Reconhecimento internacional destaca o projeto de passagem de fauna e ações de sustentabilidade do aeroporto mineiro
Pelo quinto ano consecutivo, o BH Airport recebeu o selo de Aeroporto Verde concedido pela ACI-LAC (Airports Council International – América Latina e Caribe). O reconhecimento foi anunciado em 7 de outubro de 2025, durante a Conferência e Exposição Anual do Conselho Internacional de Aeroportos, realizada em Trinidad e Tobago, dentro da edição 2025 do Green Airport Recognition.
Segundo a organização internacional, a premiação avalia aeroportos que adotam iniciativas ambientais inovadoras e que mantêm o equilíbrio entre eficiência operacional e responsabilidade ecológica. Por isso, o projeto Passagem de Fauna do BH Airport foi premiado por seu impacto positivo na preservação da biodiversidade local.
Sustentabilidade e eficiência se unem em modelo de gestão ambiental
De acordo com o CEO do BH Airport, Daniel Miranda, o reconhecimento consolida a integração entre sustentabilidade, modernização e eficiência dentro das operações aeroportuárias. “Ao receber mais uma vez o selo de Aeroporto Verde, demonstramos a importância da pauta ESG para o BH Airport, sempre em equilíbrio com a eficiência operacional e a modernização da infraestrutura”, afirmou o executivo.
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O programa Green Airport Recognition considera critérios como o envolvimento da alta administração, os benefícios ambientais comprovados por dados e indicadores, o engajamento de equipes internas e parceiros externos, além do grau de inovação das ações adotadas. Esses parâmetros seguem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ONU), que estimulam o avanço global da sustentabilidade.
Passagem de fauna conecta ecossistemas e reduz atropelamentos
A passagem de fauna, que rendeu destaque ao BH Airport, é um túnel de 2 metros de altura e 60 metros de comprimento, localizado sob a rodovia LMG-800, principal acesso ao aeroporto. A estrutura foi construída pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) antes da concessão do terminal, e atualmente é mantida e monitorada pela equipe ambiental do BH Airport, em parceria com a Área de Proteção Ambiental Carste de Lagoa Santa (APA Carste).
Essa conexão subterrânea forma um corredor ecológico entre dois grandes fragmentos florestais, permitindo a travessia segura de animais silvestres típicos da Mata Atlântica e do Cerrado. Desde 2023, armadilhas fotográficas registram o uso da passagem por cerca de 20 espécies, entre elas tamanduás-mirins, quatis, veados-catingueiro, jaguatiricas, capivaras, tatus e pacas.
Além disso, o monitoramento revelou uma redução de 83% nos atropelamentos de fauna silvestre na rodovia, conforme relatórios disponibilizados pelo aeroporto. Esses dados são usados para pesquisas científicas e estudos ambientais desenvolvidos dentro da APA Carste, reforçando o valor científico do projeto.
Patrimônio natural e histórico impulsiona a conservação regional
A região do entorno do BH Airport abriga mais de 300 hectares de vegetação nativa, distribuídos entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado, integrando um ecossistema rico em espécies endêmicas e características geológicas únicas. O sistema cárstico local, composto por cavernas, dolinas e aquíferos subterrâneos, é essencial para o equilíbrio hídrico e a manutenção da fauna e flora da região.
A Área de Proteção Ambiental Carste de Lagoa Santa, criada em 25 de janeiro de 1990, é um dos mais importantes patrimônios ambientais do estado, com mais de 37 mil hectares. O local reúne vestígios arqueológicos e paleontológicos de valor inestimável, incluindo o fóssil de Luzia, o ser humano mais antigo das Américas, encontrado a apenas 3 km da pista do aeroporto.
Com isso, o BH Airport reforça seu compromisso em atuar em harmonia com um território de alta relevância ecológica e científica, transformando a operação aeroportuária em um exemplo de convivência sustentável com o meio ambiente.
Compromisso permanente com o futuro sustentável da aviação
Ao conquistar o quinto selo de Aeroporto Verde, o BH Airport consolida-se como referência ambiental no setor aéreo latino-americano. O reconhecimento evidencia o êxito de uma gestão que alia crescimento econômico, inovação tecnológica e responsabilidade socioambiental.
O monitoramento constante da fauna, os investimentos em infraestrutura ecológica e a integração com órgãos ambientais demonstram que é possível equilibrar desenvolvimento e preservação. Assim, o aeroporto reafirma seu papel como agente ativo no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, inspirando outras concessionárias de transporte e logística a adotar políticas ambientais semelhantes.
Por fim, a experiência do BH Airport prova que a sustentabilidade pode voar alto quando há comprometimento, inovação e respeito à natureza.