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Carregava 4 toneladas de bombas e foi a grande aposta dos Estados Unidos: o maior e mais poderoso bombardeiro da Segunda Guerra Mundial. Conheça a história da asa voadora de Jack Northrop

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 26/06/2024 às 00:40
Atualizado em 25/06/2024 às 19:55
asa voadora de Jack Northrop
Foto: Pìnterest/Reprodução

Você sabe qual foi o maior bombardeiro da Segunda Guerra Mundial? Conheça a história da asa voadora de Jack Northrop, a grande aposta dos Estados Unidos.

Já imaginou um avião que mais parece uma nave espacial do que um bombardeiro de guerra? Conheça a asa voadora de Jack Northrop, o maior bombardeiro da Segunda Guerra Mundial, capaz de desafiar todas as leis da física com sua forma única e futurista. Jack Northrop, um gênio da aviação, há 80 anos decidiu desafiar o impossível, convencido de que podia criar uma aeronave que não só voaria, mas também revolucionaria a indústria da aviação nos Estados Unidos.

Entenda a necessidade desta Aeronave para os Estados Unidos

Em 1941 os Estados Unidos se preparavam para entrar de cabeça no conflito mundial e precisavam desesperadamente de uma nova arma no ar. Os bombardeiros da época eram fortes, mas com um problema sério: não conseguiam voar longe o suficiente para alcançar os alvos inimigos na Europa. 

A solução parecia impossível, até que Northrop apareceu com uma ideia que ninguém mais teria ousado imaginar. Ele propôs uma aeronave tão radical e diferente que parecia um projeto de outro planeta, sendo este o maior bombardeiro da Segunda Guerra Mundial.

Northrop acreditava que eliminando tudo o que causava arrasto e peso ele poderia criar a aeronave mais eficiente já vista.

O gênio queria criar o primeiro bombardeiro Intercontinental do mundo. Para muitos isso parecia um delírio, mas a asa voadora de Jack Northrop já havia mostrado que tinha potencial. Northrop prometeu à força aérea dos Estados Unidos um bombardeiro que seria um terço mais rápido que os modelos existentes, que poderia voar bem mais alto tornando-o um alvo difícil para os caças inimigos e graças ao design eficiente da asa ele teria o alcance para voar até a Europa carregando o dobro de bombas. 

Asa voadora de Jack Northrop podia atingir 600 km/h

Em 1941, a Força Aérea dos Estados Unidos contratou Northrop e sua pequena equipe de engenheiros para desenvolver o maior bombardeiro da Segunda Guerra Mundial em apenas dois anos. Para fazer uma viagem de ida e volta até a Europa, a asa voadora de Jack Northrop precisaria percorrer mais de 9000 km, mantendo-se no ar por quase 24 horas.

O XB-35, primeiro bombardeiro de asa voadora da Northrop – Airway

A tripulação do maior bombardeiro da Segunda Guerra Mundial, composta por nove pessoas, mais seis membros de reserva, trabalharia em turnos, todos amontoados dentro da seção central da asa. Todos os motores, os mais potentes da época, estavam também dentro da asa, impulsionando a aeronave a velocidades superiores a 600 km/h.

Mas fazer uma asa voadora estável não era tarefa fácil, sem as tradicionais caudas vertical e horizontal, todas as superfícies de controle tinham que estar na asa voadora de Jack Northrop. Jack desenvolveu uma nova superfície de controle chamada elevon, que combinava as funções de aileron e profundores permitindo que a asa voadora pudesse ser manobrada com precisão.

Maior bombardeiro da Segunda Guerra Mundial carregava 4 toneladas de bombas

A asa voadora de Jack Northrop não era apenas eficiente, era também uma verdadeira fortaleza aérea e podia carregar mais de 4 toneladas de bombas em seis compartimentos sob a asa e contava com 20 metralhadoras controladas remotamente para afastar os caças inimigos.

Com essa combinação de baixa resistência ao ar e alta capacidade de carga, o maior bombardeiro da Segunda Guerra Mundial superava qualquer outro avião convencional da época em termos de potência por peso. Quando o primeiro protótipo o XB 35 foi revelado em abril de 1946, o mundo ficou espantado, visto que esse avião não parecia com nada já visto anteriormente.

Mas mesmo sendo aprovado para desenvolvimento em 1941, uma série de problemas técnicos, a falta de Engenheiros durante a guerra e outras limitações atrasaram seu progresso e como a Grã-Bretanha nunca caiu diante da Alemanha nazista, os Estados Unidos acabaram usando os campos de aviação britânicos o que reduziu a necessidade de um novo bombardeiro Intercontinental.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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