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Após Operação Rejeito, FIEMG defende setor Mineral e cobra mudanças na Lei 15.190

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 22/09/2025 às 08:26
Fiemg reage à Operação Rejeito e defende derrubada de vetos da Lei do Licenciamento Ambiental
Foto: IA
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Fiemg reage à Operação Rejeito e defende derrubada de vetos da Lei do Licenciamento Ambiental

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) se posicionou no dia 18/09/25 sobre a Operação Rejeito, investigação conduzida pela Polícia Federal e Ministério Público Federal que revelou crimes na exploração mineral, com prejuízos superiores a R$ 18 bilhões.

A entidade reconheceu a importância da apuração, mas destacou que os crimes não podem ser generalizados para todo o setor mineral, que, segundo ela, atua de forma regulada e dentro da legalidade.

No comunicado, a Fiemg reforçou que acompanha o caso de perto, ressaltando o papel da investigação na defesa da legalidade e da transparência econômica.

Entretanto, alertou que é preciso separar empresas criminosas de mineradoras que contribuem com a geração de empregos, arrecadação de tributos e movimentação da economia mineira e nacional.

Além da defesa ao setor, a federação aproveitou para cobrar a derrubada dos vetos presidenciais à Lei do Licenciamento Ambiental (Lei 15.190), considerada fundamental para garantir regras claras, segurança jurídica e previsibilidade às atividades produtivas no Brasil.

Operação Rejeito: o que está em jogo

A Operação Rejeito foi deflagrada pela Polícia Federal em Minas Gerais e apontou a existência de organizações criminosas que se disfarçavam de mineradoras para explorar recursos de forma ilegal, provocando danos ambientais e econômicos bilionários.

O superintendente da PF em Minas Gerais, Richard Murad Macedo, destacou que a ação tem caráter preventivo e busca impedir a continuidade da destruição provocada por esses grupos.

Ainda assim, a Fiemg alerta que os ilícitos não podem ser atribuídos à totalidade do setor mineral.

Fiemg defende mineração responsável

A Fiemg argumenta que a mineração desempenha papel estruturante para Minas Gerais e para o Brasil, garantindo milhares de empregos diretos e indiretos, além de arrecadação de tributos fundamentais para políticas públicas.

Segundo a nota oficial, “não podemos permitir a generalização ou a demonização de todo o setor mineral”.

A entidade reforçou a importância de responsabilizar apenas aqueles efetivamente envolvidos nos crimes, respeitando o devido processo legal e a ampla defesa.

Licenciamento ambiental em debate

Outro ponto central da manifestação da Fiemg foi a defesa da Lei do Licenciamento Ambiental (Lei 15.190), sancionada em agosto com 63 vetos presidenciais.

Para a federação, a derrubada desses vetos é essencial para garantir que o marco regulatório funcione plenamente.

O texto da lei define normas gerais para atividades que utilizam recursos ambientais ou que possam causar poluição e degradação. Entre os dispositivos vetados pelo governo federal estão:

Retirada da Mata Atlântica do regime especial de proteção para supressão de vegetação nativa;

Possibilidade de ignorar pareceres de órgãos gestores de Unidades de Conservação em casos de empreendimentos que afetem suas áreas;

Limitação de medidas compensatórias apenas a impactos diretos, sem considerar efeitos indiretos ou secundários.

Para a Fiemg, esses pontos são cruciais para assegurar transparência e confiança no processo de licenciamento, garantindo equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

Crescimento com responsabilidade

Ao final, a Fiemg reiterou que acredita em um setor mineral forte, inovador e comprometido com práticas sustentáveis.

A entidade afirma que um licenciamento ambiental moderno e seguro permitirá que projetos minerários e industriais avancem sem abrir mão da responsabilidade social e da proteção ambiental.

A federação conclui que a derrubada dos vetos da Lei do Licenciamento Ambiental é um passo indispensável para consolidar regras claras, aumentar a confiança dos investidores e alinhar o crescimento econômico à preservação de biomas como a Mata Atlântica.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítoca, Econômia. Apaixonada por leitura e escrita.

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