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Arqueólogos encontram tumba muito decorada pertencente a um médico que tratou faraós egípcios há 4.100 anos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 24/01/2025 às 11:25
faraós, tumba
(Crédito da imagem: Cortesia do Ministério do Turismo e Antiguidades Egípcio)
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Uma tumba ricamente decorada de um médico que serviu faraós egípcios há 4.100 anos foi descoberta por arqueólogos no Egito.

A descoberta recente de uma tumba intrincadamente decorada no Egito revelou detalhes impressionantes sobre a vida de um médico que serviu aos faraós há mais de quatro milênios.

A câmara funerária, localizada em Saqqara, a necrópole da antiga capital egípcia Mênfis, pertenceu a Tetinebefou, um médico real multifuncional, muito querido pelos faraós.

A tumba, ricamente adornada, oferece uma visão fascinante sobre a medicina e a sociedade do Antigo Egito.

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Uma descoberta de grande significado

Arqueólogos franceses e suíços, em parceria com o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, escavaram a tumba que data de aproximadamente 4.100 anos.

A descoberta foi considerada notável devido às esculturas e obras de arte vibrantes encontradas, incluindo uma porta falsa pintada com cenas de oferendas funerárias. Esses elementos ajudam a entender melhor os rituais e crenças funerárias do período.

Dentro da tumba, os pesquisadores identificaram um sarcófago de pedra com hieróglifos contendo o nome do médico.

As inscrições indicam que Tetinebefou ocupava diversos cargos de prestígio, como médico chefe do palácio, dentista chefe, diretor de plantas medicinais e sacerdote da deusa Serket, uma divindade associada à cura de picadas venenosas.

A importância de Tetinebefou na corte real

Tetinebefou possivelmente serviu sob o reinado de Pepi II, um faraó do Antigo Reino do Egito que governou por um período prolongado de 60 a 90 anos.

Pepi II foi coroado ainda na infância e, ao falecer, foi sepultado em Saqqara, próximo à recém-descoberta tumba do médico.

Os títulos encontrados no sarcófago indicam que Tetinebefou não era apenas um profissional de saúde, mas também um especialista em diversas áreas, o que o tornava uma figura essencial na corte faraônica.

Segundo Philippe Collombert, egiptólogo da Universidade de Genebra, os títulos de “diretor de plantas medicinais” e “dentista chefe” são extremamente raros, reforçando a posição privilegiada de Tetinebefou na sociedade egípcia.

O conhecimento médico avançado do Antigo Egito

Os antigos egípcios são amplamente reconhecidos por seus avanços médicos e conhecimento sofisticado da anatomia humana.

Eles eram capazes de realizar procedimentos cirúrgicos complexos, como a remoção de tumores cerebrais, além de diagnosticar doenças como diabetes e desenvolver próteses.

O historiador grego Heródoto, no século V a.C., observou que os médicos egípcios eram altamente especializados, com profissionais dedicados a áreas específicas do corpo humano.

Roger Forshaw, egiptólogo da Universidade de Manchester, destacou que as evidências sobre dentistas no Antigo

Egito são extremamente escassas, tornando a descoberta da tumba de Tetinebefou ainda mais significativa.

Os murais encontrados retratam objetos que o médico poderia ter utilizado em sua prática, como jarras e vasos, proporcionando um vislumbre raro das ferramentas médicas da época.

Saqqara – Um tesouro arqueológico

A necrópole de Saqqara é um dos locais arqueológicos mais importantes do Egito, abrigando uma vasta coleção de tumbas e monumentos de diferentes épocas.

Apesar de ter sido saqueada ao longo dos séculos, novas descobertas continuam a revelar informações valiosas sobre a civilização egípcia.

A tumba de Tetinebefou, mesmo sem muitos artefatos funerários, oferece uma compreensão mais profunda das práticas médicas e da estrutura social do Antigo Reino.

Perspectivas futuras para a pesquisa

A descoberta desta tumba traz novas perguntas sobre a medicina egípcia e a interação entre medicina e religião na antiguidade.

Pesquisadores esperam que análises mais detalhadas das inscrições e das pinturas murais revelem informações adicionais sobre os métodos de tratamento utilizados na época e a organização dos profissionais de saúde.

Com isso, é possível que novas escavações em Saqqara tragam à tona mais tumbas de figuras importantes, permitindo um entendimento ainda maior da ciência médica egípcia e sua evolução ao longo dos séculos.

Com informações de Live Science.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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