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Banco Central prepara novas funções para o Pix, sistema já movimenta R$ 3 trilhões por mês e pode substituir de vez cartões e boletos no Brasil

Publicado em 28/08/2025 às 09:46
Banco Central prepara novas funções para o Pix, promete parcelamento e crédito mais barato, mas bancos alertam para rombo bilionário no setor de cartões tradicionais
Banco Central prepara novas funções para o Pix, promete parcelamento e crédito mais barato, mas bancos alertam para rombo bilionário no setor de cartões tradicionais
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Banco Central prepara novas funções para o Pix. Novos recursos incluem parcelamento, garantia de crédito e pagamentos off-line até 2027

O Banco Central prepara novas funções para o Pix que devem mudar a forma como brasileiros e empresas utilizam o sistema de transferências instantâneas. A ideia é ampliar o alcance do meio de pagamento, trazer alternativas ao cartão de crédito e reforçar a segurança contra fraudes.

Segundo dados do próprio BC, em julho de 2025 o Pix registrou 6,67 bilhões de operações mensais, movimentando R$ 3,05 trilhões quase três vezes o PIB mensal do país. O Valor Econômico foi o primeiro a detalhar o cronograma das novidades.

O que muda com as novas funções do Pix

Entre os principais recursos previstos estão:

Pix parcelado: permitirá que o usuário parcele uma compra de forma padronizada e com regras definidas pelo BC. O lojista recebe o valor integral na hora, enquanto o cliente paga em parcelas, semelhantes ao cartão de crédito, mas com taxas diferenciadas. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2025.

Pix em garantia: vai permitir que empresas usem recebíveis futuros de transações via Pix como garantia em operações de crédito, tornando o acesso a empréstimos mais barato e seguro. A medida está em estudo para 2026/2027.

Duplicata no Pix: funcionará como uma alternativa ao boleto, registrando e liquidando duplicatas em tempo real. Isso deve reduzir custos e aumentar a segurança. A medida ainda está em elaboração, sem data definida.

Pix por aproximação off-line: permitirá pagamentos mesmo sem conexão com a internet, usando tecnologia NFC. A elaboração começa em 2026, com lançamento previsto entre 2026 e 2027.

MED 2.0: versão aprimorada do Mecanismo Especial de Devolução, que rastreia valores desviados em fraudes. Ele será capaz de seguir o caminho do dinheiro em várias contas até bloquear e devolver os recursos. Os testes começam em fevereiro de 2026.

Impacto para consumidores e empresas

Para o consumidor comum, o Pix parcelado promete ser a mudança mais visível, oferecendo uma alternativa ao cartão de crédito. A diferença é que, enquanto no cartão o lojista arca com os custos do parcelamento sem juros, no Pix o cliente poderá assumir taxas, mas com descontos diretos no valor da compra, já que o comerciante receberá à vista.

Já para empresas, principalmente pequenos negócios, o Pix em garantia deve facilitar o acesso a crédito com taxas menores, uma vez que os recebíveis futuros servirão como aval. Esse modelo pode reduzir a dependência de linhas de crédito mais caras e aumentar a competitividade.

Segurança contra fraudes

Outro ponto central é o MED 2.0, que reforça a proteção contra golpes. Atualmente, o mecanismo só consegue rastrear o dinheiro até a primeira conta de destino. A nova versão permitirá seguir o fluxo mesmo após diversas transferências, aumentando a chance de recuperação de valores desviados.

Essa mudança é considerada essencial porque o Pix já substituiu o dinheiro em espécie em muitas transações, e fraudes complexas têm se tornado mais comuns.

O Banco Central prepara novas funções para o Pix que devem transformar ainda mais o sistema de pagamentos brasileiro até 2027. Com foco em parcelamento, crédito, segurança e inclusão digital, o Pix se consolida como peça-chave no cotidiano de milhões de pessoas e empresas.

E você, o que acha dessas mudanças? O Pix parcelado realmente vai substituir o cartão de crédito? O Pix off-line pode facilitar sua vida no dia a dia? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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