendo ainda mais o desenvolvimento de biorrefinarias no Brasil.
Aposta estratégica em sustentabilidade e liderança global
A aposta no desenvolvimento de biorrefinarias no Brasil é vista como uma estratégia essencial para posicionar o país como líder global na produção de biocombustíveis para aviação e navegação. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou o potencial dos biocombustíveis para a redução de emissões de CO2, estimando que a adoção em larga escala desses combustíveis poderia reduzir até 94% das emissões.
“A quantidade e a qualidade das propostas recebidas demonstram que o Brasil tem, de fato, todas as condições para se tornar líder global na produção de combustíveis sustentáveis para aviação e para a navegação”, afirmou Mercadante, reforçando a confiança no avanço sustentável do setor.
Para o presidente da Finep, Celso Pansera, o volume expressivo de propostas demonstra o comprometimento do setor industrial brasileiro com a sustentabilidade e a transição para uma economia de baixo carbono.
“A enorme demanda revela a aposta assertiva do governo na construção de uma política industrial de baixo carbono, em consonância com um planeta que precisa entender a importância da sustentabilidade”, comentou Pansera.
Importância do desenvolvimento de biorrefinarias no Brasil para o futuro dos biocombustíveis
O desenvolvimento de biorrefinarias no Brasil marca um passo importante na busca por alternativas viáveis aos combustíveis fósseis, especialmente em setores como aviação e navegação, que juntos representam cerca de 5% das emissões globais de dióxido de carbono.
As biorrefinarias, além de serem capazes de fornecer combustíveis de baixo carbono, reforçam a liderança do Brasil na área de biocombustíveis, abrindo caminho para uma indústria mais verde e alinhada aos compromissos ambientais do país e do mundo.
Com o sucesso dessa chamada pública, o Brasil reforça seu papel de vanguarda no cenário global de biocombustíveis, ao mesmo tempo em que investe em inovação e sustentabilidade, pavimentando um futuro mais limpo e promissor.