Brasil e Estados Unidos adotam métodos distintos de pavimentação: enquanto o país sul-americano segue padrões tradicionais, os norte-americanos investem em tecnologia e sustentabilidade para ampliar a durabilidade das vias
Embora o asfalto pareça igual sob os pneus, Brasil e Estados Unidos adotam caminhos distintos na forma de pavimentar suas estradas. A escolha dos materiais e das tecnologias influencia diretamente na durabilidade, no custo e na manutenção das vias. Os dois países apresentam diferenças relevantes que começam na composição do asfalto e se estendem até a preocupação com sustentabilidade.
O modelo brasileiro: CBUQ como padrão
No Brasil, o tipo de asfalto mais comum é o CBUQ, sigla para Concreto Betuminoso Usinado a Quente. Ele é um pavimento flexível formado por uma combinação de agregados minerais, como brita, areia e pó de pedra.
O elemento que liga tudo é o Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP), um subproduto da destilação do petróleo.
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A estrutura do pavimento brasileiro segue um modelo em camadas. A base começa pelo subleito, depois vem a sub-base, a base propriamente dita e, por fim, a camada de revestimento. É esta última que recebe o impacto direto do tráfego e serve como proteção para as demais camadas.
Apesar de ser amplamente aplicado, o CBUQ enfrenta dificuldades. O clima tropical, presente em boa parte do Brasil, contribui para acelerar o desgaste do asfalto. A alta incidência de chuvas e temperaturas elevadas causa rachaduras e buracos, exigindo constante manutenção.
Estados Unidos: mais tecnologia e reaproveitamento
Nos Estados Unidos, cerca de 94% das rodovias também utilizam asfalto como revestimento principal. A composição é semelhante à brasileira, com uso de agregados minerais como areia, pedra britada e cascalho, unidos por betume — outro derivado do petróleo.
A diferença principal está nas técnicas aplicadas e no uso de inovações. O pavimento também é estruturado por camadas, mas há mais flexibilidade na adaptação conforme o clima local e o volume de tráfego.
Isso permite melhor desempenho nas diversas regiões do país, que apresentam variações de temperatura mais extremas.
Uma das marcas do asfalto americano é o investimento em tecnologias sustentáveis. O país já incorporou práticas como a utilização de asfalto reciclado, contribuindo para a redução de resíduos e custos. A aplicação de aditivos específicos também ajuda a prolongar a vida útil das estradas.
Comparação revela caminhos diferentes
A comparação entre os dois modelos evidencia como fatores técnicos, ambientais e econômicos moldam as escolhas de cada país. O Brasil ainda utiliza métodos tradicionais, com menor grau de inovação tecnológica. Já os Estados Unidos apostam em modernizações e em práticas mais sustentáveis.
Essa diferença também se reflete nos desafios enfrentados. Enquanto o Brasil sofre com o desgaste precoce das vias, os Estados Unidos conseguem manter uma rede rodoviária mais durável graças ao uso de novos materiais e técnicas.
Futuro da pavimentação
Com uma malha viária extensa e demandas crescentes por manutenção e expansão, o Brasil pode se beneficiar ao observar as práticas aplicadas em outros países.
As escolhas feitas na pavimentação não impactam somente a aparência das estradas, mas também a segurança, o custo de transporte e a sustentabilidade da infraestrutura.
Entender como cada país lida com a pavimentação ajuda a identificar oportunidades de melhoria. A comparação evidencia haver espaço para evolução, especialmente em direção a soluções mais duráveis e ambientalmente conscientes.