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Aumento no salário mínimo? Governo coloca água no chopp dos brasileiros e reajuste no salário mínimo será menor do que o previsto

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 14/12/2024 às 23:06
Governo limita reajuste do salário mínimo em 2025 para economizar R$ 70 bilhões, mas enfrenta resistência no Congresso e entre aliados.
Governo limita reajuste do salário mínimo em 2025 para economizar R$ 70 bilhões, mas enfrenta resistência no Congresso e entre aliados.

O salário mínimo de 2025 terá o menor aumento previsto, com reajuste limitado a 2,5% pelo governo. A medida visa economizar R$ 70 bilhões, mas enfrenta forte resistência no Congresso e entre aliados. Com o poder de compra ameaçado, milhões de brasileiros questionam o impacto da decisão. Confira os detalhes e participe do debate!

Se você achava que o aumento do salário mínimo seria o suficiente para aliviar o peso da inflação no bolso do brasileiro em 2025, é melhor rever as expectativas.

O governo federal decidiu apertar ainda mais o cinto e adotar um reajuste menor do que a regra atual previa, mesmo diante de um cenário econômico delicado.

A decisão, que promete polêmica, está inserida em um pacote de medidas de austeridade que já enfrenta resistência tanto no Congresso quanto na opinião pública.

Reajuste abaixo das expectativas

Segundo a legislação vigente, o salário mínimo deve ser corrigido pela inflação acumulada, somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.

Esse cálculo levaria o valor atual de R$ 1.412 para R$ 1.528. Contudo, o governo estabeleceu um teto para o aumento acima da inflação, limitando-o a 2,5%.

Com essa restrição, o novo salário mínimo em 2025 será de R$ 1.517, uma diferença de R$ 11 em relação à projeção inicial.

De acordo com o governo, a medida tem como objetivo economizar recursos e equilibrar as contas públicas, especialmente diante da necessidade de aprovação de um pacote de corte de gastos no Congresso.

Caso não fosse adotado o teto de 2,5%, os impactos financeiros seriam maiores, comprometendo o planejamento fiscal para os próximos anos.

Economia bilionária e liberação de emendas

Conforme as estimativas, as medidas de ajuste, incluindo o limite no aumento do salário mínimo, podem gerar uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos.

Para garantir apoio às medidas no Congresso, o governo intensificou a liberação de emendas parlamentares.

Segundo informações recentes, cerca de R$ 2 bilhões já foram destinados a deputados e senadores desde que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, desbloqueou os recursos previamente congelados por falta de transparência.

Apesar desse esforço, a estratégia do governo enfrenta desafios significativos.

Estabelecer um teto para o salário mínimo e endurecer as regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) são ações consideradas impopulares, inclusive entre parlamentares da base aliada.

Relator da matéria, o deputado Isnaldo Bulhões (MDB) reconheceu que o prazo é curto e que a aprovação das medidas é incerta.

Planos alternativos e resistências no Congresso

Para contornar eventuais entraves, o governo já tem um plano B preparado: a edição de uma medida provisória caso os projetos de lei não avancem no prazo estabelecido.

Entre as propostas que integram o pacote de cortes está a PEC que limita os chamados super-salários no funcionalismo público e o projeto que contingencia emendas parlamentares direcionadas a bases eleitorais. Ambas as medidas enfrentam forte resistência no Congresso, aumentando a pressão sobre o Executivo.

Impactos no cotidiano do brasileiro

A polémica em torno do reajuste do salário mínimo reflete diretamente na vida de milhões de brasileiros, especialmente daqueles que dependem exclusivamente desse valor para sobreviver.

Com o aumento limitado, o poder de compra segue comprimido, dificultando ainda mais o acesso a bens e serviços essenciais.

Por outro lado, o governo argumenta que as medidas de contenção são cruciais para evitar desequilíbrios fiscais que poderiam prejudicar a economia no longo prazo.

Próximos passos

Com o prazo apertado e uma resistência crescente, as próximas semanas serão decisivas para o futuro das medidas propostas.

O Congresso precisa deliberar sobre o pacote antes do recesso parlamentar, mas a divisão de opiniões dentro da própria base governista pode atrasar o processo.

Caso as medidas não sejam aprovadas, o impacto fiscal pode ser ainda maior, comprometendo os objetivos traçados pelo Executivo.

E você, acredita que limitar o reajuste do salário mínimo é uma solução viável ou apenas mais um peso sobre os ombros da população? Deixe sua opinião nos comentários!

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Christiano
Christiano
15/12/2024 07:37

Para quem acha que o governo **** entende de economia, fica uma dica, contratem o Paulo Guedes, pois, o Haddad é menino de feira!!

Wagner
Wagner
15/12/2024 08:24

Com a falta de caráter dos governantes sempre penalizam os contribuintes quando deveriam efetivamente diminuir substancialmente os gastos com despesas absurdas, empregos com indicações de apadrinhados políticos e companheiros, salários e privilégios em todis os poderes e esferas de governo.

Hugo
Hugo
15/12/2024 09:50

A pressão inflacionaria advém do peso da carga tributária, onde tira o poder de compra das pessoas, tira o mercado nacional da competitividade internacional e nacional, reduz a geração de emprego e amplia a necessidade de se aumentar o salário mínimo. No Brasil ver aumento de salário mínimo é o mesmo que ver **** correndo atrás do próprio ****, não chega a lugar nenhum.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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