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Bilionário chinês cria “licença da infelicidade” e salários de até R$ 350 mil para cargos básicos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 08/04/2025 às 09:08
Bilionário chinês, licença da infelicidade
Foto: Reprodução
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Uma proposta fora do comum chamou atenção no mundo corporativo: um bilionário chinês lançou a “licença da infelicidade”, permitindo que funcionários tirem folga quando não estiverem bem emocionalmente. Além disso, ele passou a oferecer salários de até R$ 350 mil anuais para cargos considerados simples, gerando debates sobre saúde mental e valorização no ambiente de trabalho.

Um empresário chinês está chamando atenção do mundo ao implementar medidas radicais para garantir o bem-estar dos funcionários. Yu Donglai, fundador da rede de varejo Pang Dong Lai, anunciou recentemente a criação da “licença da infelicidade” – um benefício inédito que permite aos trabalhadores tirarem até 10 dias de folga quando estiverem emocionalmente abalados, sem necessidade de justificativa médica.

A regra é clara: se o funcionário disser que não está bem, ele pode se ausentar. Segundo Yu, “se alguém está infeliz, deve poder descansar. Não há produtividade nem humanidade em forçar alguém a trabalhar assim”.

A folga extra não pode ser negada pelos supervisores. “Negar esse direito é violar a política da empresa”, reforçou.

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Essa iniciativa não está sozinha. A Pang Dong Lai já é conhecida na China por oferecer condições de trabalho muito superiores à média nacional. Entre os benefícios garantidos estão:

  • Jornadas de trabalho de apenas 7 horas por dia;
  • Finais de semana totalmente livres;
  • Entre 30 e 40 dias de férias por ano;
  • Uma pausa adicional de 5 dias durante o Ano Novo Lunar.

Grandes salários

Além disso, Yu implementou um sistema de certificação interna que permite a qualquer funcionário, inclusive de cargos operacionais como faxineiros, atingir salários de até 500 mil yuans por ano – o equivalente a cerca de R$ 350 mil. A progressão salarial é baseada em desempenho, capacitação e avaliações internas.

Essas políticas romperam com a cultura tradicional de trabalho na China, que historicamente é marcada por longas jornadas e pressão por resultados.

O modelo de Yu Donglai contrasta com o chamado sistema “996” (das 9h às 21h, seis dias por semana), muito criticado por causar esgotamento físico e mental.

A repercussão nas redes sociais chinesas foi enorme. Muitos usuários elogiaram a proposta e pediram que outras empresas sigam o exemplo.

Frases como “Esse é o verdadeiro capitalismo com rosto humano” e “Queria que meu chefe lesse isso” se espalharam em fóruns e aplicativos de mensagens.

História do empresário

Yu, que começou sua carreira como balconista e hoje lidera uma das redes de varejo mais respeitadas do país, defende que o lucro não deve vir antes da dignidade. “As pessoas não são máquinas. Precisamos de tempo para viver, pensar e, às vezes, apenas respirar. Se o trabalho não permite isso, ele está errado.

O caso já começa a inspirar debates dentro e fora da China sobre saúde mental no ambiente corporativo. Em tempos em que a síndrome de burnout cresce no mundo todo, medidas como essa levantam uma pergunta essencial: seria possível conciliar produtividade com humanidade?

Para Yu Donglai, a resposta é clara – e começa com um gesto simples: perguntar ao funcionário como ele se sente, e, acima de tudo, respeitar a resposta.

Com informações de SCMP.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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