A parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba.
Após disparadas constantes nos preços dos combustíveis, Petrobras cede a pressão e reduz em R$ 0,20 por litro no valor da gasolina. A partir de ontem (20/07), o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 4,06 para R$ 3,86 por litro.
De acordo com a Petrobras, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da estatal no preço ao consumidor passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba.
Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global
Segundo o informe da Petrobras, a redução acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da estatal, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.
Transparência é fundamental
De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor. A Petrobras convida a visitar precos.petrobras.com.br
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Comitê Setorial de Monitoramento do Suprimento Nacional de Combustíveis entra em alerta para possível falta de diesel neste segundo semestre do ano
O tema segurança energética voltou com força total à pauta global. Grande parte dos países enfrenta uma crise no setor, que agrava o quadro econômico que já vinha desfavorável com inflação alta e perspectivas de recessão. Segundo Felipe Kury, ex-diretor da ANP, a guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em fevereiro deste ano, torna a crise econômica e energética uma crise geopolítica de grandes proporções. Neste contexto desafiador, governos ao redor do mundo buscam alternativas para garantia de fornecimento de energia a preços competitivos, a fim de evitar impactos mais severos em suas economias.
A resposta passa por desde a redução de tributos até subsídios para algumas categorias menos favorecidas com a recém aprovada PEC dos Benefícios Sociais.
Importante destacar que a matriz energética do Brasil é uma das mais diversificadas do mundo, com 44,7% da oferta de energia renovável e 47,7% da energia primária proveniente do petróleo e gás natural.
O Brasil, apesar de estar entre os 10 maiores produtores de petróleo do mundo, ainda depende de importação de seus derivados para atender a demanda interna. Segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo), temos necessidade de importar cerca de 415 mil barris/dia.
Para evitar desabastecimento, ANP propôs ampliar os estoques operacionais de diesel nas distribuidoras
A ANP propôs, recentemente, ampliar os estoques operacionais de diesel nas distribuidoras (elevar estoques operacionais de cinco para nove dias semanais, em média), mas esta ampliação de estoque seria exigida somente por alguns meses, até a situação se normalizar. Esta alternativa, apesar de buscar uma segurança maior de oferta do produto, na prática pode elevar os custos para o mercado e para o consumidor final, além de implicar em eventual falta do produto, já que os agentes terão que ampliar seus estoques.