Sem prometer o fim dos motores a gasolina, montadora aposta em combustíveis alternativos como HVO100 e prepara novos propulsores híbridos para cumprir normas europeias
Enquanto concorrentes recuam de suas metas elétricas, a BMW mantém sua estratégia dual e reforça a importância dos motores a combustão, que seguem em desenvolvimento em sua fábrica na Áustria e ainda são considerados vitais para sustentar financeiramente a transição para os carros elétricos.
A BMW reafirmou seu compromisso com os motores a combustão como parte essencial de sua estratégia de longo prazo. Em entrevista ao jornal alemão Automobilwoche, Klaus von Moltke, gerente da fábrica de Steyr, na Áustria, afirmou que esses motores não apenas seguem em produção como continuam sendo o pilar financeiro da empresa.
A planta de Steyr fabricou 1,2 milhão de motores no último ano e está adaptando seus modelos de três a oito cilindros para cumprir os novos padrões Euro 7. Além disso, a montadora está investindo em testes com combustíveis alternativos como o HVO100, um óleo vegetal hidrogenado que pode reduzir as emissões de CO₂ em até 90% em comparação ao diesel convencional.
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Ainda segundo von Moltke, esse combustível já está sendo utilizado nos veículos a diesel produzidos na Alemanha antes de serem enviados para as concessionárias. Além da eficiência ambiental, o HVO100 apresenta vantagens técnicas, como melhor desempenho em partidas a frio e menor risco de contaminação microbiana.
Motores a combustão e elétricos convivem lado a lado
Embora mantenha sua aposta nos propulsores tradicionais, a BMW também avança no desenvolvimento de veículos elétricos. A fábrica de Steyr iniciou a produção experimental de motores elétricos da sexta geração, que equiparão os modelos da nova linha Neue Klasse, incluindo o novo iX3, cuja estreia está prevista para setembro.
A produção em série do iX3 começará no fim de 2025 na nova planta de Debrecen, na Hungria. A montadora estima que, até o final da década, metade de suas vendas globais será composta por veículos elétricos. Em 2024, esses modelos representaram 17,4% das vendas do grupo, incluindo as marcas Mini e Rolls-Royce.
Apesar do crescimento, o objetivo de alcançar 50% de participação até 2030 exige um avanço significativo. No primeiro trimestre de 2025, os elétricos responderam por 19% das entregas, sinalizando otimismo por parte da montadora alemã quanto ao ritmo de adoção dos consumidores.
Liberdade de escolha e adaptação às normas
Perguntado sobre a possível proibição da venda de novos veículos a combustão na União Europeia a partir de 2035, von Moltke foi cauteloso. Segundo ele, a função da BMW não é prever decisões políticas, mas sim se preparar para todos os cenários possíveis e manter a capacidade de entrega em qualquer situação.
A empresa também confirmou o desenvolvimento de novos modelos esportivos a combustão. Um novo M3 com motor seis cilindros em linha está em produção, provavelmente com algum nível de eletrificação. Já o M5 manterá o motor V8, agora integrado a um sistema híbrido plug-in para atender às normas de emissão mais rigorosas.
A informação foi divulgada pelo portal especializado Motor1, com base em entrevista publicada pelo jornal alemão Automobilwoche. A reportagem destaca a posição estratégica da BMW frente aos desafios da eletrificação do setor automotivo, sem abrir mão de sua base tradicional de propulsores
Os elétricos se não criarem alternativas p/ as baterias, seram eles a poluição do futuro, um estudo interessante NO BRASIL, busca a partir do hidrogênio se obter um combustível alternativo, zero emissão de co2 e água como resíduos, esse será de fato o futuro p/ energia.
Muitos comentários NADA A VER!!
Carro elétrico é a bola da vez, até CEO de empresas globais automobilísticas afirmam isto!!
O que a Europa Ocidental tem a oferecer com suas normas ambientais. Eles gostam muito de se meter na guerra dos outros, boicotar produtos estrangeiros. Se acharaem os tais. Criaram essas normas onde o resto do mundo segue inclusive o Brasil. Nosso país é continental, onde as normas deveriam ser outras. Eles não tem mais nada a oferecer e querem empurrar o carro elétrico goela abaixo pro mundo. Sequer a matriz energética deles se sustenta, precisam da Rússia para se aquecer.