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Autoescolas afirmam que a proposta do governo para flexibilizar a CNH prejudica setor de R$ 14 bilhões por ano e 300 mil empregos, enquanto o Ministério dos Transportes defende redução do custo médio de R$ 3,2 mil para motoristas

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 02/09/2025 às 16:36
Setor de formação de condutores critica mudança que pode dispensar aulas obrigatórias, enquanto o Ministério dos Transportes defende redução no custo médio da habilitação.
Setor de formação de condutores critica mudança que pode dispensar aulas obrigatórias, enquanto o Ministério dos Transportes defende redução no custo médio da habilitação.
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Autoescolas reagem a proposta do governo que dispensa aulas obrigatórias na CNH e alertam risco de perder R$ 14 bi e 300 mil empregos

A proposta do governo para flexibilizar a CNH abriu um dos maiores embates recentes no setor de trânsito. O Ministério dos Transportes colocou em debate a possibilidade de eliminar a obrigatoriedade de aulas teóricas e práticas nas categorias A (motos) e B (carros de passeio), além de dispensar o uso de simuladores e veículos adaptados.

O objetivo do governo é reduzir o custo médio da habilitação, hoje estimado em R$ 3,2 mil por candidato, dos quais aproximadamente R$ 2,5 mil vão diretamente para as autoescolas. A medida, segundo a pasta, busca democratizar o acesso à CNH, especialmente para jovens e trabalhadores que dependem do documento para gerar renda.

Autoescolas falam em ameaça de colapso no setor

A reação foi imediata. A Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto) afirmou que a proposta coloca em risco um mercado de R$ 14 bilhões anuais e cerca de 300 mil empregos diretos e indiretos. O presidente da entidade, Ygor Valença, acusou o governo de “atropelar o debate técnico”, lembrando que a Câmara Temática do Contran, responsável por discutir mudanças no processo de habilitação, está desativada há mais de um ano.

Segundo Valença, a medida não representa modernização, mas substituição: instrutores autônomos poderiam atuar sem a mesma estrutura exigida das autoescolas, enquanto as próprias escolas continuariam impedidas de oferecer ensino a distância. Para o setor, a mudança fragilizaria o processo de formação de condutores e aumentaria os riscos no trânsito.

Pressão política e mobilização no Congresso

O tema já ganhou corpo político. Lideranças das autoescolas realizaram reuniões com a ministra Gleisi Hoffmann e parlamentares aliados, defendendo que a proposta ameaça a sobrevivência de milhares de empresas familiares. Nesta semana, a Câmara dos Deputados promoveu uma audiência pública (02/09) e marcou uma Comissão Geral para esta quarta-feira (03/09), onde o assunto será amplamente debatido.

O setor argumenta que, sem um modelo regulado, haverá precarização na formação de condutores, além da perda de arrecadação tributária. Por outro lado, parlamentares alinhados ao governo ressaltam que o custo atual da CNH é proibitivo para milhões de brasileiros, e que a flexibilização pode ampliar o acesso.

Governo defende democratização e corte de custos

Para o Ministério dos Transportes, a prioridade é reduzir barreiras econômicas. A pasta defende que a proposta do governo para flexibilizar a CNH ajudaria a incluir mais cidadãos na formalidade e na mobilidade urbana. Em nota, destacou que a intenção não é acabar com as autoescolas, mas permitir maior concorrência e alternativas mais baratas para os candidatos.

A equipe técnica do ministério reforça que o modelo atual encarece artificialmente o processo e que países como os Estados Unidos já operam com regras mais flexíveis, sem prejuízos graves à segurança no trânsito. Ainda assim, especialistas alertam que, em um país com altos índices de acidentes, qualquer mudança precisa ser acompanhada de medidas rigorosas de fiscalização.

O embate coloca em choque dois pilares: a democratização do acesso à CNH e a preservação de empregos e empresas do setor de autoescolas. Enquanto o governo insiste na necessidade de cortar custos para motoristas, as autoescolas alertam para o risco de colapso em um mercado bilionário e estratégico para a segurança no trânsito.

E você, apoia a proposta do governo de flexibilizar a CNH para reduzir custos ou acredita que isso comprometerá a segurança e milhares de empregos? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive essa realidade de perto.

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Genival dos Santos
Genival dos Santos
09/09/2025 12:30

Concerteza apoio a decisão do governo isso é uma melhoria para 80%90% da população do Brasil principalmente para os mais fracos

Leony dos Santos
Leony dos Santos
08/09/2025 10:15

Eu moro praça da fé município de São Francisco de Itabapoana, meu filho queria tirar carteira de motorista mais fica muito caro, aí vem as passagem São Francisco depois passagem pra ir pra campo goytacaz fazer a prova, aí depois tem que pagar um Detran o governo tem mesmo que abaixar a taxa tá muito caro pra população que e pobre,

Domingues
Domingues
08/09/2025 07:50

Sim rico mais ricos, dinheiro fácil fechar auto escolas. Lula na cabeça….

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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