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Atrasou as parcelas da moto financiada? O que acontece — e como resolver

Publicado em 15/07/2025 às 10:33
Motos, Financiamento, Parcelas
Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Atrasar parcelas da moto pode gerar multa, juros, nome sujo e até apreensão do veículo; saiba o que fazer para evitar prejuízos

Deixar de pagar as parcelas de uma moto financiada pode trazer dores de cabeça. Multas, juros, nome sujo e até a perda do veículo estão entre as consequências.

Neste artigo, explicamos de forma simples e direta o que pode acontecer com quem atrasa ou para de pagar um financiamento de moto.

Também mostramos o passo a passo da apreensão e o que o devedor pode fazer para evitar a perda do bem.

Atraso no pagamento: o que ocorre de imediato

Multas e juros

Quando o pagamento não é feito até a data de vencimento, o banco ou financeira aplica multa e juros sobre o valor atrasado.

A multa costuma ser um valor fixo, e os juros aumentam quanto mais tempo o cliente demora para pagar.

Essas cobranças servem como penalidade pelo atraso e compensam o tempo que o banco ficou sem receber.

Notificações da financeira

Ao identificar o atraso, a instituição entra em contato com o cliente. As notificações podem ser por carta, e-mail, ligação ou mensagem de texto.

O objetivo é avisar sobre a situação e tentar resolver a dívida antes que as medidas mais sérias sejam iniciadas.

E se o atraso continuar?

Nome negativado

Se a pessoa não pagar, a financeira pode colocar o nome do devedor em órgãos como a Serasa. Isso pode ocorrer entre 30 e 60 dias após o atraso.

Ter o CPF negativado dificulta conseguir crédito, empréstimos ou até mesmo contratar serviços que exigem consulta ao histórico financeiro.

Risco de perder a moto

Se o atraso virar um problema contínuo, a financeira pode iniciar a busca e apreensão do veículo. Esse processo depende de uma ordem judicial e pode levar à retirada da moto do proprietário.

Mesmo nesse ponto, o dono ainda pode regularizar a dívida. Mas, se não conseguir, a moto vai a leilão.

Quando o banco pode tomar a moto

A instituição pode pedir a apreensão da moto quando há falta de pagamento ou quebra de contrato. Um exemplo de quebra de contrato é transferir o veículo para outra pessoa sem autorização do banco.

Mesmo que a lei permita o início do processo já no primeiro dia de atraso, os bancos geralmente esperam de três a cinco parcelas atrasadas antes de ir à Justiça.

Como funciona a busca e apreensão

Etapas judiciais

  1. Petição inicial: o banco apresenta ao juiz um pedido de busca e apreensão, com provas da inadimplência.
  2. Liminar: o juiz pode conceder uma liminar para autorizar a apreensão imediata.
  3. Mandado de apreensão: o oficial de Justiça recebe a ordem com os dados do veículo e do local onde ele pode estar.

Como é feita a apreensão

  1. Recebimento do mandado: o oficial analisa as informações do documento.
  2. Planejamento: ele define como vai executar a ordem.
  3. Apreensão: ao localizar a moto, o oficial faz a apreensão e registra o ocorrido.
  4. Citação do devedor: o devedor recebe uma cópia do processo e é informado dos prazos para defesa ou pagamento.

E depois da apreensão?

Após a moto ser levada, o devedor tem cinco dias para pagar a dívida completa, incluindo multas e taxas do processo. Se pagar nesse prazo, pode recuperar o bem.

Se não pagar, o banco pode assumir a posse do veículo. A partir disso, acontecem as seguintes etapas:

  • Avaliação: o bem é avaliado para saber seu valor de mercado.
  • Leilão: a moto é vendida em leilão.
  • Destino do valor: o dinheiro vai para pagar a dívida. Se sobrar, a diferença é devolvida ao antigo dono. Se faltar, o restante da dívida ainda será cobrado.

O que fazer se não conseguir pagar

Rever a vida financeira

Antes de tudo, é importante analisar o orçamento. Veja quanto entra e quanto sai. Talvez cortar gastos ou buscar uma renda extra já resolva.

Negociar com o banco

Entre em contato com a financeira. Muitas vezes, dá para renegociar prazos, pedir desconto nos juros ou adiar o pagamento por um tempo. Essas medidas evitam que o problema vire algo maior.

Vender a moto

Se o valor da dívida ainda for pequeno, pode ser melhor vender a moto e quitar o financiamento. Também existe a opção de transferir o financiamento para o novo dono, mas isso depende de autorização do banco.

Refinanciar

Outra alternativa é fazer um novo empréstimo, usando a própria moto como garantia. Isso se chama refinanciamento. A moto fica alienada de novo e, se o pagamento não for feito, será apreendida.

Devolver a moto

Se a dívida for maior que o valor da moto, pode ser melhor devolver o bem para o banco. Isso evita que os juros e multas cresçam ainda mais.

Como evitar a perda da moto

Para não chegar ao ponto de perder o veículo, existem algumas alternativas:

  • Renegociar com o banco;
  • Transferir o financiamento para outra pessoa;
  • Vender a moto e quitar a dívida;
  • Fazer um refinanciamento.

Essas opções ajudam a regularizar a situação e evitar consequências mais graves.

Regularizando a dívida: passo a passo

  1. Verifique quanto está devendo;
  2. Procure a instituição financeira;
  3. Analise as opções: pagar tudo, renegociar, refinanciar ou devolver;
  4. Formalize o acordo;
  5. Acompanhe o status da negociação para garantir que tudo foi resolvido.

Conclusão: tomar atitude o quanto antes

Quanto mais cedo o problema for enfrentado, melhor. Atrasos no financiamento da moto geram juros, risco de nome sujo e até apreensão do bem. Existem saídas, mas é preciso agir com rapidez.

Mesmo que a situação pareça complicada, conversar com o banco e buscar soluções pode evitar prejuízos maiores e garantir um recomeço mais tranquilo.

Com informações de Serasa.

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Romário Pereira de Carvalho

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