Brasil conquista destaque no mercado global com uma fruta tropical que movimenta milhões de dólares por ano e impulsiona o agronegócio de estados do Nordeste.
O Brasil consagrou a manga como sua fruta mais exportada em 2025, com receita superior a US$ 80 milhões e envio de 73,6 mil toneladas ao exterior até maio.
A União Europeia aparece como principal destino, com forte participação dos estados de Pernambuco e Bahia na produção voltada ao mercado internacional.
Exportações de manga em alta impulsionam o agronegócio
A manga ocupa a liderança absoluta nas exportações brasileiras de frutas em 2025.
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De acordo com dados do primeiro trimestre, registra receita de mais de US$ 80 milhões e volume de 73,6 mil toneladas embarcadas, fortalecendo sua posição como carro-chefe do agronegócio nacional.
Segundo relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as variedades Palmer e Tommy dominam os embarques, em especial para a Holanda (52%), Espanha (26%) e Portugal (8%).
Nordeste é o principal polo produtor de manga para exportação
A região Nordeste concentra a maior parte da produção destinada ao comércio exterior.
Pernambuco e Bahia são responsáveis por mais de 80% das mangas exportadas.
A produtividade na região, especialmente no Vale do São Francisco, chega a 30 toneladas por hectare, superando a média nacional de 20 toneladas por hectare.
Setor de frutas do Brasil alcança US$ 1,38 bilhão em 2024
Em 2024, o Brasil exportou mais de 1 milhão de toneladas de frutas, gerando receita de US$ 1,38 bilhão.
Esse montante representa crescimento em valor, mesmo com uma leve queda no volume embarcado.
A manga sozinha somou mais de US$ 350 milhões em vendas no ano anterior.
Entre janeiro e setembro de 2024, as exportações de mangas cresceram 46,2% em valor, passando de US$ 147 milhões para US$ 215 milhões, apesar de uma leve queda no volume.
Outros destaques foram limões e limas, com crescimento de 14,5% em valor, e melões, com alta de 7,7%.
Em 2025, a temporada teve início promissor: o primeiro trimestre registrou aumento de 26% no volume de frutas exportadas (301 mil toneladas) e 7% em receita (US$ 311 milhões) em relação ao mesmo período de 2024.
Além da manga, melão, melancia, limão/lima, banana e maçã lideraram os embarques.
Manga brasileira é rica em nutrientes e atrai mercados internacionais
A manga exportada pelo Brasil alia sabor e saúde.
É rica em vitamina C, vitamina A, fibras, potássio, folato, cálcio e zinco.
Esses nutrientes fortalecem o sistema imunológico, protegem a visão, melhoram a saúde da pele e regulam o funcionamento intestinal.
Seus antioxidantes e compostos anti-inflamatórios ajudam a combater o envelhecimento precoce e reduzir o risco de gastrite.
Fatores que explicam o sucesso das exportações de manga
Logística eficiente e variedade de cultivares
As variedades Palmer e Tommy são preferidas nos mercados europeus por sua durabilidade e qualidade.
A infraestrutura logística — especialmente a exportação via Holanda — reforça a competitividade da manga brasileira.
Resiliência climática e inovação agrícola
Mesmo diante de chuvas intensas em 2024, as exportações cresceram 8,5% em valor entre janeiro e setembro.
Técnicas de irrigação adaptadas ao semiárido aumentaram a eficiência hídrica e a produtividade, como apontam estudos com manga ‘Kent’ em Petrolina (PE).
Aumento global na demanda por frutas tropicais
A busca por alimentos saudáveis impulsiona a demanda pela manga brasileira em países como União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, principais destinos da fruta.
Oportunidades e desafios para a fruticultura nacional
O Brasil busca ampliar sua presença nas exportações de frutas com maior valor agregado.
Para isso, são necessários investimentos em infraestrutura logística, acordos comerciais e apoio técnico a pequenos produtores.
Além da manga, novos mercados foram abertos para uvas e abacate, como China e Chile.
A presença brasileira no Dia Mundial da Fruta, celebrado em 1º de julho, reforça seu papel de destaque global e a necessidade de diversificar a produção.
A manga simboliza não só o sucesso comercial do setor, mas também sua capacidade de inovar e conquistar novos mercados.