Possível paralisação de trechos da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) coloca a economia baiana em risco. A indústria e os empregos locais podem sofrer graves consequências se os trechos forem descontinuados, afetando a competitividade do estado.
A Bahia está à beira de um colapso logístico, e a situação é alarmante.
Com a possível descontinuação de trechos da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), as indústrias locais e a economia baiana podem sofrer consequências severas.
No entanto, o verdadeiro impacto dessa decisão ainda está sendo debatido.
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A renovação da concessão da FCA pela VLI, que está sendo discutida em audiências públicas entre 30 de setembro e 4 de outubro de 2024, traz incertezas que preocupam toda a cadeia produtiva do estado.
Bahia pode perder conexão ferroviária estratégica
Segundo a proposta da VLI, empresa responsável pela administração da Ferrovia Centro Atlântica, trechos que conectam a Bahia a estados como Minas Gerais e Sergipe podem ser descontinuados.
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) se mostrou preocupada, destacando que a interrupção desses trechos pode impactar negativamente a logística e a produção industrial da região.
Trechos críticos ameaçados
De acordo com a VLI, dos 7.220 km de malha ferroviária sob concessão, 2.132 km podem ser devolvidos ao governo, dos quais 291 km pertencem à Bahia.
O trecho entre Bonfim e Petrolina, além de Alagoinhas a Propriá, está entre os mais ameaçados.
Essa situação alarmante coloca em risco o escoamento de produtos essenciais, como os do setor de mineração, comprometendo a competitividade da Bahia no cenário nacional.
Impactos econômicos e logísticos graves para a Bahia
O presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, alertou sobre o risco de prejuízos incalculáveis para a economia baiana.
Ele ressaltou que “o que está em jogo é a interligação da Bahia pela via ferroviária com outros centros importantes” e que a descontinuação dos trechos estratégicos pode enfraquecer a capacidade do estado de transportar sua produção.
Essa decisão também ameaça o funcionamento futuro da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), que ainda está em fase de planejamento.
Conforme Passos, “a interrupção da operação da FCA na Bahia abre caminho para a perda de cargas do trecho FIOL Barreiras/Mara Rosa”, comprometendo o desenvolvimento logístico da região.
A necessidade de investimento público
A FIEB defende que a renovação da concessão deve garantir a manutenção da operação no trecho baiano até que o governo defina um novo modelo operacional.
Isso envolve a realização de investimentos públicos para melhorar as condições da ferrovia, especialmente porque o atual cenário dificulta a atração de investidores privados.
Segundo a FIEB, “não será possível atrair um investidor privado para operar, baseado nas condições atuais”.
A solução proposta inclui o uso de recursos do Capex (despesas de capital), conforme proposto pela VLI, para garantir melhorias e viabilidade operacional.
Propostas para evitar o colapso logístico
Para evitar um colapso logístico que afete a economia e a indústria da Bahia, a FIEB sugere medidas urgentes, como a garantia de que o trecho entre Corinto (MG) e Campo Formoso (BA) continue operando até a definição de um novo operador.
Além disso, a federação defende a destinação de recursos para a modernização desse trecho, aumentando sua velocidade e eficiência, e a garantia da funcionalidade dos trechos da FIOL, assegurando que as cargas continuem a chegar aos portos da Baía de Todos os Santos.
Essas propostas buscam preservar a competitividade do estado no setor logístico e garantir que as operações ferroviárias continuem sendo um pilar fundamental da economia baiana.
Qual será o futuro logístico da Bahia?
O que acontecerá se os trechos ferroviários realmente forem paralisados? A Bahia corre o risco de se tornar uma ilha isolada logisticamente, com impactos diretos na economia, indústria e empregos.
Será que o governo e as autoridades estão preparados para lidar com as consequências dessa possível paralisação?