As concessionárias dos EUA estão se organizando para realizar o recall nos modelos Ford Mustang. Em meio à problemática, restou à multinacional Ford assumir o erro e resolver a questão
O problema de segurança foi com a câmera traseira (ou câmera de ré). Cerca de 330 mil Ford Mustangs, de modelos que foram lançados entre os anos de 2015 e 2017, deverão retornar imediatamente às concessionárias. Desde meados de maio de 2021, a Ford vem enfrentando um processo, iniciado pelo proprietário Enrique Rodriguez, que acusou a empresa multinacional de produzir o Mustang com um defeito na parte interna do porta-malas.
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Ação contra a multinacional Ford
O defeito apontado por Enrique Rodriguez está no suporte de cabeamento da câmera de segurança de reserva, que é responsável por fazer as câmeras pararem de funcionar.
De acordo com o proprietário do Mustang, a Ford estava totalmente ciente desse problema e não avisou aos proprietários dos modelos e nem àqueles que estavam adquirindo o modelo daquele ano. Coube então ao grupo da Administração Nacional de Segurança no Tráfego nas Estradas (NHTSA) entrar na jogada e saber mais sobre a tal ação movida.
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A NHTSA notou a ação movida por Enrique Rodriguez e decidiu realizar uma investigação própria. Houve relatos de que um fornecedor da Magna, empresa responsável pela fabricação da câmera para a Ford, conduziu uma grave alteração que não foi autorizada ao longo do processo de fabricação.
Sérios prejuízos aos usuários do modelo Mustang e à própria Ford
O resultado disso tudo foi uma grande fragilidade registrada no produto final, algo que causou um grande prejuízo aos diversos usuários da multinacional que optaram na época pelo modelo Mustang, um dos mais famosos e belos já lançados pela Ford.
Segundo um documento emitido pela NHTSA, dois acidentes foram causados justamente pelo problema identificado, porém sem feridos ou algo ainda mais grave. A multinacional acredita que o recall no Mustang deverá resolver todo o problema.
Em nota, a Magna admitiu que de fato houve um problema que, após apuração, ficou constatado que a parte de soldagem foi prejudicada, já que as soldas se moveram momentos antes da solidificação total, no decorrer do processo que é realizado ainda dentro da indústria, fazendo com que ocorresse um tipo de desalinhamento. A Magna se comprometeu a resolver a questão de desalinhamento e reforço das soldas.
Pronunciamento da Ford
A multinacional Ford também assumiu sua parcela de culpa e se responsabilizou por parte do problema, abrindo uma ressalva com relação ao dano do cabeamento da câmera de reserva e informando que ele foi causado por erros na montagem e construção do veículo.
A Ford disse que o erro foi corrigido somente a partir do modelo Mustang lançado em 2018, e deverá ser corrigido também no recall dos modelos anteriores, iniciado no dia 17 de fevereiro.
O recall é extremamente importante, sendo considerado de alta prioridade, onde a marca do veículo considera que as câmeras de reserva são um tipo de equipamento crítico. A Ford do Brasil ainda não se pronunciou sobre como o recall funcionará nos modelos vendidos aqui no país.