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Por que a energia nuclear é perigosa?

24 de outubro de 2022 às 17:16
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Por que a energia nuclear é perigosa
Por que a energia nuclear é perigosa (Foto/divulgação)

Em 1938, a fissão nuclear ocorreu pela primeira vez. Em suma, ela é a divisão de metais como urânio e plutônio. Inicialmente, ela foi usada para fins militares, mas, depois das experiências de Hiroshima e Nagasaki, ela passou a ser utilizada de forma pacífica. Neste sentido, muitas pessoas se perguntam: por que a energia nuclear é perigosa?

Geralmente, a energia nuclear é usada na produção de energia elétrica, através de usinas termonucleares. Na prática, elas usam de calor para gerar energia elétrica, através da fissão em um reator. Devido ao caráter perigoso do urânio, as usinas nucleares possuem protocolos rígidos de segurança e controle.

Por que a energia nuclear pode ser perigosa?

Por que a energia nuclear é perigosa / Canal Mistérios do Mundo

Atualmente, a escolha de produção de eletricidade por usinas nucleares ocorre em países que necessitam de grande quantidade, ou que não possuem recursos suficientes em outras matrizes energéticas. Hoje, os Estados Unidos, seguidos pela França, são os maiores produtores mundiais de energia nuclear.

Embora apresente muitas vantagens, a produção de energia nuclear ainda encontra bastante resistência no mercado, especialmente de grupos ecológicos que discutem o problema do lixo nuclear. Neste sentido, os dejetos nucleares podem contaminar rios, mares e solos e, por isso, grande parte desse material é depositado, indevidamente, no fundo do mar.

Além disso, outro perigo da energia nuclear é a possibilidade de escapar da radiação do reator nuclear, em caso de defeito ou explosão. Caso isso aconteça, a contaminação radioativa afetará rapidamente seres humanos e animais, além de se espalhar na atmosfera através de nuvens radioativas, afetando áreas enormes por milhares de anos.

Quais são os riscos da energia nuclear?

A produção e uso de energia nuclear contém diversos riscos, tais como:

Riscos físicos

A grande maioria dos reatores nucleares atuais usam “urânio enriquecido” nas suas atividades. Em suma, ele é feito com o urânio encontrado na natureza, mas, que passa por um processo especial que aumenta a fração dos átomos apropriados para a reação nuclear que gera energia.

Na natureza, a porcentagem do urânio é de 0,3%, mas, o urânio encontrado nos reatores contém 3%, por estar enriquecido. Entretanto, o enriquecimento acima de 80% torna o urânio capaz de explorar numa explosão nuclear. Isso porque, nos reatores nucleares, é produzido uma grande quantidade de radioatividade, que pode causar acidentes.

Dessa forma, uma explosão nuclear pode causar diversos danos ao meio ambiente, além de emitir radioatividade na atmosfera por milhares – ou milhões – de anos. Como exemplo, temos os incidentes de Hiroshima e Nagasaki, e o trágico acidente de Chernobyl.

Além disso, embora muitos países se esforcem para alocar ou até mesmo reciclar o lixo radioativo, ainda não foi encontrado um reservatório adequado para ele. Neste sentido, um dos maiores riscos das usinas nucleares é o grande volume de lixo atômico que elas podem gerar.

Riscos econômicos

Basicamente, os custos de instalação de uma usina nuclear são gigantescos. Entretanto, os custos de manutenção também são elevados, especialmente para evitar acidentes. Além disso, os reatores nucleares são extremamente caros e, por isso, a construção de uma usina nuclear pode desencadear num aumento de preço na energia elétrica produzida.

Riscos estratégicos

Desde o início do século XX, diversos países tentaram usar da energia nuclear para produzir armas nucleares, o que agravou os problemas de proliferação nuclear. Neste sentido, surgiu o Tratado de Não Proliferação Nuclear, em 1967, que visava congelar a posse de armas nucleares nas maiores potências nucleares da época: União Soviética, Estados Unidos, Inglaterra, França e China.

Entretanto, embora o tratamento tenha sido efetuado, não foi o que ocorreu na prática. Isso porque países como Índia, Paquistão e Israel adquiriram facilmente armas nucleares, criando problemas no cenário internacional. Além disso, países como Iraque e Irã tentam produzir armas nucleares, o que provocou o agravamento de diversas guerras no Oriente Médio.

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