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As 10 tecnologias que podem reinventar o mundo: baterias estruturais, fusão nuclear, nanoenzimas e mais inovações do Fórum Econômico Mundial

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 18/08/2025 às 16:32
Descubra as 10 tecnologias emergentes de 2025 apontadas pelo Fórum Econômico Mundial que podem transformar energia, saúde e mobilidade.
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Relatório do Fórum Econômico Mundial destaca inovações em energia, saúde, mobilidade e combate à desinformação, com potencial de transformar o cotidiano em até cinco anos. O documento foi lançado na 16ª Reunião Anual dos Novos Campeões.

O Fórum Econômico Mundial divulgou em 24 de junho de 2025 a lista das 10 Tecnologias Emergentes de 2025, um panorama de inovações com potencial de impacto direto no cotidiano em até cinco anos.

O relatório, apresentado durante a 16ª Reunião Anual dos Novos Campeões, o conhecido “Davos de Verão”, destaca soluções que unem desenvolvimento factível, aplicabilidade e benefícios sociais, com foco na virada entre laboratório e uso real.

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Como a seleção foi feita e por que importa

Elaborado em colaboração com a editora científica Frontiers, o documento compila nomeações de especialistas e uma avaliação prospectiva estruturada.

No prefácio, os responsáveis — Frederick Fenter, editor-chefe da Frontiers, e Jeremy Jurgens, diretor-gerente do WEF — afirmam que o objetivo é orientar decisões públicas e privadas ao identificar tecnologias no ponto de inflexão entre avanço científico e aplicação prática.

Convergência tecnológica no combate à desinformação

Em um ambiente digital marcado por deepfakes, o relatório inclui marcas d’água para conteúdos gerados por IA.

A técnica embute sinais invisíveis em textos, imagens, áudios e vídeos para verificar autenticidade e origem.

A adoção tende a crescer, mas seguem desafios como tentativas de remoção, ausência de padronização e risco de rotulagem equivocada.

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Energia limpa e agricultura descarbonizada

A fixação de nitrogênio verde surge como alternativa para reduzir a pegada de carbono da amônia, insumo crítico para fertilizantes.

Hoje, a rota tradicional responde por cerca de 1% a 2% do consumo global de energia, além de uma parcela relevante das emissões.

Por isso, métodos que usem eletricidade renovável ou microrganismos engenheirados ganham tração.

Outra aposta é a energia osmótica, que gera eletricidade a partir da diferença de salinidade entre água doce e salgada por meio de membranas avançadas.

Pilotos vêm sendo retomados e a tecnologia pode apoiar redes elétricas com fornecimento estável, além de aplicações em dessalinização e recuperação de recursos.

O capítulo de tecnologias nucleares avançadas aponta a maturação de projetos como pequenos reatores modulares (SMRs) e novas soluções de resfriamento.

A fissão lidera a implementação no curto prazo, enquanto a fusão nuclear permanece uma meta de longo alcance para uma matriz de energia sem carbono.

Mobilidade elétrica e materiais inteligentes

As baterias estruturais — compósitos capazes de armazenar energia e suportar carga ao mesmo tempo — prometem reduzir massa e aumentar eficiência em veículos e aeronaves.

Em vez de carregar uma bateria “separada” da estrutura, o próprio material do chassi ou da carroceria passa a integrar a função de armazenamento.

Isso pode ampliar autonomia e otimizar custos quando requisitos de desempenho e segurança forem atingidos.

Saúde do futuro: tratamentos vivos, sensores e novas indicações

A chamada engenharia de “terapêuticos vivos” propõe transformar microrganismos benignos em pequenas fábricas de fármacos dentro do corpo.

A perspectiva é oferecer liberação direcionada e contínua de medicamentos, com menor custo e menos efeitos adversos.

Os fármacos GLP-1, desenvolvidos originalmente para diabetes e obesidade, aparecem pela possível utilidade em doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.

A ação neuroprotetora observada em estudos iniciais indica potencial, mas ensaios adicionais e validação regulatória ainda são necessários.

Na base da vigilância contínua, a detecção bioquímica autônoma reúne sensores autoalimentados e conectados que monitoram, sem intervenção humana, marcadores de saúde e de qualidade ambiental.

O avanço em bioengenharia e nanotecologia habilita aplicações como o acompanhamento de glicose em tempo real, além do controle de poluição e da segurança alimentar.

Nanoenzimas: estabilidade e custo em foco

As nanoenzimas são materiais sintéticos na nanoescala que imitam a função de enzimas naturais, mas com maior estabilidade, produção mais simples e custo reduzido.

Ganham terreno em biomedicina — do direcionamento de fármacos oncológicos ao combate ao estresse oxidativo ligado a quadros neurodegenerativos — e em frentes ambientais e de segurança de alimentos.

O WEF cita projeção de US$ 57,95 bilhões até 2034, sinal de um mercado em consolidação, embora ainda sujeito a marcos regulatórios e comprovação clínica.

Cidades conectadas com sensores colaborativos

A detecção colaborativa amplia a visão de sistemas urbanos ao integrar sensores comuns — de casas, carros e infraestrutura — em redes coordenadas por IA.

A partir dessa malha, torna-se possível ajustar semáforos para reduzir congestionamentos, antecipar eventos climáticos com dados ambientais e apoiar decisões de segurança pública.

A viabilidade, porém, depende de padrões abertos, proteção de dados e algoritmos multimodais capazes de fundir sinais heterogêneos.

O horizonte de três a cinco anos

O relatório reforça uma tendência de convergência entre IA, biologia e novos materiais.

A leitura estratégica é que, nos próximos três a cinco anos, o avanço dependerá tanto da ciência quanto de fatores de ecossistema: regulação, financiamento, cadeias produtivas e capacitação.

Ao iluminar áreas com tração inicial — da descarbonização da amônia ao rastreio de autenticidade de mídias — a lista mapeia onde políticas e investimento podem acelerar benefícios sociais tangíveis.

Em um cenário de múltiplas apostas, qual dessas tecnologias você considera mais próxima de gerar impacto real no Brasil nos próximos cinco anos?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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