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Bambu surge como potencial solução para a produção global de energia renovável 

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 12/07/2023 às 12:17
Bambu surge como potencial solução para a produção global de energia renovável 
Foto: Freepik

Estudos apontam que o bambu é uma potencial solução para a produção de energia renovável. A energia limpa através da planta pode ser gerada através da pirólise e fermentação.

Um estudo realizado pela Universidade Húngara de Agricultura e Ciências da Vida recentemente mostrou que o bambu foi identificado como uma solução potencial para a produção global de energia limpa. O estudo aponta que a taxa de crescimento rápido do bambu e seu potencial de absorção de carbono o tornam uma ótima alternativa de energia renovável e que vale a pena considerar.

Bambu pode ser transformado em combustível por meio de fermentação e pirólise

Com o mundo à procura de alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis, o bambu pode ter a chave para a energia limpa. Seu uso pode ser amplamente variado, desde a construção de móveis até a produção de papel, tornando-o uma planta versátil que tem sido usada pela humanidade há séculos.

Segundo o estudo, o bambu pode ser transformado em combustível através de técnicas como pirólise e fermentação, que transformam a matéria-prima da planta em biogás, bioetanol e diversos outros produtos ligados à energia renovável. Este processo só pode ser realizado devido ao alto teor de celulose encontrado em diferentes variedades de bambu.

Surpreendentemente, há mais de mil espécies de bambu encontradas no mundo inteiro, cada uma com sua própria composição química. O autor principal do estudo, Zhiwei Liang, reforça que pesquisas futuras para identificar as espécies de bambu mais vantajosas serão essenciais com foco na redução de custos e tempo de produção exigidos para a geração de biomassa.

Entenda como funciona o processo para transformar bambu em energia renovável

Entre os diversos elementos extraídos da natureza, o bambu tem apresentado maiores impactos positivos para tomar o lugar dos combustíveis com alta taxa de carbono, como uma fonte de energia limpa. Um fator importante que diferencia o bambu de outras plantas é sua taxa de crescimento, capaz de alcançar 1 metro por dia. Os cientistas destacam que o bambu pode alcançar sua maturidade em apenas 4 meses, crescendo mais de 30 metros de altura.

Esse crescimento rápido possibilita que o bambu remova quantidades de carbono substanciais da atmosfera e o substitua por oxigênio, tornando-o, claramente, uma ótima opção de energia renovável. As implicações deste estudo são importantes, visto que o bambu tem o potencial de contribuir para o desenvolvimento de soluções energéticas sustentáveis no mundo inteiro. Ao aproveitar seu crescimento acelerado e suas capacidades de absorção de carbono, o setor energético.

Energia renovável surge de fontes inesperadas

Além deste estudo que visa gerar energia limpa através do bambu, os produtores de leite do estado de Michigan, nos EUA, fecharam em junho uma nova parceria com a Dairy Distiller, uma destilaria situada em Ontário, no Canadá. A empresa, responsável por gerar a Vodkow, bebida desenvolvida a base de leite, está desenvolvendo um projeto capaz de transformar subprodutos do leite em combustível limpo.

Neste processo, os açúcares do permeado de leite, um produto que é gerado na fase de ultrafiltração, são transformados em etanol. A empresa, que até então utilizava o etanol apenas para produzir vodca, está com planos de expandir suas atividades e começar abastecer veículos nos Estados Unidos com combustível limpo já nos próximos anos.

Para tornar isso possível, as empresas parceiras estão aplicando investimentos de aproximadamente US$ 41 milhões em uma nova unidade de produção de etanol a partir de leite, que será inaugurada em 2025. A unidade será construída próxima a uma unidade da Associação de Produtores de Leite de Michigan, em Constantine, onde são produzidas 14 mil toneladas de permeado de leite por ano.

A nova unidade contará com capacidade para processamento deste material rico em lactose e gerará 2,2 milhões de galões de etanol por ano.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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