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BNDES aprova investimento de R$ 59 milhões para a WEG desenvolver turbina eólica de 7 MW, a maior do mercado brasileiro

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 11/05/2023 às 16:49
BNDES e WEG
Foto: Gerador WEG

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um investimento de R$ 59 milhões para apoiar a WEG em seu mais novo projeto de desenvolvimento de uma turbina eólica de 7 megawatts (MW) de potência.

De acordo com o anúncio feito nesta quinta-feira, este será o maior equipamento disponível no mercado brasileiro, representando um salto significativo em relação à plataforma produzida atualmente pela WEG, que tem capacidade de geração de 4,2 MW.

Com um diâmetro de rotor das pás de 172 metros, o novo aerogerador, que é projetado para a geração de energia eólica, é 50 metros maior do que o comprimento máximo de um campo de futebol. De acordo com a WEG, a produção seriada deste equipamento de última geração terá início no final de 2024, no complexo fabril da empresa em Jaraguá do Sul, Santa Catarina.

A necessidade de elevar a potência das turbinas foi o principal motivador deste novo desenvolvimento

A utilização de turbinas com maior potência torna mais eficiente a geração nos parques, permitindo que os empreendimentos tenham a mesma capacidade instalada com menos máquinas em operação e menos terra ocupada.

A nova tecnologia utilizada neste equipamento da WEG permite a otimização no peso dos componentes, flexibilidade no seu transporte e instalação, bem como confiabilidade operacional. E por ser adaptável a diferentes redes de energia, a expectativa é de que o equipamento possa ser exportado para diversos países.

O BNDES visa, através do financiamento deste projeto, fomentar a produção de aerogeradores mais eficientes, em linha com as novas diretrizes estratégicas estabelecidas pelo banco

Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, este movimento visa contribuir com a construção de uma economia mais próspera, verde, digital e inclusiva.

Ainda que a indústria eólica esteja passando por um momento difícil, com alta demanda e aumento de custos associados a matérias-primas, sem conseguir repassá-los aos clientes devido a contratos precificados no passado, os fabricantes do setor continuam investindo e buscando novas tecnologias. No Brasil, embora a General Electric e a Siemens Gamesa tenham anunciado a interrupção de suas operações locais nos últimos meses, a WEG se mantém firme e aposta neste novo projeto para ajudar a impulsionar o mercado de energia eólica.

Este anúncio representa um importante avanço para a WEG e para a indústria brasileira, que poderá contar com uma nova plataforma para a geração de energia eólica. Com a produção deste novo modelo, a expectativa é de que haja uma melhoria no desempenho dos parques eólicos, o que pode impulsionar o mercado e novos investimentos no setor.

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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