Estatais brasileiras registraram em julho de 2025 o maior déficit da história para o mês, enquanto a dívida bruta do governo avançou e o setor público consolidado apresentou o segundo pior resultado da série histórica.
As estatais brasileiras fecharam julho de 2025 com déficit de R$ 2,1 bilhões, o maior já observado para esse mês.
O dado aparece no relatório “Estatísticas Fiscais” do Banco Central, divulgado na última sexta-feira (29), e evidencia a deterioração recente das contas públicas.
No mesmo levantamento, o setor público consolidado — que engloba União, Estados, municípios e empresas estatais — somou déficit primário de R$ 66,6 bilhões, o segundo pior desempenho da série para julho.
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Déficit recorde das estatais brasileiras
O saldo negativo superou o recorde anterior, registrado em 2024, quando o déficit havia sido de R$ 1,7 bilhão.
Nos anos anteriores, o resultado de julho alternou entre superávits e déficits, com forte oscilação.
Em 2020, por exemplo, houve superávit de R$ 789,8 milhões, seguido por R$ 785,6 milhões em 2021.
O ano de 2022 trouxe déficit de R$ 1,3 bilhão, enquanto 2023 apresentou superávit de R$ 904,4 milhões.
Esse histórico reforça o caráter instável da série e ajuda a dimensionar a gravidade do número de 2025.
Diferentemente de outros períodos, quando o saldo variava pouco, o dado mais recente rompeu o padrão e consolidou o pior desempenho já anotado em um mês de julho.
O acumulado do ano, que também tem mostrado resultados negativos sucessivos, amplia a preocupação com a trajetória das estatais.
Setor público consolidado em julho
O déficit primário de R$ 66,6 bilhões registrado no setor público consolidado só perde para julho de 2020, ano marcado pelos impactos da pandemia.
A maior parte do rombo veio do governo central, mas Estados, municípios e estatais também encerraram o mês no vermelho.
Na soma de 12 meses até julho, o consolidado acumula déficit de R$ 27,3 bilhões, equivalente a 0,22% do PIB.
O dado mostra enfraquecimento em relação a resultados recentes e reforça a pressão sobre as contas públicas.
Além do primário, o resultado nominal — que considera os juros — manteve-se pressionado pela despesa financeira elevada e pela necessidade de financiamento.
Esse cenário, ainda que secundário no relatório, ajuda a compreender a dinâmica da dívida.
Dívida bruta encosta em R$ 9,6 trilhões
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) alcançou 77,6% do PIB em julho, o equivalente a R$ 9,6 trilhões.
O índice subiu 0,9 ponto percentual em relação a junho.
Segundo o Banco Central, o avanço foi resultado principalmente dos juros nominais apropriados, das emissões líquidas de títulos e de variações cambiais, suavizados apenas pelo efeito do PIB nominal.
Na prática, a dívida manteve tendência de alta e consolidou-se como um dos principais pontos de atenção do quadro fiscal.
A elevação não se explica apenas por julho.
A combinação de gasto com juros elevados e necessidade constante de rolagem de papéis pressiona o estoque mês a mês.
Com isso, a piora do resultado primário contribui menos para segurar o avanço da relação dívida/PIB.

Fatores que explicam o resultado de julho
Parte do déficit de julho decorreu de efeitos específicos.
No governo central, os pagamentos de precatórios, concentrados no mês após adiamentos anteriores, ampliaram o volume de despesas.
Ao mesmo tempo, a arrecadação perdeu fôlego diante da desaceleração da atividade econômica.
Já nos entes subnacionais, a menor entrada de transferências somou-se à sazonalidade de despesas para pressionar as contas.
As estatais, por sua vez, foram impactadas tanto pelo desempenho de empresas individuais quanto por investimentos e desembolsos concentrados no período.
O resultado final ficou acima das oscilações comuns ao histórico da série e estabeleceu novo recorde negativo para julho.
Impactos para a política fiscal
O desempenho das contas adiciona dificuldades à execução das metas fiscais e ao funcionamento do arcabouço.
Com a DBGG em 77,6% do PIB e um déficit elevado em julho, a necessidade de reforço do primário volta ao centro do debate.
Além do efeito pontual dos precatórios, a trajetória do gasto obrigatório e a eficiência das medidas de aumento de arrecadação serão determinantes para o segundo semestre.
A relação dívida/PIB também depende diretamente do custo da rolagem da dívida.
Com juros ainda altos, o Tesouro enfrenta despesas mais pesadas, o que retroalimenta a trajetória de crescimento da DBGG.
Esse círculo exige maior esforço do lado fiscal para evitar que a dívida siga em expansão acelerada.
O relatório do Banco Central, divulgado mensalmente, funciona como sinal de curto prazo sobre a evolução desses indicadores.
Histórico das contas públicas em julho
O comparativo entre 2024 e 2025 mostra salto expressivo. No ano passado, o déficit havia sido de R$ 21,3 bilhões.
Agora, em julho de 2025, chegou a R$ 66,6 bilhões. Embora fatores extraordinários expliquem parte do aumento, o dado reforça a deterioração fiscal recente.
No caso das estatais, a diferença também impressiona. De R$ 1,7 bilhão negativos em julho de 2024 para R$ 2,1 bilhões em julho deste ano.
Dois anos antes, o saldo havia sido positivo, o que mostra a forte variabilidade do setor.
Perspectivas para os próximos meses
Os números seguintes indicarão se o desempenho de julho representa apenas uma exceção ou se inaugura uma tendência de maior fragilidade.
Medidas de recomposição de receitas, controle de despesas obrigatórias e eventuais ações extraordinárias terão papel decisivo nesse desfecho.
No caso das estatais, o comportamento operacional das grandes companhias e o calendário de investimentos podem suavizar ou ampliar a pressão.
A pergunta que se impõe é: com déficit recorde nas estatais, rombo de R$ 66,6 bilhões no consolidado e dívida em 77,6% do PIB, qual estratégia terá força suficiente para restaurar o equilíbrio das contas públicas sem comprometer a atividade econômica?


Depois o presidente vai para a mídia ESTATAL ****, dizer que o país está uma maravilha, que está muito melhor em tudo.
**** DESCARADO!!!!
É triste um site **** que não ensina a população, PT é ruim sim, Brasil está ruim sim! Mas praticamente a única preocupação são os correios, ok pode vender. Agora neste mesmo canal colocaram lucro recorde no governo Bolsonaro, incluíram Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa, Eletrobras… Agora se coloca estas empresas na conta o lucro passa de R$100.000.000.000,00, passa de 100 bilhões o lucro. A intenção é mentir para vender Petrobrás, Caixa, BB? Vergonha de site. Novamente sou fora PT! O rombo está aí e o motivo não é estatal, mas sim a má gestão do PT e toda a **** da nossa direita que junto com nossos canais de comunicação são corruptos igual.