A Austrália deu um passo importante na modernização de suas forças armadas ao testar com sucesso um míssil de ataque de precisão a longa distância. O lançamento marcou um feito inédito fora dos Estados Unidos e fortalece a capacidade de dissuasão do país na região.
Um míssil de ataque avançado com precisão milimétrica foi disparado com sucesso pelo Exército Australiano. O ensaio aconteceu na Área de Treinamento de Mount Bundey, no Território do Norte, e marcou a primeira vez que uma força fora dos Estados Unidos testou essa arma.
O míssil em questão é o PrSM (Míssil de Ataque de Precisão), desenvolvido pela empresa Lockheed Martin. Ele foi lançado a partir do sistema HIMARS, uma plataforma de artilharia de alta mobilidade. O mais importante é que o míssil atingiu um alvo a mais de 480 quilômetros, mostrando sua capacidade de longo alcance.
Além disso, o teste reforça a capacidade de ataque do país, alinhada à Estratégia de Defesa Nacional de 2024. A presença do Ministro da Indústria de Defesa da Austrália, Pat Conroy, e do Secretário do Exército dos EUA, Daniel Driscoll, mostra o peso estratégico do evento.
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Sistema moderno e alcance impressionante
O novo sistema de armas é classificado como superfície-superfície. Ou seja, ele dispara mísseis de forma indireta para atingir alvos a grandes distâncias. O design prioriza acessibilidade, flexibilidade e desempenho superior.
Segundo o ministro Pat Conroy, “o disparo do PrSM de hoje é mais um exemplo da aceleração das capacidades de ataque de longo alcance do Governo Albanês para a ADF”. Ele também destacou que outros armamentos, como o Míssil Padrão 6 e o míssil Tomahawk, já fazem parte dessa estratégia.
Portanto, o teste do PrSM se soma a um plano mais amplo de modernização rápida do Exército. Os prazos estão sendo adiantados. O HIMARS foi entregue antes do previsto. O PrSM também chegou um ano adiantado. E o teste ocorreu dois anos antes da data planejada.
Capacidade ofensiva ampliada
O míssil oferece às forças armadas uma nova capacidade ofensiva. Ele pode apoiar diferentes níveis operacionais, desde brigadas até forças conjuntas de coalizão. A meta é clara: reforçar a dissuasão e garantir maior segurança regional.
O comunicado do Ministério da Defesa afirmou que o disparo foi uma demonstração concreta da velocidade com que o Exército está adotando novas tecnologias. Foi também a primeira vez que a Austrália disparou um PrSM com um lançador HIMARS.
Além disso, o governo destacou que o lançamento representa uma mudança de postura. Agora, a Austrália integra um grupo seleto de países com capacidade real de ataque terrestre de precisão a longas distâncias.
Acordo com os Estados Unidos
O teste ocorreu após a assinatura de um Memorando de Entendimento entre os dois países.
O documento prevê produção, manutenção e evolução conjunta do PrSM. As negociações sobre a fabricação nacional do míssil devem começar ainda este ano.
Essa parceria é vista como estratégica para manter a liderança militar global. As atualizações futuras do PrSM devem ampliar ainda mais o alcance — chegando a mais de 1.000 quilômetros — e incluir sensores mais modernos e novas ogivas.
Conroy afirmou que o lançamento é um marco importante. Segundo ele, faz parte do plano de aumentar em vinte e cinco vezes a capacidade de ataque de longo alcance do Exército.
Planejamento estratégico acelerado
Por fim, o teste do PrSM mostra como a Austrália está acelerando seu planejamento de defesa. O foco agora está nas manobras litorâneas e na ampliação da capacidade terrestre e marítima de longo alcance.
Com a demonstração de precisão milimétrica e potência de fogo, o país avança em direção a uma postura mais preparada e tecnologicamente equipada para os desafios de segurança no século XXI.