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Banco erra e deposita R$ 2 milhões, mas cliente em dificuldade financeira devolve toda a fortuna

Escrito por Carla Teles
Publicado em 09/10/2025 às 23:44
Banco erra e deposita R$ 2 milhões, mas cliente em dificuldade financeira devolve toda a fortuna
Um banco erra e deposita milhões na sua conta. O que você faria? Veja os casos reais de quem devolveu e de quem gastou e entenda as graves consequências.
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Uma falha operacional pode transformar um cidadão comum em milionário da noite para o dia. Entenda as graves consequências legais e os dilemas éticos quando um banco erra e deposita uma fortuna na conta errada, com base em casos reais que tiveram desfechos completamente diferentes.

Receber uma notificação de depósito com múltiplos zeros é o sonho de muitos, mas quando a origem do dinheiro é um equívoco da instituição financeira, a situação pode rapidamente se transformar em um pesadelo jurídico. O que a lei brasileira diz sobre isso? Gastar o valor é crime, e a recusa em devolver pode levar a anos de prisão, mostrando que a decisão de um momento define destinos.

A questão central não é apenas o que fazer, mas também as implicações de cada escolha. Enquanto uma dona de casa optou pela devolução imediata de acordo com o canal Record Goiás, um empresário tentou tirar proveito da situação e agora enfrenta um processo criminal. Esses exemplos práticos ilustram o abismo que existe entre a honestidade e o crime de apropriação indébita.

O susto e a honestidade: o caso da dona de casa

Imagine a surpresa de Leicimar, uma dona de casa e mãe de trigêmeas, ao consultar o aplicativo do banco e se deparar com um saldo de mais de R$ 2 milhões. Após o susto inicial, sua primeira reação não foi de euforia, mas de preocupação. Ela sabia que o dinheiro não era seu e que uma falha havia ocorrido. Mesmo enfrentando dificuldades financeiras, sua decisão foi instantânea: procurar a agência e devolver cada centavo.

“Isso aconteceu no sábado de manhã. Na segunda-feira, assim que a caixa abriu por volta de meio-dia, eu estava lá”, relatou Leicimar. A atitude dela reflete uma forte convicção moral. “Passou um filme na hora, e eu falei: ‘não, não é meu, não posso fazer nada'”. O dinheiro ficou em sua conta por apenas três dias e, no final do dia em que procurou o banco, o estorno já havia sido realizado. Para ela, o maior valor era o exemplo que daria às filhas: “É melhor falar ‘vamos continuar vivendo do jeito que a gente tá, com o que a gente tem'”.

A tentação e as consequências: o empresário de Goiânia

Em um caso completamente oposto, um empresário de Goiânia teve um destino muito diferente após um erro bancário semelhante. Guilherme Moreira, dono de um restaurante de luxo, recebeu R$ 18 milhões por engano. Ao invés de contatar o banco, ele realizou 65 transferências para contas de seu pai, de sua empresa e de fornecedores. Além disso, comprou um carro de luxo avaliado em mais de R$ 200 mil.

A instituição financeira não demorou a agir. Registrou um boletim de ocorrência e a Justiça determinou a apreensão imediata do veículo. Segundo a Polícia Civil, há indícios claros de que Guilherme tentou tirar vantagem do erro. Como resultado, ele foi indiciado por crimes que, somados, podem resultar em até 11 anos de prisão. Seu advogado alega que houve uma tentativa de acordo com o banco, mas o empresário agora responde a uma ação por apropriação indébita.

Banco erra: de quem é a culpa e o que diz a lei?

Quando um banco erra uma transferência, a responsabilidade primária pela falha é da instituição. No entanto, a lei brasileira é clara: quem recebe e utiliza um dinheiro que sabe não ser seu comete o crime de apropriação de coisa havida por erro, caso ou força maior, previsto no artigo 169 do Código Penal. A pena pode variar de um mês a um ano de detenção, ou multa, mas pode ser agravada dependendo das circunstâncias.

A orientação jurídica é unânime: ao perceber um depósito inesperado, o cliente deve imediatamente notificar o banco e não realizar qualquer transação com o valor. Ignorar o fato ou gastar o dinheiro configura má-fé e transforma um erro operacional de terceiros em um crime cometido pelo correntista. A devolução voluntária, como feita por Leicimar, extingue qualquer possibilidade de punição e reforça a conduta ética esperada.

O que você faria se uma fortuna aparecesse na sua conta por engano? A atitude da dona de casa foi a mais correta, ou o empresário tinha o direito de tentar uma negociação? Deixe sua opinião nos comentários, queremos saber como você reagiria a essa situação!

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Carla Teles

Produzo conteúdos diários sobre tecnologia, inovação, construção e setor de petróleo e gás, com foco no que realmente importa para o mercado brasileiro. Aqui, você encontra oportunidades de trabalho atualizadas e as principais movimentações da indústria. Tem uma sugestão de pauta ou quer divulgar sua vaga? Fale comigo: carlatdl016@gmail.com

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