A taxa de câmbio agora é fundamental para o bem-estar econômico da Argentina, sendo crucial para a estabilidade de milhões de argentinos que enfrentam uma inflação de três dígitos. É uma preocupação primordial que não pode ser ignorada. A necessidade de equilibrar a taxa de câmbio é uma prioridade inegável para o governo e para a população em geral, que dependem de políticas econômicas eficazes para garantir um futuro próspero.
Ele expressa sua própria previsão: “O aumento com certeza virá”.
Diana, a dona da loja de ferramentas, também antecipa um aumento – pelo menos até que a Argentina consiga eliminar as taxas de câmbio paralelas e o Banco Central acumule reservas. No entanto, ela mantém a esperança de que as condições vão melhorar.
“Ouvindo o rádio e navegando na internet, não há mais essa obsessão com o dólar, dólar, dólar”, afirma. “Se você não percebe isso, é um sinal de tranquilidade.”
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É fundamental que a nova administração gere confiança para mitigar o efeito inflacionário de todas as medidas corretivas que precisarão ser enfrentadas e implementadas a curto prazo”, afirma Castiglioni.
‘O aumento com certeza virá’
Mesmo sem uma forte desvalorização na terça-feira, os argentinos estão aguardando para ver o que acontecerá com o peso argentino.
Alexi Hoyos, proprietário de um açougue em uma área de classe média de Buenos Aires, relata que as pessoas já estocaram carne e agora estão se contendo em meio à incerteza.
Os planos de Milei para a economia argentina
Logo após ser eleito presidente, Milei expressou sua intenção de inicialmente focar em corrigir as várias distorções que afetam a economia argentina, de acordo com Maria Castiglioni, diretora da consultoria econômica C&T Asesores Económicos.
Milei também declarou sua intenção de implementar uma ampla desregulamentação e acabar com as restrições à compra de moeda estrangeira, que têm dificultado o comércio exterior e resultaram na proliferação das taxas de câmbio. Além disso, ele pretende eliminar os controles de preços e reestruturar o balanço do Banco Central. Seu plano inclui aumentar as reservas de dólares, que atualmente estão praticamente esgotadas, e eventualmente encerrar o Banco Central. **Essas medidas fazem parte de sua estratégia para estabilizar a economia do país.**
Antes dos recentes aumentos de preço, ela abasteceu o seu congelador com carne, na expectativa de que dure pelo menos até as festas de fim de ano.
“Não está completamente cheio, mas há uma quantidade significativa lá”, diz. Ela preferiu não revelar seu sobrenome devido à ilegalidade de negociar moeda estrangeira clandestinamente. Ela revela que recebe uma comissão de 20% a cada cliente que consegue encontrar. “Neste momento, não compensa ter um emprego aqui na Argentina, pois os salários são muito baixos.”
Para adquirir essa cotação, os visitantes, sobretudo, se encaminham ao calçadão da rua Florida, em Buenos Aires, onde cambistas clandestinos sussurrando “Câmbio” podem ser ouvidos a cada curtos intervalos. Agentes da fiscalização tributária também estão presentes na rua, mas a presença deles não é muito eficaz para impedir as atividades ilegais.
Giselle, uma doleira ilegal, anuncia “Câmbio” em várias línguas para atrair os possíveis clientes. Ela votou em Milei e expressa esperança de que seu plano de dolarização seja bem-sucedido, mesmo que isso a deixe desempregada. Ela vislumbra trabalhar na área de saúde, possivelmente cuidando de pacientes em um hospital. **Espera-se que as medidas de dolarização propostas por Milei tenham um impacto positivo na economia do país.**
Milei, que se autodenomina anarcocapitalista, afirma que seu objetivo é abolir o Banco Central e propõe a adoção do dólar como moeda nacional como forma de controlar a inflação. Ele vinculou essa ideia à sua campanha de forma tão estreita que seus seguidores levavam notas de 100 dólares com a imagem do candidato estampada durante os comícios.
O governo tem restringido cada vez mais o acesso à moeda estrangeira, o que resultou no crescimento do mercado paralelo. Apesar do Banco Central estabelecer o valor do dólar em 356 pesos, no principal mercado de câmbio, conhecido como “dólar azul”, o valor chega a ser quase três vezes maior.
Medo de aumento de preços após feriado nacional
No dia 20, que coincidiu com um feriado nacional, muitos consumidores de um estabelecimento comercial resolveram estocar itens não perecíveis, como atum, água e macarrão, com receio de possíveis aumentos de preço após o período eleitoral. Essas informações foram relatadas pelo gerente do estabelecimento, Javier, que preferiu não divulgar seu sobrenome por questões de autorização. Na manhã seguinte, o supermercado elevou os preços de produtos básicos, como leite, queijo e macarrão, de forma sutil.
Os valores também estão sujeitos à pressão de uma moeda mais fraca, o que resulta em um aumento no custo das importações. Milei, um ‘outsider’ e populista de direita, também criticou o Banco Central por imprimir dinheiro de forma negligente para financiar os gastos do governo. **A inflação é uma das principais razões pelas quais os eleitores escolheram Milei, que prometeu implementar medidas drásticas para conter os aumentos de preços, como cortes profundos nos gastos públicos e a dolarização da economia.**
Diana, uma entusiasta de viagens que explorou Miami recentemente, compartilha que estava apreensiva em relação às notícias de possíveis instabilidades econômicas durante a transição argentina pós-fim de semana prolongado. Felizmente, a grande desvalorização não se concretizou, mas o valor do dólar no mercado paralelo, conhecido como “dólar azul” no país, aumentou em torno de 13%, trazendo um senso de alívio.
A Argentina enfrenta uma inflação anual de mais de 140%, o que torna a taxa de câmbio do peso em relação ao dólar americano um indicador crucial da situação econômica do país. Isso afeta milhões de argentinos que enfrentam uma inflação de três dígitos. A incerteza sobre os preços aumentou durante a campanha eleitoral, levando muitos argentinos a estocar mercadorias e formar filas nos postos de gasolina para evitar futuros aumentos de preço após as eleições. Na terça-feira, a imprensa local relatou um significativo aumento nos preços feitos por atacadistas.
O indicador da taxa de câmbio entre o peso argentino e o dólar americano se tornou um importante termômetro da situação econômica do país, sendo de extrema importância para milhões de argentinos diante da alta inflação. Eles estão atentos ao impacto que uma possível desvalorização do peso teria no custo de vida, e agora observam com ansiedade o que a vitória de Milei, no domingo, 19, representa para o valor da moeda, que teve uma queda significativa em relação ao dólar ao longo do último ano.
Impacto da vitória de Javier Milei na economia argentina
Assim que Leandro Francisco Diana despertou na terça-feira (21), ele pegou seu smartphone, como muitos habitantes da Argentina no primeiro dia útil após a vitória eleitoral do presidente eleito, Javier Milei.
“Abri os olhos, peguei meu celular e olhei a cotação do dólar para ver como o país tinha acordado”, diz Diana, de 26 anos, que possui uma loja de ferramentas com seu pai em Villa Crespo, um bairro de classe média em Buenos Aires.
A vitória de Javier Milei gerou grande expectativa e preocupação em relação aos futuros rumos da economia argentina.
Fonte: InfoMoney