Estudo realizado pela empresa de consultoria PSR garante que, mesmo se houver uma recuperação com um crescimento exponencial da economia, após a queda gerada pela pandemia do covid-19, o Brasil não precisará de energia nova no sistema até 2024.
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Com as circunstâncias estudadas, o consumo de energia alcançará em média 80,5 GW no último ano do cenário avaliado (2024), contra 85,4 GW médios que foram contratados e uma energia reserva de 3,8 GW, com isso, a sobreoferta atinge 11% da potência.
Essa sobreoferta seria a mesma para o ano de 2023, porém, nos outros anos, o excedente seria ainda maior, de 15% em 2022, de 17% em 2021 e de 23% neste ano de 2020. Com o cenário atual, sem uma recuperação rápida da economia, a estimativa da PSR é que em 2024 o consumo atinja apenas 77,3 GW médios, deixando a oferta excedente em torno de 15%.
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A consultora PSR cita a importância de discutir a contratação de potência, visto que o Brasil possui alta intermitência em seu sistema energético. Intermitência esta que não se aplica apenas as gerações eólica e solar, mas também às usinas hidrelétricas, que sofrem com os reservatórios com volumes irregulares. Um exemplo é o caso da UHE Belo Monte, em que a diferença de produção do período seco para os períodos de chuva atinge 25 vezes.
Para uma contratação futura, após o ano de 2024, a PSR defende que o sistema deve funcionar com ferramentas que garantam o suprimento de potência. Além disso, fatores como a economia e o desfecho dos leilões de energia A-4 e A-5 serão bem influentes para que tenhamos essa definição.
Bernardo Bezerra, diretor técnico da PSR ainda cita que dentre as possibilidades de contratação de potência, as melhores são ofertas que podem ser despacháveis, como as UHEs reversíveis, baterias e resposta da demanda, já que não somam energia no sistema e sim mudam a hora em que a energia estará disponível.