Arqueólogos descobrem antiga biblioteca de mais de dois mil anos no coração de Stratonikeia, com mosaicos raros e arquitetura única
Uma equipe de arqueólogos revelou uma das bibliotecas mais raras já encontradas no território da antiga cidade de Stratonikeia, no sudoeste da Turquia. O local, com mais de dois mil anos de história, está situado na província de Muğla e faz parte da Lista Indicativa do Patrimônio Mundial da UNESCO.
Stratonikeia era conhecida como um centro urbano dos Cários e também ficou famosa como a “Cidade dos Gladiadores”.
Em uma de suas interseções centrais, onde se cruzam quatro ruas importantes, os pesquisadores localizaram a biblioteca. Segundo os arqueólogos, a construção começou no período helenístico, pouco após a morte de Alexandre, o Grande.
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Reformas ocorreram durante a era romana, quando o edifício ganhou mosaicos refinados. A biblioteca funcionou até o século 4, mas foi severamente danificada por um terremoto por volta do ano 610. O desastre marcou o abandono definitivo da estrutura.
O professor Bilal Sogut, da Universidade de Pamukkale, está à frente das escavações em Stratonikeia e também no santuário de Lagina. Ele afirma que a biblioteca se destaca por sua localização central, pelo bom estado de preservação e por apresentar uma planta arquitetônica incomum.
Segundo Sogut, o desenho da biblioteca teria servido de modelo para uma construção similar no Norte da África. Além disso, suas diferenças em relação a outras bibliotecas antigas da região da Anatólia indicam possíveis variações em seus usos sociais e culturais ao longo do tempo.
Durante as escavações, foram revelados o salão principal de leitura, pórticos, salas laterais, pátio e partes da entrada ligada à Rua Sul, uma das principais vias da cidade antiga. Inscrições nos mosaicos apontam que a obra foi feita por um mestre de Éfeso, cidade que abriga a famosa biblioteca de Celso.
Conforme divulgado pela Agência Anadolu, os trabalhos já duram cinco anos e têm como foco registrar detalhadamente todas as fases de transformação do edifício, incluindo suas reconstruções após o terremoto.
O próximo passo da equipe será reerguer parte das colunas do pátio. “Queremos que o público veja mais do que ruínas. Desejamos que sintam a presença viva do conhecimento e da história entre essas paredes”, conclui o professor.
Com informações de Aventuras na História.