Áreas vendidas pela Petrobras na Bacia de Campos garantem a Macaé e cidades produtoras de petróleo investimentos bilionários das multinacionais Trident Energy, Perenco e BW Offshore

14 campos de petróleo em águas rasas, antes pertencentes a Petrobras na Bacia de Campos, receberão recursos de revitalização que superam 10 bilhões de reais, garantindo royalties e geração de empregos em Macaé e outros municípios

Ativos de petróleo da Petrobras com declínio de produção na Bacia de Campos estava preocupando Macaé e municípios adjacentes, que detém como fonte principal de recursos os royalties proveniente da exploração e produção local. Com a venda de 14 campos de águas rasas da estatal para a multinacionais petrolíferas Trident Energy, Perenco e BW Offshore, foi possível renovar o fôlego destas cidades por hora.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em nota oficial à imprensa nesta terça-feira(29), os planos de desenvolvimentos aprovados nestes campos superam os R$ 10 bilhões. Ressaltando que este montante é referente à investimentos obrigatórios, podendo haver ainda margem para mais desenvolvimento e recursos.

Estes campos desinvestidos pela Petrobras chegaram a produzir 81 mil barris de petróleo diariamente, com o declínio natural, em 2019 eles estavam produzido apenas 26 mil barris, o que acabou alarmando Macaé na época com a possível saída da estatal do município, o que não aconteceu. Porém, Os royalties oriundos dessas concessões declinaram de R$583 milhões para R$227 milhões, no mesmo período. 

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Com mercado de energia eólica e solar avançando no país e a necessidade de angariar recursos financeiros de forma mais dinâmica, a Petrobras está focada no pré-sal, em ativos de águas profundas. No intervalo de tempo entre 2012 e 2019 a produção nacional de petróleo da estatal teve queda de 70% e cerca de 100 poços produtores desativados.

Com a entrada da Trident Energy, Perenco e BW Offshore, a estratégia da Petrobras em desinvestir destas áreas em águas rasas da Bacia de Campos asseguraram que estas campos antes em declínio de produção acentuado, agora podem contar com fator de recuperação produção de petróleo, gerando empregos e renda para Macaé e região, que detém sua renda perca pita baseada nesta atividade econômica.

“Considerando a prorrogação das concessões, os PDs passaram a conter uma previsão de produção total da ordem de 500 milhões de barris de petróleo, proporcionando maior retorno para as empresas e para a sociedade brasileira”, disse ANP.