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Após um ano com pedidos parados, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) irá deliberar projeto para construção de nova ferrovia da Suzano no MS

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 20/01/2023 às 15:01
A nova ferrovia da companhia seria projetada para ligar as regiões de Três Lagoas e Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul. A ANTT irá agora deliberar sobre o projeto de construção do ativo, solicitado pela Suzano Celulose.
Fonte: ForestNews

A nova ferrovia da companhia seria projetada para ligar as regiões de Três Lagoas e Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul. A ANTT irá agora deliberar sobre o projeto de construção do ativo, solicitado pela Suzano Celulose.

Para esta sexta-feira, (20/01), a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) está se preparando para, nos próximos dias, decidir quanto aos pedidos da Suzano. A companhia solicitou a construção de uma nova ferrovia entre Três Lagoas e Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul. Até o momento, o projeto não foi aprovado ainda pela agência, devido aos conflitos que podem existir com a construção do ativo.

Agência Nacional de Transportes Terrestres analisará os possíveis cenários da construção de uma nova ferrovia da Suzano e seus impactos no mercado de transportes do Mato Grosso do Sul

Após um ano com os pedidos da companhia Suzano parados, a ANTT se voltará para a deliberação do projeto de construção da nova ferrovia no Mato Grosso do Sul.

Estão previstos no projeto 136 quilômetros de ferrovia entre Três Lagoas e Aparecida do Taboado e ramal ferroviário de 24,7 quilômetros no município de Três Lagoas.

Os investimentos previstos para o projeto total somam mais de R$ 1,27 bilhão, um alto valor para o setor ferroviário nacional.

Estas análises ocorrem após a autarquia alterar algumas regras das concessões ao publicar no Diário Oficial da União no dia 2 de setembro do ano passado a Resolução 5.987.

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As novas regras da ANTT determinam que ela deve analisar os possíveis conflitos entre o novo projeto e as infraestruturas já existentes na área, resultando no indeferimento dos pedidos.

O Ministério dos Transportes também realizou alguns pedidos para explorar o trecho previsto no projeto da construção de uma nova ferrovia da Suzano.

Dessa forma, conseguir a aprovação para o empreendimento se torna ainda mais distante da companhia ferroviária.

É que a Eldorado Celulose já assinou em dezembro de 2021 contrato com a ANTT para construir linha férrea interligando as duas cidades, com extensão de 88,9 quilômetros e investimentos de R$ 890 milhões. 

Isso faz com que a companhia possua prioridade na construção conforme as novas regras da norma da agência.

A resolução cria uma brecha para que os pedidos pendentes com mesmo traçado tenham dificuldades técnicas para serem obtidos.

ANTT analisa projeto de construção de ferrovia dedicado a “shortline” em Três Lagoas, enviado também pela companhia

Além do pleito da ferrovia com investimentos bilionários prevista pela Suzano, a ANTT analisa outra proposta da companhia atualmente.

Trata-se de um ramal ferroviário dedicado a “shortline” de 24,7 quilômetros no município de Três Lagoas, que vai interligar o Arco do Contorno da Rumo Malho Oeste (RMO) e a duas unidades de produção de celulose.

O projeto de construção é menor e possui investimentos previstos na casa dos R$ 170 milhões caso seja aprovado.

A Suzano explicou que o projeto “inicia-se em linha paralela ao atual arco do contorno de Três Lagoas em trecho a ser ajustado para bitola mista, possuirá uma extensão local para funcionar como pátio de entrada-espera com um comprimento útil de 1.800 m”.

Caso esse projeto seja aprovado pela ANTT, a empresa terá um total de três requerimentos aceitos pela agência.

Isso, pois em janeiro de 2022, a agência autorizou a empresa assinar contrato para construir 231 quilômetros de ferrovia ligando Ribas do Rio Pardo a Inocência.

Agora, a Suzano aguarda a deliberação da ANTT quanto ao futuro do seu projeto de construção da nova ferrovia no Mato Grosso do Sul.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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