Banco Central prepara novas funções para o Pix. Novos recursos incluem parcelamento, garantia de crédito e pagamentos off-line até 2027
O Banco Central prepara novas funções para o Pix que devem mudar a forma como brasileiros e empresas utilizam o sistema de transferências instantâneas. A ideia é ampliar o alcance do meio de pagamento, trazer alternativas ao cartão de crédito e reforçar a segurança contra fraudes.
Segundo dados do próprio BC, em julho de 2025 o Pix registrou 6,67 bilhões de operações mensais, movimentando R$ 3,05 trilhões quase três vezes o PIB mensal do país. O Valor Econômico foi o primeiro a detalhar o cronograma das novidades.
O que muda com as novas funções do Pix
Entre os principais recursos previstos estão:
-
Brasil e México assinam acordos para biocombustíveis e competitividade, parceria une maior produtor de etanol do mundo com segunda maior economia latino-americana
-
Banco Central confirma que em 2025 mais de US$ 18 bilhões deixaram o Brasil: a maior saída de dólares da história recente. Investimentos deixam de financiar empresas, obras de infraestrutura e até o consumo interno
-
Ex-presidente do Banco Central alerta que economia brasileira segue travada por déficit fiscal
-
Manchester Catarinense é polo têxtil e metalúrgico, gera milhares de empregos e se mantém entre as cidades mais desenvolvidas do Sul do Brasil
Pix parcelado: permitirá que o usuário parcele uma compra de forma padronizada e com regras definidas pelo BC. O lojista recebe o valor integral na hora, enquanto o cliente paga em parcelas, semelhantes ao cartão de crédito, mas com taxas diferenciadas. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2025.
Pix em garantia: vai permitir que empresas usem recebíveis futuros de transações via Pix como garantia em operações de crédito, tornando o acesso a empréstimos mais barato e seguro. A medida está em estudo para 2026/2027.
Duplicata no Pix: funcionará como uma alternativa ao boleto, registrando e liquidando duplicatas em tempo real. Isso deve reduzir custos e aumentar a segurança. A medida ainda está em elaboração, sem data definida.
Pix por aproximação off-line: permitirá pagamentos mesmo sem conexão com a internet, usando tecnologia NFC. A elaboração começa em 2026, com lançamento previsto entre 2026 e 2027.
MED 2.0: versão aprimorada do Mecanismo Especial de Devolução, que rastreia valores desviados em fraudes. Ele será capaz de seguir o caminho do dinheiro em várias contas até bloquear e devolver os recursos. Os testes começam em fevereiro de 2026.
Impacto para consumidores e empresas
Para o consumidor comum, o Pix parcelado promete ser a mudança mais visível, oferecendo uma alternativa ao cartão de crédito. A diferença é que, enquanto no cartão o lojista arca com os custos do parcelamento sem juros, no Pix o cliente poderá assumir taxas, mas com descontos diretos no valor da compra, já que o comerciante receberá à vista.
Já para empresas, principalmente pequenos negócios, o Pix em garantia deve facilitar o acesso a crédito com taxas menores, uma vez que os recebíveis futuros servirão como aval. Esse modelo pode reduzir a dependência de linhas de crédito mais caras e aumentar a competitividade.
Segurança contra fraudes
Outro ponto central é o MED 2.0, que reforça a proteção contra golpes. Atualmente, o mecanismo só consegue rastrear o dinheiro até a primeira conta de destino. A nova versão permitirá seguir o fluxo mesmo após diversas transferências, aumentando a chance de recuperação de valores desviados.
Essa mudança é considerada essencial porque o Pix já substituiu o dinheiro em espécie em muitas transações, e fraudes complexas têm se tornado mais comuns.
O Banco Central prepara novas funções para o Pix que devem transformar ainda mais o sistema de pagamentos brasileiro até 2027. Com foco em parcelamento, crédito, segurança e inclusão digital, o Pix se consolida como peça-chave no cotidiano de milhões de pessoas e empresas.
E você, o que acha dessas mudanças? O Pix parcelado realmente vai substituir o cartão de crédito? O Pix off-line pode facilitar sua vida no dia a dia? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.