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Banco Central atrasa implementação de funcionalidades do Drex, recua em testes com blockchain e gera críticas sobre perda de protagonismo do Brasil na corrida global do real digital

Publicado em 28/08/2025 às 09:15
Banco Central atrasa implementação de funcionalidades do Drex, decisão afeta testes com tokenização de ativos e expõe desafios de privacidade, escalabilidade e custo da tecnologia
Banco Central atrasa implementação de funcionalidades do Drex, decisão afeta testes com tokenização de ativos e expõe desafios de privacidade, escalabilidade e custo da tecnologia
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Banco Central atrasa implementação de funcionalidades do Drex. Mudança de rota no projeto do real digital adia testes com blockchain e prioriza soluções de crédito mais imediatas.

O Banco Central atrasa implementação de funcionalidades do Drex, moeda digital brasileira em desenvolvimento, e decidiu mudar a forma de conduzir os próximos testes. A autoridade monetária vai deixar de lado, por enquanto, o modelo baseado em blockchain (DLT) e concentrar esforços em sistemas já usados no mercado financeiro. A prioridade agora será a criação de uma solução de reconciliação de garantias de crédito, prevista para entrar em operação em 2026.

A decisão representa um passo atrás na fase experimental, mas, segundo especialistas, tem como objetivo garantir resultados mais rápidos e seguros para consumidores e instituições financeiras. Ainda assim, o Banco Central atrasa implementação de funcionalidades do Drex em um momento em que há expectativa crescente sobre a digitalização do dinheiro.

Por que o Banco Central mudou os planos do Drex?

O Drex foi desenhado para ser um dinheiro programável, capaz de automatizar transações quando determinadas condições fossem atendidas. Essa lógica permitiria, por exemplo, que a compra de um carro fosse concluída de forma digital apenas após a transferência oficial do veículo.

No entanto, a tecnologia de blockchain escolhida para os primeiros testes mostrou desafios de privacidade, escalabilidade e custo, o que levou o Banco Central a recuar temporariamente. A nova fase de testes usará infraestruturas tradicionais já consolidadas no sistema financeiro, com foco em crédito garantido por bens como imóveis, veículos e investimentos.

O que já foi testado no projeto do Drex?

Desde 2023, o Drex passou por duas rodadas de testes. Na primeira, foram avaliados pontos de privacidade e programabilidade em operações envolvendo títulos públicos. Na segunda, que terminou em julho de 2025, foram simulados 13 casos de uso, como tokenização de imóveis, veículos, debêntures e ativos verdes.

Os resultados mostraram avanços, mas também a necessidade de ajustes técnicos. Empresas como Evertec, BBChain, Parfin e Tecban participaram ativamente, avaliando desde a interoperabilidade entre redes até o uso de garantias digitais em operações de crédito e comércio exterior.

Quais os próximos passos do Drex?

O Banco Central atrasa implementação de funcionalidades do Drex, mas não abandonou o modelo em blockchain. A instituição reforça que a DLT deve voltar em fases futuras, quando a tecnologia estiver mais madura e adaptada às exigências do sistema financeiro brasileiro.

A meta de curto prazo é lançar em 2026 uma solução prática para reduzir o custo do crédito, dando mais segurança a consumidores e empresas. O relatório da fase 2 dos testes será divulgado em outubro, quando o BC deve detalhar os próximos passos oficiais do projeto.

O Banco Central atrasa implementação de funcionalidades do Drex, mas aposta em uma estratégia gradual para garantir eficiência e segurança. A expectativa é que, mesmo com a mudança de rota, o real digital continue avançando rumo a um sistema financeiro mais moderno e acessível.

E você, acredita que esse atraso pode atrasar também a inovação no Brasil ou considera melhor garantir segurança antes de avançar? Deixe sua opinião nos comentários.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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