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Assédio e discriminação envolvendo mulheres que trabalham no setor offshore são revelados em pesquisa chocante sobre o trabalho a bordo

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 27/10/2022 às 11:55
Offshore, navio, discriminação
Presidente, WISTA Internacional; Reprodução: IMO

O objetivo da pesquisa realizada era constatar se as mulheres que trabalham no setor offshore sofrem alguma discriminação e como elas ocorrem nos navios

A pesquisa foi feita pela Wista e foi realizada em conjunto com a Anglo Eastern, International Seafarers Welfare and Assistance Network (ISWAN) e International Chamber of Shipping (ICS). O objetivo principal era constatar como as mulheres que trabalham no setor Offshore lidavam  om a “discriminação” e como ela se manifestava a bordo com base em suas experiências pessoais.

A pesquisa teve 1.128 mulheres de 78 países como base, sendo que as Filipinas (399) tiveram a maior proporção de discriminação, seguidas pelos Estados Unidos (98), Reino Unido (57), África do Sul (51), Brasil (47), Índia (41), Peru (36), Colômbia (35) e Indonésia (35).

Da maioria das mulheres offshore, cerca de 90% trabalha em navios de cruzeiro e o restante trabalha em navios de carga, petroleiros e navios porta-contêineres, navios de carga geral/engajados, navios químicos, graneleiros e rebocadores.

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Reprodução: Youtube

Dados sobre a entrevista

A maioria das mulheres entrevistadas relataram terem encontrado discriminação de gênero a bordo e a outra parte relatou 40% que não havia tal discriminação.

Um total de 34% das mulheres offshore reconheceram que sentiram-se alienadas ou negligenciadas por conta do seu gênero, ao passo que 29% das entrevistadas sofreram assédio e bullying a bordo dos navios.

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Além disso, 66% das mulheres concordam que os empregados homens passaram a assediar ou intimidar colegas de trabalho, disse a WISTA.

Estatística da pesquisa

  • A pesquisa considerou 1128 mulheres marítimas de 78 países;
  • 60% das mulheres relataram encontrar discriminação de gênero a bordodos navios;
  • 66% das mulheres relatam que os funcionários homens assediam e intimidam as colegas de trabalho do sexo feminino;
  • 25% dizem que no setor de offshore é comum o assédio físico e sexual, ocorrendo a bordo e envolvendo intrusões em sua privacidade;
  • 13% ​​mencionaram que foram abordadas de forma ofensiva;
  • 70% das mulheres afirmam que seus colegas do sexo masculino perpetram assédio ofensivo a bordo;

A pesquisa também possibilitou coletar dados sobre políticas de assédio e bullying das empresas offshore, bem como linhas diretas da empresa. O efeito da pandemia nas experiências das mulheres a bordo fornece insights sobre como as empresas podem operar no setor para promover a diversidade de gênero e acabar com o preconceito.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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