Tecnologia que já domina o mercado internacional começa a ganhar espaço no Brasil ao oferecer economia significativa de energia, facilidade de instalação e potencial de transformação no consumo residencial de água quente.
A chegada dos aquecedores de água por bomba de calor ao mercado brasileiro marca uma mudança significativa no cenário do consumo de energia residencial.
A tecnologia, que já ocupa posição de destaque em países como os Estados Unidos, começa a ganhar espaço nas residências do Brasil, apresentando uma alternativa ao tradicional chuveiro elétrico.
Utilizando o princípio de transferência de calor do ar ambiente para um reservatório de água, os equipamentos prometem economia de até 70% na conta de energia elétrica em comparação aos sistemas convencionais de aquecimento por resistência.
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Como funciona a bomba de calor para aquecimento de água
O conceito, conhecido internacionalmente como Heat Pump Water Heater (HPWH), segue um funcionamento semelhante ao de uma geladeira invertida.
Em vez de consumir energia para gerar calor diretamente, a bomba de calor utiliza um compressor para extrair calor do ar e transferi-lo à água armazenada.
Segundo dados recentes do programa norte-americano ENERGY STAR, o rendimento desse sistema é medido pelo Coeficiente de Desempenho (COP), que nos modelos mais eficientes supera 3,5.
Isso significa que para cada unidade de energia elétrica consumida, mais de três unidades de calor são entregues à água, elevando o patamar de eficiência do equipamento.
Economia de energia e retorno do investimento
Nos Estados Unidos, o Departamento de Energia (DOE) informa que a partir de 2029, novos boilers elétricos deverão atender a requisitos mínimos de eficiência equivalentes aos das bombas de calor.
Esse avanço tecnológico pode ser observado também nos dados divulgados pelo ENERGY STAR: um HPWH de 190 litros pode gerar economia anual de até 550 dólares para uma família de quatro pessoas, com retorno do investimento inicial em cerca de três anos.
Uma análise publicada em abril de 2025, fruto de parceria entre o Washington Post e a Universidade Harvard, simulou a troca de um sistema a gás por um HPWH no estado de Maryland e apontou economia de aproximadamente 240 dólares ao ano, recuperando o valor investido em até quatro anos — melhor desempenho entre onze opções de reformas energéticas avaliadas no estudo.
Oferta no Brasil: modelos, preços e economia
No Brasil, a maioria dos aquecedores de água por bomba de calor disponíveis ainda são modelos importados, de 220 V monofásico, compatíveis com a rede elétrica residencial.
Marcas como Midea ofertam equipamentos de 200 a 300 litros, com COP acima de 3,5.
Fabricantes nacionais, a exemplo da Nautilus, têm linhas voltadas a empreendimentos de maior porte, como pousadas e condomínios, mas já desenvolvem versões compactas para uso doméstico.
Os valores desses aquecedores variam entre 8 mil e 12 mil reais, sem incluir a instalação, enquanto boilers elétricos de capacidade semelhante custam entre 2 mil e 3 mil reais.
Apesar do preço inicial elevado, a diferença tende a ser compensada pelo menor gasto mensal, especialmente em cidades com tarifa de energia superior a 1 real por quilowatt-hora — realidade comum durante períodos de bandeira vermelha.
A economia proporcionada pelo sistema se evidencia quando analisados perfis típicos de consumo.
Para uma residência com uso diário de cerca de 280 litros de água quente, o HPWH consome, em média, 1.000 kWh ao ano, contra mais de 3.300 kWh de um aquecedor de resistência, segundo documentos do ENERGY STAR.
Instalação e funcionamento em ambientes residenciais
A instalação exige atenção a três fatores principais:
- Local com volume mínimo de 10 m³.
- Ventilação suficiente para troca térmica.
- E um dreno para o condensado.
Engenheiros do DOE alertam que o ar expelido pelo equipamento sai de 5 °C a 7 °C mais frio que a temperatura interna, o que pode ajudar a refrescar ambientes como lavanderias.
Em locais muito fechados, no entanto, o desempenho do sistema pode ser reduzido, comprometendo a economia.
Os reservatórios dos aquecedores por bomba de calor geralmente contam com revestimento anticorrosivo — vidro vitrificado ou aço inox — e um ânodo de magnésio, peça que precisa ser inspecionada a cada três anos para garantir a durabilidade do equipamento.
Nos modelos mais modernos, o gás refrigerante utilizado é o R-290 (propano), alternativa de baixo impacto ambiental em resposta às normas globais que limitam o uso de hidrofluorocarbonetos (HFCs), compostos de alto potencial de aquecimento global.
Incentivos, regulamentação e impacto ambiental
Nos Estados Unidos, políticas públicas incentivam a adoção da tecnologia: consumidores podem acessar créditos fiscais federais de até 2.000 dólares e bônus estaduais que chegam a 1.200 dólares.
No Brasil, ainda não há subsídio federal para aquecedores de água por bomba de calor, mas distribuidoras de energia e grupos de pesquisa já avaliam a inclusão do sistema em programas de eficiência energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Testes realizados em 2025 por equipes da Neoenergia em residências de Recife e por técnicos da Copel, no Paraná, analisam o desempenho em diferentes regiões e perfis de consumo.
O impacto ambiental da troca de aquecedores de resistência por bombas de calor é significativo.
O DOE calcula que a substituição total desses equipamentos nos Estados Unidos poderia reduzir as emissões anuais de carbono em níveis equivalentes aos de 10 milhões de veículos.
No contexto brasileiro, a menor demanda por energia nos horários de pico pode diminuir o acionamento de termelétricas movidas a óleo e carvão, fontes que concentram os maiores custos marginais do Sistema Interligado Nacional.
Vantagens em retrofit e edifícios antigos
Em prédios antigos, especialmente aqueles sem gás encanado, o HPWH apresenta uma vantagem relevante: dispensa a necessidade de obras de tubulação, utilizando apenas as infraestruturas elétrica e hidráulica já existentes.
Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o custo para levar gás a um apartamento pode ultrapassar 4 mil reais, além das taxas mensais de fornecimento.
Esse fator amplia a atratividade do aquecedor de água por bomba de calor em projetos de retrofit e modernização de edifícios.
Regulamentação nacional e busca crescente
Para adaptar a certificação de eficiência ao clima tropical brasileiro, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) desenvolve uma metodologia específica para medir o COP em temperaturas médias de 25 °C e 60% de umidade relativa, diferentes das condições dos Estados Unidos.
O novo selo de eficiência energética está previsto para consulta pública até o final de 2025.
O aumento nas buscas por “bomba de calor para banho” registrado por grandes varejistas a partir de março de 2025, período marcado por ondas de calor e contas de energia mais altas, sinaliza o interesse crescente dos consumidores brasileiros.
Diante desse cenário, a pergunta permanece: o consumidor brasileiro está pronto para aposentar o chuveiro elétrico e adotar um aquecedor de água por bomba de calor, capaz de reduzir em até 70% o consumo de energia em qualquer estação do ano?
Lógico que o Brasil não está preparado , casas com tubulação pra água quente só de médio e alto padrão . A maioria das casas não tem estrutura pra receber este equipamento.
Daqui a pouco o nosso QUERIDO PRESIDENTE, libera a verba para o credenciamento de baixa renda instalar essactecnologia, e nós estaremos mais uma vez pagando a conta
Bom é pagar pra milionário que compra carro elétrico e faz o carregamento a custo zero em qualquer lugar, não é a toa ver carros elétricos fazendo o carregamento em pontos gratuitos e com o ar condicionado do carro ligado, só imb3cil mesmo pra comentar idiotices. Nem que o governo liberasse verba o pobre iria instalar pois o pobre mal tem pra comer como que teria pra instalar isso em casa. Tira o chapéu de aluminio da cabeça e acorda pro mundo real.
Pelo valor ,vale mais apena colocar placa solar , off grid!!!