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Antes da Tesla dominar o mercado de elétricos, a General Motors lançou o EV1, carro revolucionário que trouxe soluções técnicas ainda atuais
Hoje, a Tesla é considerada referência mundial em carros elétricos e tecnologia de condução autônoma. A marca transformou o mercado e se tornou sinônimo de inovação. O mais importante, porém, é lembrar que antes dela existiu outro carro revolucionário.
Há 26 anos, a General Motors lançava um automóvel que antecipou tendências e trouxe soluções técnicas ainda presentes nos modelos atuais. Esse veículo foi o EV1, produzido entre 1996 e 1999, nos Estados Unidos.
O nascimento de uma ideia
O GM EV1 surgiu a partir de uma exigência da Califórnia no início dos anos 90. A lei obrigava montadoras a colocarem no mercado veículos com emissão zero de poluentes.
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A resposta da General Motors foi o primeiro carro totalmente elétrico desenvolvido em larga escala por uma grande fabricante.
Outros grupos também criaram modelos, mas nenhum teve tanto impacto no imaginário quanto o EV1.
Com design aerodinâmico e linhas futuristas, o carro parecia ter saído de um desenho animado como “Os Jetsons”.
A primeira versão era equipada com baterias de chumbo ácido, que ofereciam cerca de 100 quilômetros de autonomia. Era pouco para o uso diário, mas já indicava o caminho de uma nova era.
Nos anos seguintes, as baterias foram trocadas por níquel hidreto metálico, elevando a autonomia para aproximadamente 260 quilômetros.
Tecnologias à frente do tempo
O EV1 não foi apenas um carro curioso. Ele estreou sistemas que até hoje estão presentes em modelos modernos.
Entre eles, pneus de baixa resistência ao rolamento, ignição sem chave, frenagem regenerativa e direção com assistência eletro-hidráulica.
Também adotava aceleração e frenagem sem cabos e carregamento elétrico por indução. Portanto, não é exagero dizer que muito do que se vê hoje em um Tesla já estava ali, em meados dos anos 90.
O impacto vai além. A AC Propulsion, fundada por dois engenheiros que participaram do protótipo Impact, base do EV1, desenvolveu a tecnologia de powertrain que seria usada pela Tesla em seu primeiro carro, o Roadster.
Martin Eberhard e Marc Tarpenning, fundadores da Tesla, licenciaram essa solução para dar início à trajetória da marca californiana.
O fim precoce
Apesar da inovação, a vida do EV1 foi curta. Em 1999, a GM interrompeu a produção e em 2003 decidiu encerrar definitivamente o programa.
A empresa alegou que o carro não dava lucro, porque o volume era pequeno. Além disso, o custo de manter peças de reposição no serviço pós-venda era elevado. Assim, optou por recolher a frota e destruí-la.
Vale lembrar que o EV1 nunca foi vendido. Ele era cedido aos clientes por meio de leasing. Isso permitiu à montadora convocar todos os usuários e reaver os veículos. Quase todos foram esmagados e vendidos como sucata, para tristeza de seus fãs.
Os poucos sobreviventes
Dos mais de 1,1 mil carros produzidos, apenas cerca de 40 escaparam da destruição. Alguns foram parar em museus, outros em coleções privadas.
Um exemplar estaria até hoje com o diretor Francis Ford Coppola. Outro, em condições consideradas excepcionais, integra o acervo do Museu Nacional de História Americana, em Washington.
O EV1 da GM pode ter desaparecido das ruas, mas deixou sua marca. Ele mostrou que a eletrificação era possível e pavimentou o caminho para que empresas como a Tesla chegassem onde estão hoje.
Com informações de UOL.
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