Medida do Banco Central busca frear lucros rápidos com dólar paralelo e reduzir a volatilidade em meio à crise.
O Banco Central da Argentina anunciou nesta sexta-feira (26) que Argentina impõe novo controle cambial para restringir operações de arbitragem conhecidas como “rulo”, prática que explora a diferença entre a taxa oficial e os mercados paralelos de câmbio. A medida, válida por 90 dias, surge como resposta à escalada de especulação em torno do dólar, em plena crise econômica.
Segundo o portal do g1, o objetivo é reduzir a volatilidade, garantir liquidez e evitar manipulações financeiras que drenam recursos do mercado oficial. O controle não afeta a poupança em dólares por pessoas físicas, mas limita a repetição rápida de operações de compra e venda, que vinham permitindo lucros expressivos a investidores em poucos dias.
Como funciona o novo bloqueio cambial
De acordo com o Banco Central de la República Argentina (BCRA), qualquer operação de compra de dólares pela taxa oficial só poderá ser seguida de uma venda no mercado livre após um intervalo de 90 dias. Essa regra busca reduzir a velocidade da arbitragem e desestimular o chamado “rulo”.
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A medida se soma a outras tentativas recentes de conter a fuga de capitais, como regras de retenção mínima de títulos públicos antes de revendê-los. O foco é redirecionar dólares para usos produtivos e proteger o peso argentino da pressão especulativa.
O que é o “rulo” e por que ele preocupa
O “rulo” é uma estratégia financeira na qual investidores compram dólares mais baratos pelo câmbio oficial e revendem em mercados paralelos, como o “dólar bolsa” ou em criptomoedas, onde a cotação é mais alta. Nos últimos dias, a diferença chegou a 5%, permitindo lucros multiplicados em questão de horas.
Esse mecanismo, embora legal em alguns cenários, tem sido considerado um dos fatores que ampliam a instabilidade da moeda local, já que pressiona a demanda por dólares em um mercado já fragilizado.
Histórico de restrições cambiais no país
A Argentina tem um longo histórico de controles e travas cambiais. Nos últimos anos, o chamado “cepo” sistema de restrições para compra de dólares foi usado diversas vezes para tentar frear a saída de divisas. Em abril, o Banco Central chegou a flexibilizar temporariamente algumas regras, mas a escalada da especulação levou à retomada de medidas mais rígidas.
A repetição de ciclos de afrouxamento e endurecimento mostra a dificuldade do país em encontrar um equilíbrio que garanta tanto estabilidade monetária quanto liberdade para investidores.
Impacto esperado na economia
Economistas acreditam que a proibição do “rulo” por 90 dias pode ajudar a conter a volatilidade cambial e reduzir a especulação de curto prazo. Para Lara Ruiz, especialista argentina, a medida busca assegurar que os dólares disponíveis sejam direcionados a importações e investimentos produtivos, e não ao ganho financeiro imediato.
No entanto, críticos alertam que, embora possa gerar algum alívio, o controle cambial não resolve os problemas estruturais da economia, como inflação persistente, déficit fiscal e perda de confiança no peso.
O anúncio de que Argentina impõe novo controle cambial mostra a urgência do governo em enfrentar a especulação, mas também revela o quanto o país ainda depende de medidas paliativas para administrar sua crise. A questão que fica é: essas restrições são solução temporária ou apenas mais um capítulo no histórico de instabilidade da moeda argentina?
E você, acredita que esse bloqueio ao “rulo” vai realmente ajudar a estabilizar a economia ou apenas adiar os problemas de fundo? Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir a visão de quem acompanha de perto a crise argentina.



Está na alegria da ****.
Ano passado argentinos invadiram Balneário Camboriú e com dólar, compravam de tudo. Só em shopping