Você tem mais de 4 bancos instalados no seu celular? Cuidado. Especialistas alertam que múltiplas contas bancárias digitais aumentam riscos de golpes e sequestros-relâmpago
Ter mais de 4 bancos instalados no seu celular pode parecer sinônimo de conveniência e acesso rápido a promoções financeiras, mas a prática está expondo usuários a um perigo crescente. Casos de sequestros-relâmpago e fraudes com Pix aumentaram consideravelmente desde a popularização das transferências instantâneas. Com acesso ao aparelho e aos aplicativos, criminosos conseguem tomar empréstimos e transferir valores rapidamente, muitas vezes para contas de criptomoedas de difícil rastreamento.
Esse risco é potencializado quando o usuário mantém contas ativas em diversos bancos, mesmo sem uso frequente. Cada instituição oferece limites de crédito e operações, que somados podem resultar em prejuízos de centenas de milhares de reais. O acesso a essas informações é facilitado por ferramentas oficiais como o Registrato, do Banco Central, que exibe todas as contas abertas no CPF do titular.
Por que ter muitos bancos no celular aumenta o risco
O problema não está apenas na quantidade de aplicativos, mas no volume de crédito e liquidez que eles representam em caso de invasão. Se um criminoso sequestra uma vítima com conta em um único banco, o prejuízo tende a ser limitado ao crédito e saldo disponíveis naquela instituição. Já com múltiplas contas, cada uma com limite próprio, a perda potencial pode multiplicar-se rapidamente.
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Além disso, muitas pessoas mantêm contas abertas apenas por promoções temporárias, esquecendo de encerrá-las. Isso cria portas de entrada desnecessárias para criminosos, que podem explorar qualquer fragilidade de segurança ou simplesmente usar o aplicativo para solicitar crédito imediato.
O fator criptomoedas: um agravante perigoso
O cenário se complica ainda mais com a popularização de contas em exchanges de criptomoedas. Nessas plataformas, o dinheiro pode ser convertido rapidamente em Bitcoin e enviado para carteiras anônimas no exterior, sem possibilidade de reversão. Em casos recentes, criminosos endividaram vítimas em diversos bancos, transferiram para exchanges e, em minutos, os valores já estavam fora do alcance da polícia.
Por isso, especialistas recomendam limitar ao máximo as contas ativas. Em muitos casos, manter um banco tradicional de grande porte, um banco digital confiável e uma exchange segura já é suficiente para cobrir necessidades financeiras e de investimento.
Como reduzir a exposição a golpes financeiros
Para minimizar riscos, as orientações incluem:
Encerrar contas não utilizadas, solicitando a exclusão junto à instituição.
Configurar limites de transações fora da rede Wi-Fi doméstica, recurso já disponível em bancos como BTG, Bradesco, Banco Inter e Nubank.
Utilizar seguros de conta que cubram transações sob coação e fraudes, ajustando valores máximos de transferência.
Manter apenas os aplicativos essenciais instalados no celular de uso diário, deixando eventuais apps secundários em um aparelho separado e guardado em casa.
Medidas simples podem reduzir significativamente o risco de perdas financeiras, especialmente em um cenário em que golpes e sequestros se tornaram mais sofisticados e rápidos.
E você? Já parou para contar quantos bancos estão instalados no seu celular? Acha que manter apenas os essenciais é exagero ou uma precaução necessária? Compartilhe sua opinião nos comentários.