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Arrecadação de royalties do petróleo deve atingir os R$ 61 bilhões em 2022 com o aumento na produção e nos preços dos combustíveis, diz ANP

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 09/06/2022 às 18:00
Atualizado em 12/06/2022 às 03:47
Após um crescimento expressivo durante o primeiro trimestre do ano, a ANP projeta uma arrecadação de royalties do petróleo em torno de R$ 61 bilhões para o ano de 2022, impulsionada pelo aumento no preço do combustível decorrentes da alta produção
Foto: Pixabay

Após um crescimento expressivo durante o primeiro trimestre do ano, a ANP projeta uma arrecadação de royalties do petróleo em torno de R$ 61 bilhões para o ano de 2022, impulsionada pelo aumento nos preços dos combustíveis decorrentes da alta produção

O diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Rodolfo Saboia, divulgou alguns dados sobre o setor de óleo e gás em um workshop na quarta-feira, (08/06), para este ano, e comentou sobre o cenário nos preços dos combustíveis atualmente. Dessa forma, a agência acredita que a arrecadação de royalties de petróleo será beneficiada com o aumento nos preços em decorrência do crescimento na produção e que o valor deve chegar à R$ 61 bilhões apenas neste ano.

Primeiro trimestre de 2022 contou com crescimento de 30% na arrecadação de royalties de petróleo e números devem continuar crescendo até o fim do ano 

O mercado nacional de óleo e gás está enfrentando um momento de alta instabilidade quanto à produtividade e aos valores cobrados sobre os combustíveis. Isso acontece pois os conflitos geopolíticos da Europa estão impactando o cenário brasileiro de produção de petróleo, causando uma forte necessidade de crescimento dessa exploração e, consequentemente, um aumento significativo nos preços cobrados ao consumidor final pelos produtos. 

Em decorrência desses fatores, a ANP acredita que esse será um ano de forte crescimento na arrecadação de royalties do petróleo, que são as  quantias pagas por alguém a um proprietário pelo direito de uso, exploração e comercialização de um bem, sendo nesse caso o commodity.

E, de acordo com a agência, o crescimento já está sendo visto, uma vez que, apenas no primeiro trimestre deste ano, foram levantados R$ 23 bilhões em royalties, crescimento de quase 30% em relação aos três primeiros meses de 2021.

Agora, a ANP está fazendo suas projeções para o valor total de arrecadação de royalties do petróleo para 2022 e está bem otimista quanto aos resultados. De acordo com os dados da agência, o valor final deve ficar em torno de R$ 61 bilhões ao fim do ano de 2022, representando assim um aumento de 60,5% em relação aos R$ 38 bilhões arrecadados no ano de 2021. Todos esses dados foram apresentados a parlamentares, empresários e outros representantes do setor nesta quarta pelo diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia.

Preços devem continuar crescendo com o aumento na produção dos combustíveis e arrecadação de royalties do commodity seguirá esse fluxo

Ainda em relação às projeções para o ano de 2022 quanto à arrecadação relacionada ao petróleo, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, comentou sobre as perspectivas para os próximos meses e destacou: “Se os preços do petróleo continuarem elevados, poderemos atingir mais de R$ 60 bilhões em arrecadação de royalties em 2022. Os números impressionam, mas sabemos que ainda mais importante é o impacto desses valores em cada ente beneficiário e na ponta da linha, na distribuição aos cidadãos”.

E, embora o cenário internacional de produção e comercialização do petróleo esteja cada vez mais instável, uma alta arrecadação dos royalties do produto será bastante benéfica para o mercado nacional. Isso acontece pois o objetivo dessa arrecadação é remunerar a sociedade pela extração de recurso não-renovável e assegurar que os benefícios obtidos por essas atividades sejam aproveitados no futuro pelas próximas gerações. Assim, é essencial que o governo busque alternativas para garantir um bom faturamento quanto a esses valores. 

Atualmente, a arrecadação de royalties do petróleo é feita por 11 Estados e mais de 900 municípios. Entre eles, os de maior faturamento estão todos no estado do Rio de Janeiro: Maricá, Saquarema, Macaé, Niterói, Campos dos Goytacazes e o próprio município do Rio de Janeiro.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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