Bashar al-Assad teria deixado para trás uma coleção milionária de carros de luxo ao fugir da Síria, incluindo marcas exclusivas como Mercedes, Ferraris e Porsches.
O palácio presidencial de Bashar al-Assad na Síria, localizado em uma colina nos arredores de Damasco, foi invadido por forças rebeldes islâmicas neste domingo.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram a vasta frota de carros de luxo abandonada no local, incluindo Mercedes, Porsches, Ferraris e SUVs blindados.
Os insurgentes, que chegaram ao poder após semanas de intensos combates, transformaram o espaço em um cenário caótico de saque e celebração.
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Vídeos mostram combatentes explorando uma garagem repleta de veículos de alto valor, enquanto outros perambulavam pela mansão tirando selfies e disparando armas para o alto.
O imóvel, conhecido por seu design imponente de pedra e mármore. O extremo luxo a disposição do ditador revelou um contraste com a realidade enfrentada pela população síria durante as últimas décadas.
A queda de Assad na Síria
Bashar al-Assad fugiu de Damasco em um avião rumo a um destino desconhecido, encerrando 24 anos de um governo marcado pela repressão.
Durante seu regime, a família Assad manteve uma vida de privilégios, enquanto o povo sírio enfrentava dificuldades crescentes, especialmente após o início da guerra civil em 2011.
Além dos veículos, os rebeldes encontraram móveis luxuosos, obras de arte e até um arsenal com dezenas de submetralhadoras.
Em outro vídeo, saqueadores descobriram uma rede de bunkers subterrâneos.
Os compartimentos escondidos estavam cheios de caixas de charutos vazias e estojos de armas, evidenciando o estilo de vida extravagante e a paranoia de segurança que caracterizava o governo de Assad.
Quem é Bashar al-Assad
Bashar al-Assad, hoje com 59 anos, chegou ao poder em 2000, sucedendo seu pai, Hafez al-Assad, que comandou a Síria por três décadas após um golpe de Estado em 1971.
Membro da minoria alauita, Assad tinha inicialmente uma trajetória distante da política.
Médico especializado em oftalmologia, ele estudou em Londres antes de assumir o controle do país após a morte inesperada de seu irmão mais velho, Basil, em 1994.
Ele foi “eleito” por meio de referendos amplamente criticados pela comunidade internacional, com índices de aprovação acima de 97%.
Durante seus mandatos, consolidou um governo autoritário, reprimindo dissidentes e centralizando o poder em sua família. Desde 2011, enfrentou uma guerra civil devastadora que fragilizou sua liderança.
A queda de damasco
Damasco, palco de confrontos decisivos, viu os insurgentes se aproximarem da capital em uma ofensiva relâmpago iniciada há 10 dias.
Lideradas pelo grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), as forças rebeldes capturaram cidades estratégicas como Aleppo e Homs antes de cercar a capital. Outras frentes de oposição partiram do Sul e do Leste, intensificando o cerco.
O HTS, originado como uma filial da Al Qaeda, desempenhou um papel central na derrubada das estátuas de Hafez al-Assad, pai de Bashar, em várias cidades. As bases militares foram tomadas, simbolizando o fim de uma era marcada pela brutalidade e pelo autoritarismo.