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Bases militares subterrâneas que parecem cenário de filme — mas existem e funcionam 24h, preparadas para emergências

Publicado em 21/06/2025 às 07:18
Instalações militares, Instalações subterrâneas
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Instalações subterrâneas secretas dos EUA continuam ativas e protegidas, revelando a herança estratégica da Guerra Fria e seus desdobramentos atuais

A existência de instalações subterrâneas controladas pelo governo dos Estados Unidos sempre gerou curiosidade. Embora poucas sejam acessadas pela imprensa, algumas dessas estruturas são conhecidas. Elas envolvem silos de mísseis nucleares, centros de comando alternativos, abrigos contra ataques e locais destinados à continuidade do governo em caso de emergências graves. Abaixo, estão os principais exemplos revelados ao público.

Silos subterrâneos de mísseis nucleares

Os Estados Unidos mantêm uma rede de silos subterrâneos de mísseis nucleares, principalmente em estados do norte, como Montana, Dakota do Norte e Dakota do Sul.

Essas instalações fazem parte do programa militar do Departamento de Defesa (DoD) e estão sob responsabilidade da Força Espacial, o sexto ramo das forças armadas dos EUA.

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Um dos exemplos mais citados é a Base Aérea de Minot, em Dakota do Norte. Essa base abriga operações contínuas 24 horas por dia, com turnos longos.

As equipes dormem no próprio local, devido à distância dos silos em regiões remotas. As operações incluem treinamentos e vigilância, com oficiais prontos para agir em caso de acionamento real.

Nos anos 1990, algumas dessas bases foram alvo de protestos. Um grupo de ativistas idosos organizava manifestações em frente aos silos.

Os protestos não eram amplamente divulgados e, apesar de isolados, chamavam atenção para a permanência dessas instalações mesmo após o fim da Guerra Fria.

O complexo da Montanha Cheyenne

Construído durante a Guerra Fria, o Complexo da Montanha Cheyenne é uma das estruturas mais conhecidas dos EUA.

Localizado em Colorado Springs, Colorado, está protegido por cerca de 600 metros de granito. A construção começou em 1961, com a escavação de aproximadamente 700 mil toneladas de rocha.

A instalação serviu como centro de comando do NORAD (Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte), tornando-se operacional em 1967. Era capaz de resistir a explosões nucleares e pulsos eletromagnéticos. Durante décadas, abrigou diversos sistemas de comando e defesa.

Em 2002, o local foi renomeado como Estação da Força Aérea de Cheyenne Mountain. A partir de 2006, a missão principal do NORAD foi transferida para a Base Aérea de Peterson.

A antiga instalação passou a ser usada para treinamentos e suporte. Atualmente, cerca de 200 pessoas trabalham no local, número bem menor que os dois mil funcionários registrados no auge da Guerra Fria.

Complexo Raven Rock Mountain

O Complexo Raven Rock Mountain, também chamado de Site R, está situado na Pensilvânia. Ele foi construído para ser um local alternativo de comando em caso de ataque nuclear.

A ideia surgiu com a doutrina de Continuidade do Governo, que tem raízes na Revolução Americana, mas ganhou força com o presidente Truman, em 1952.

O local abrigaria líderes do Departamento de Defesa e suas equipes, garantindo a continuidade das operações do governo em caso de destruição em Washington. O bunker ganhou notoriedade após o livro Raven Rock, publicado em 2017 por Garret Graff, que detalha a criação e o funcionamento da estrutura.

Em 2006, o complexo foi usado em um exercício militar que simulava os efeitos de uma pandemia de gripe aviária.

O Departamento de Defesa descobriu que conter uma infecção era mais difícil do que o previsto. Isso levou a questionamentos sobre a real viabilidade de manter operações contínuas durante crises sanitárias.

Centro de Operações de Mount Weather

Nem todas as instalações subterrâneas estão sob controle militar. Um exemplo é o Centro de Operações de Emergência de Mount Weather, administrado pelo Departamento de Segurança Interna (DHS). A instalação fica nas Montanhas Blue Ridge, a cerca de 100 quilômetros de Washington, D.C.

Mount Weather está preparada para abrigar o presidente dos Estados Unidos e membros do gabinete em caso de ataque nuclear. A existência do local foi citada após os atentados de 11 de setembro de 2001, quando o então vice-presidente Dick Cheney teria sido levado para lá.

Segundo documentos da FEMA (Agência Federal de Gestão de Emergências), o centro é considerado um ponto-chave para a continuidade do governo. Seu uso é reservado a situações extremas, embora poucas informações sejam publicadas oficialmente.

Instalações militares: Um sistema que ainda opera em silêncio

Apesar da redução de tensões após o fim da Guerra Fria, essas instalações subterrâneas seguem funcionando, com propósitos que variam entre defesa nuclear, vigilância espacial, suporte à Estação Espacial Internacional e manutenção da estrutura do governo em crises graves.

O acesso da imprensa é controlado, visitas são raras e, quando ocorrem, envolvem longos deslocamentos, escolta militar e restrição de imagens.

Essas instalações permanecem como heranças silenciosas de um período em que a ameaça de destruição nuclear moldava decisões estratégicas dos Estados Unidos.

Hoje, muitos desses centros ainda estão ativos, embora com funções adaptadas à realidade moderna. Alguns servem para treinamentos, outros seguem prontos para emergências. O que permanece é o sigilo e a estratégia por trás de estruturas projetadas para funcionar mesmo nos piores cenários possíveis.

Com informações de Veteran.com.

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Romário Pereira de Carvalho

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