Com alcance de 11 mil km e autonomia de 37 horas, o B-2 Spirit continua sendo o bombardeiro mais caro e secreto da história, segundo o especialista Fernando de Borthole.
O B-2 Spirit é considerado o avião mais caro da história da aviação militar: cada unidade ultrapassou os US$ 2 bilhões em valores corrigidos. Mesmo com tamanho investimento, apenas 21 aeronaves foram produzidas, todas de uso exclusivo dos Estados Unidos.
Segundo o analista militar Fernando de Borthole, o B-2 Spirit é um dos maiores símbolos da Guerra Fria e continua até hoje como peça-chave da estratégia aérea americana, mesmo após 35 anos em operação.
O nascimento do bombardeiro invisível
Desenvolvido no fim da década de 1970 e apresentado oficialmente em 1989, o B-2 Spirit foi criado para penetrar as defesas soviéticas durante a Guerra Fria, utilizando tecnologia furtiva pioneira.
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Seu design em forma de asa voadora e o uso de materiais que absorvem ondas de radar reduzem sua detecção a níveis quase insignificantes, comparáveis a uma simples abelha.
Fernando de Borthole explica que o B-2 não foi pensado para velocidade, mas para invisibilidade estratégica, permitindo ataques nucleares ou convencionais em território inimigo sem ser detectado.
O preço que mudou a história
O programa original previa centenas de unidades, mas a dissolução da União Soviética em 1991 reduziu a demanda.
Com isso, a produção foi encerrada em apenas 21 aeronaves, cada uma custando mais de US$ 2 bilhões.
Esse valor exorbitante fez do B-2 um marco no debate sobre gastos militares dos EUA, ao mesmo tempo em que consolidou sua imagem de “avião intocável”, reservado para missões críticas e de alta complexidade.
Alcance e autonomia inéditos
Entre as características técnicas mais impressionantes, o B-2 Spirit tem alcance de 11 mil quilômetros sem reabastecimento e já realizou missões de até 37 horas ininterruptas graças ao reabastecimento aéreo.
Sua capacidade de transportar bombas convencionais ou nucleares o coloca como peça central do arsenal estratégico norte-americano.
Mesmo sendo um avião subsônico, voando em torno de 900 km/h, sua missão nunca foi o combate aéreo, mas a penetração em áreas altamente defendidas.
Atualizações e relevância após 35 anos
Apesar de ter sido concebido nos anos 1980, o B-2 Spirit permanece em operação devido a constantes atualizações eletrônicas e estruturais, que garantem sua relevância estratégica.
Para Fernando de Borthole, o segredo do sucesso do B-2 é a combinação de design inovador e manutenção contínua, que o mantém competitivo mesmo diante de novas tecnologias.
Ainda hoje, o bombardeiro desperta curiosidade ao ser usado em operações reais, reforçando seu caráter de “avião lendário”.
Exclusividade americana e o futuro com o B-21 Raider
Nenhum outro país opera um bombardeiro furtivo semelhante.
China e Rússia têm programas em andamento, mas nenhum alcançou o mesmo nível de maturidade operacional.
Atualmente, os Estados Unidos já desenvolvem o B-21 Raider, planejado para ser mais moderno e menos custoso.
Ainda assim, o B-2 Spirit segue como símbolo máximo do poder aéreo americano, carregando tanto prestígio quanto polêmica por seu custo bilionário.
Na sua opinião, o B-2 Spirit justifica seu custo bilionário por ser uma arma estratégica incomparável ou representa um excesso nos gastos militares dos EUA? Acha que o novo B-21 Raider conseguirá substituir sua fama? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem acompanha esse debate na prática.