Projeto aposta em IA avançada para desafiar Google e Microsoft em 2025.
A Apple estaria conduzindo testes internos com o app Veritas para reinventar a Siri, numa tentativa de reposicionar sua assistente virtual diante da crescente concorrência no campo da inteligência artificial. De acordo com o globo, a ferramenta tem sido usada para avaliar tarefas que vão desde buscas de dados até gestão de mensagens e execução de comandos em aplicativos.
O app, ainda em fase experimental, faz parte de um esforço mais amplo da companhia para transformar a Siri em uma plataforma capaz de competir diretamente com as soluções de Google e Microsoft.
A previsão é que o lançamento oficial ocorra já em março do próximo ano, marcando uma nova etapa da estratégia da empresa no setor de IA.
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O que é o Veritas e qual seu papel nos testes
Batizado de Veritas, o aplicativo serve como um ambiente de avaliação para medir a performance da Siri em cenários do dia a dia. A ideia é verificar se a nova geração da assistente consegue responder com mais precisão, reduzir falhas e se adaptar às necessidades do usuário.
A Apple vê nesse projeto a oportunidade de consolidar uma base tecnológica robusta antes de levar as mudanças ao grande público. Diferentemente de versões anteriores, a companhia aposta agora em grandes modelos de linguagem, em linha com as soluções que vêm transformando o mercado desde 2022.
Adiamentos e falhas nos primeiros protótipos
Embora a expectativa fosse lançar a nova Siri ainda na primavera passada, problemas de engenharia atrasaram o cronograma. Segundo relatórios internos, cerca de um terço das interações apresentava falhas, o que inviabilizou o anúncio.
O atraso, no entanto, permitiu à equipe ampliar os testes e refinar funcionalidades como integração com recursos visuais, navegação por voz mais natural e interação direta na tela dos dispositivos móveis. A promessa é entregar uma experiência significativamente superior à atual.
Tim Cook e a visão da Apple para IA
Em reuniões internas, o CEO Tim Cook classificou a inteligência artificial como “a maior transformação tecnológica em décadas”, reforçando que a Apple precisa estar entre os protagonistas. O Veritas, nesse contexto, é visto como peça estratégica para garantir que a Siri não apenas acompanhe, mas supere expectativas.
Além disso, a empresa prepara mudanças profundas no sistema operacional, com foco em recursos de câmeras de até 320 MP, vídeos em 8K e otimizações para rodar soluções de IA de forma mais eficiente.
Siri reformulada, mas sem chatbot público
Enquanto rivais como Google e Microsoft avançam com chatbots de uso aberto, a Apple adota postura diferente. Craig Federighi, chefe de software, já declarou que criar um chatbot popular não é prioridade imediata.
O objetivo é aprimorar a Siri como um ecossistema de comandos inteligentes, sem competir diretamente no segmento de assistentes conversacionais generalistas.
Esse posicionamento mostra cautela, mas também indica uma estratégia de diferenciação: a Siri deve ser menos um chatbot e mais um núcleo de integração entre hardware, software e serviços da Apple.
Perspectivas para 2025 e além
O novo software, com nome de código Linwood, integra modelos proprietários e de terceiros para turbinar a performance da assistente.
A expectativa é que, até o fim de 2025, a Siri passe também por uma renovação visual completa e que novos dispositivos domésticos inteligentes sejam lançados, ampliando o alcance da tecnologia.
Mesmo com a concorrência acirrada de Google, Samsung e Microsoft, a Apple parece apostar no caminho da consistência: manter o desenvolvimento interno sob controle, garantindo que a evolução da Siri reflita seu padrão de privacidade, segurança e integração.
O app Veritas para reinventar a Siri pode representar a virada que a Apple precisa para retomar protagonismo em inteligência artificial. A pergunta que fica é se a empresa conseguirá transformar anos de atraso em vantagem competitiva diante de rivais que já disputam o mercado com soluções maduras.
E você, acredita que a estratégia da Apple de priorizar integração em vez de chatbots é acertada? Ou acha que a empresa corre o risco de ficar para trás? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir sua visão sobre essa disputa tecnológica.