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Após ser deixado de lado pela Petrobras, Rio Grande do Norte (RN) voltou a ser o maior produtor de petróleo onshore do Brasil

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 29/05/2022 às 11:30
Petrobras - RN - Rio grande do Norte - petróleo em terra - produção de petróleo
Campo de exploração de petróleo no RN (Arquivo) — Foto: Getúlio Moura/Petrobras/Divulgação

O Rio Grande do Norte (RN) está voltando forte no setor de petróleo em terra e já conta com aumento de 300% após a Petrobras decidir parar de investir em campos maduros há alguns anos.

O Rio Grande do Norte (RN) voltou a ser o maior produtor de petróleo em terra no Brasil após alguns anos, posição que havia perdido quando a Petrobras decidiu parar de investir em campos maduros, que deixaram de ser atraentes para aqueles que tinham foco no Pré-Sal. A produção do RN, que já tinha atingido 120 mil barris diários, se tornou uma “piada” quando a estatal passou a focar seus investimentos no Pré-sal. O mercado de petróleo em onshore no RN teve aumento de produtividade após a chegada de empresas independentes para explorar e produzir os campos onshore.

Rio Grande do Norte (RN) conta com aumento de 300% no setor de petróleo em terra

Após a venda dos campos maduros e a chegada dos produtores independentes no RN, o estado já atingiu uma marca estável de 35 mil barris de petróleo por dia, o que lhe coloca em primeiro lugar na produção de petróleo onshore, com um aumento de 300% desde que as empresas independentes começaram a operar.

Entretanto, a tendência é de expansão e o objetivo é ultrapassar a posição anterior. É importante ressaltar que o setor, antes da decisão da Petrobras, já respondeu por 45% do PIB industrial, e vinha em queda desde 2010, com efeito direto na economia do Rio Grande do Norte (RN) e também em sua receita do Estado.

Com o desinvestimento da Petrobras, a FIERN buscou a articulação com empresários e rede de fornecedores locais, órgãos reguladores, entidades representativas e o Ministério de Minas e Energia para tratar a reestruturação do setor no estado que correspondia por 40% do PIB Industrial do RN.

Empresários e autoridades se pronunciam sobre saída da Petrobras na produção de petróleo onshore

Na época, o vice-presidente executivo da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Márcio Félix, acreditava que o RN sairia na frente e caminhava em passos largos na retomada das operações de exploração e produção de petróleo onshore, sendo um grande exemplo para outros estados.

Félix acreditava que a venda dos ativos pela Petrobras em águas rasas representava o fim de um período de presença da estatal no onshore nacional e o começo de uma nova fase do setor com a participação da indústria privada.

É importante destacar também que, atualmente, o Rio Grande do Norte (RN) está em sexo lugar em produção geral, mas a tendência é de expansão com novos investimentos e novas tecnologias. De acordo com o presidente da PetroReconcavo e da Potiguar E&P, Marcelo Magalhães, o mercado onshore do estado vive um momento de retomada e de expansão.

Potiguar E&P investe US$ 150 milhões

Em 2020, a PetroReconcavo, por meio de sua subsidiária Potiguar E&P, adquiriu a participação da Petrobras nos campos do Polo Riacho da Forquilha, sendo a primeira transação envolvendo campos em terra em bacias maduras do plano de desinvestimento da Petrobras.

Na época, a empresa também anunciou o investimento de US$ 150 milhões em cinco anos. De acordo com CEO da empresa, a Potiguar E&P está satisfeita com suas operações no estado, tendo em vista que foi encontrado mão de obra de alta qualidade, pessoas capacitadas e ainda conta com o apoio do governo, Sebrae e FIERN.

O setor de Petróleo onshore está vivendo um novo momento e o Rio Grande do Norte tem uma forte participação nisso.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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