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Banana produzida em Santa Catarina: controle da Sigatoka negra é decisivo para comercialização do produto com certificação fitossanitária, exportação agrícola, Cidasc e segurança sanitária

Escrito por Rodrigo Souza
Publicado em 23/09/2025 às 14:42
A banana produzida em Santa Catarina conquistou espaço importante na exportação agrícola
A banana produzida em Santa Catarina conquistou espaço importante na exportação agrícola (Foto: Ascom/Cidasc)
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A certificação fitossanitária garante segurança sanitária e exportação da banana produzida em Santa Catarina. A atuação da Cidasc fortalece o setor e mantém a fruta nos mercados nacional e internacional. Produtores rurais e instituições trabalham juntos para manter a sanidade da produção

O controle da banana produzida em Santa Catarina contra doenças é um dos pontos que mais chama atenção no agronegócio do estado, segundo uma matéria publicada.

Uma das maiores preocupações de quem cultiva a fruta é a presença da Sigatoka negra, causada por um fungo que ataca as folhas e pode acabar com a plantação.

Essa doença, que surgiu em Fiji na década de 1960, chegou ao Brasil em 1998 e se espalhou para quase todo o país.

Em Santa Catarina, a primeira identificação da praga aconteceu em 2004 e trouxe sérios impactos para os agricultores.

Naquele momento, os produtores não podiam vender a fruta para outros estados, e até consumidores locais ficaram inseguros quanto ao consumo.

Com o trabalho de instituições como a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e a criação de medidas de segurança fitossanitária, a situação foi controlada.

Atualmente, a fruta segue viagem para diferentes regiões do Brasil e também para países vizinhos, como Argentina e Uruguai. Esse resultado só foi possível com disciplina, união entre produtores e fiscalização constante.

O tema desperta interesse porque mostra como ciência, organização e cuidado com a natureza se transformam em oportunidades de mercado.

Sistema de certificação fitossanitária garante segurança sanitária

O cultivo da banana produzida em Santa Catarina exige acompanhamento constante, principalmente quando se trata de segurança sanitária.

Para que os agricultores possam vender sua produção, existe o Sistema de Mitigação de Risco de Sigatoka Negra, criado em 2005 e regulamentado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Esse sistema estabelece uma série de práticas obrigatórias no campo. Entre elas, estão cuidados com as folhas, monitoramento frequente e relatórios enviados às autoridades.

A finalidade é reduzir o risco de que a praga se espalhe, mantendo a confiança de quem compra e de quem consome.

Graças ao controle e à certificação fitossanitária, a fruta catarinense circula com a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), documento emitido pela Cidasc.

Com isso, ela chega a todos os estados brasileiros e também a outros países da América do Sul. Esse tipo de organização é essencial para que os produtores tenham segurança de renda e continuem investindo na plantação.

Exportação agrícola fortalece a banana catarinense

A banana produzida em Santa Catarina conquistou espaço importante na exportação agrícola. O estado ocupa a quarta posição na produção nacional da fruta e lidera no envio para fora do país.

As regiões Norte e Vale do Itajaí concentram a maior parte da produção, com destaque para cidades como Corupá, Jaraguá do Sul, Massaranduba e Luís Alves.

A regularidade dos controles sanitários possibilitou que os bananais catarinenses alcançassem novos patamares. Um exemplo foi o reconhecimento da Denominação de Origem da “Banana da Região de Corupá”, considerada a mais doce do Brasil.

Outro marco foi a Indicação de Procedência da “Banana de Luís Alves”, que também agregou valor ao produto.

Com a exportação garantida por meio da certificação, os agricultores conseguem manter sua atividade e conquistar novos mercados. Essa é uma forma de transformar a atenção à sanidade vegetal em oportunidade de crescimento econômico.

Ações da Cidasc na defesa vegetal

A banana produzida em Santa Catarina é acompanhada de perto pela Cidasc, que tem papel decisivo no processo.

Desde 2005, a instituição trabalha lado a lado com os produtores e suas associações, reforçando medidas de defesa vegetal e promovendo treinamentos sobre como identificar sinais de doenças.

Com essa estrutura, o estado conseguiu eliminar focos de outras pragas, como o moko da bananeira, que poderia causar sérios danos se tivesse permanecido.

Além disso, há vigilância constante contra ameaças globais, como a fusariose FocR4T, também chamada de Mal-do-Panamá Tropical.

O gestor Alexandre Mees lembra que em 2004 houve muita desinformação, o que afetou até o consumo interno.

A Sigatoka negra deixa lesões como estas nas folhas da bananeira. (Foto: Lea Cunha/Embrapa)
A Sigatoka negra deixa lesões como estas nas folhas da bananeira. (Foto: Lea Cunha/Embrapa)

Hoje, o conhecimento técnico e a divulgação de informações confiáveis ajudam a manter a confiança dos consumidores e garantem que o setor continue avançando.

Segurança sanitária e o futuro da produção

A banana produzida em Santa Catarina tem sua continuidade garantida pela educação sanitária e pela vigilância constante nos bananais.

A Cidasc promove buscas ativas, visitas às propriedades e orientações aos agricultores para que qualquer suspeita de praga seja identificada e comunicada rapidamente.

Essas ações não apenas mantêm a fruta em boas condições de comercialização, mas também reforçam a imagem do estado como referência em organização agrícola.

A cada ano, produtores e instituições renovam esse compromisso, garantindo que a cadeia produtiva siga forte.

O futuro da bananicultura catarinense depende da manutenção dessas práticas. Com disciplina, união e consciência, o estado continuará garantindo a qualidade e a circulação da fruta, que já se tornou marca registrada em várias regiões do Brasil e fora dele.

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Rodrigo Souza

Jornalista formado em 2006 pelo UNI-BH e com mais de 15 anos de experiência na produção de conteúdo otimizado para sites e blogs. Sou apaixonado pela escrita e sempre prezo pela credibilidade. Ao longo da minha carreira, já prestei serviço para diversos portais de notícias e agências de marketing digital na produção de matérias jornalísticas e artigos SEO.

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