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Argentina assegura US$ 2 bilhões para construir oleoduto de Vaca Muerta até 2026

Publicado em 10/07/2025 às 11:07
Argentina obtém US$ 2 bilhões para construir oleoduto e terminal de exportação de petróleo, projeto liderado pela YPF com operação prevista até 2026.
Argentina obtém US$ 2 bilhões para construir oleoduto e terminal de exportação de petróleo, projeto liderado pela YPF com operação prevista até 2026. Fonte: SobrevolandPatagonia/Adobe Stock
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Argentina obtém US$ 2 bilhões para construir oleoduto e terminal de exportação de petróleo, projeto liderado pela YPF com operação prevista até 2026.

A Argentina conseguiu na última terça-feira (8) garantir um financiamento de US$ 2 bilhões para a construção do Oleoduto Vaca Muerta Sul (VMOS), considerado um dos projetos de infraestrutura mais importantes da história recente do país.

A obra, liderada pela estatal YPF com apoio de grandes empresas do setor como Shell, Chevron, Pan American Energy e Pluspetrol, será instalada na província de Río Negro, no norte da Patagônia, e pretende transformar o potencial de exportação de petróleo argentino a partir de 2027.

O objetivo do projeto é viabilizar um novo corredor logístico de exportação para o petróleo produzido em Vaca Muerta, um dos maiores reservatórios de hidrocarbonetos não convencionais do mundo. A estrutura inclui um terminal portuário capaz de receber navios de grande porte, o que promete aumentar a competitividade internacional da commodity argentina.

Oleoduto impulsionará exportações e economia da Argentina

O oleoduto VMOS deverá entrar em operação no final de 2026, com capacidade inicial para transportar 180 mil barris por dia.

Esse volume será progressivamente ampliado até atingir 550 mil barris diários em 2027, contribuindo para uma expansão significativa das exportações argentinas de petróleo.

A estimativa do governo é que o país passe a arrecadar cerca de US$ 14 bilhões por ano em receitas de exportação de petróleo.

Com isso, a Argentina pretende fortalecer sua balança comercial, atrair mais investimentos externos e estabilizar sua economia em um momento de grandes desafios fiscais.

Projeto conta com apoio de gigantes do setor de petróleo

Além da YPF, o consórcio responsável pelo projeto inclui companhias de peso como Vista, Pampa Energía, Tecpetrol, Shell e Chevron.

O financiamento obtido, superior ao esperado (originalmente projetado em US$ 1,7 bilhão), é resultado de uma operação coordenada por cinco grandes bancos internacionais: Citi, Deutsche Bank, Santander, JP Morgan e Itaú, além de outras 14 instituições financeiras.

“A operação marca um marco histórico para o país, já que representa a reabertura do mercado internacional de project finance, fechado desde 2019. Além disso, constitui o maior empréstimo comercial para a realização de um projeto de infraestrutura na história argentina e um dos cinco mais importantes no setor de petróleo e gás na América Latina”, afirmou a sociedade VMOS, formada pelas empresas envolvidas no projeto.

Oleoduto e terminal portuário prometem reduzir custos e abrir novos mercados

Um dos diferenciais estratégicos do projeto está na profundidade do porto de exportação em Río Negro, que permitirá o atracamento de navios do tipo VLCC (Very Large Crude Carrier).

Essas embarcações transportam cerca de 2 milhões de barris de petróleo, o que reduz o custo médio do frete para até US$ 2 a US$ 3 por barril, representando uma economia de US$ 2 milhões por navio.

Essa vantagem logística pode abrir caminho para a Argentina ampliar sua presença no mercado internacional de petróleo, alcançando novas rotas comerciais e consolidando-se como um player relevante no setor energético global.

Com essa iniciativa, o governo argentino, comandado por Javier Milei, busca retomar a confiança de investidores e parceiros internacionais.

O projeto do oleoduto de petróleo representa não apenas um avanço na infraestrutura energética, mas também uma oportunidade concreta de retomada econômica, geração de empregos e fortalecimento da indústria nacional de petróleo.

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Andriely Medeiros de Araújo

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