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Após novo aumento no preço do diesel, caminhoneiros iniciam greve no Espírito Santo sem previsão de retorno

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 13/05/2022 às 12:21
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Caminhões paralisados – imagem: (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Caminhoneiros realizam greve no Espírito Santo devido ao aumento no preço do diesel anunciado pela Petrobras e Governo Federal. A greve continua nesta sexta-feira (13) e não tem previsão de retorno no estado.

Na quinta-feira (12), os caminhoneiros iniciaram uma nova greve sem previsão de retorno no estado do Espírito Santo (ES). O anúncio foi feito oficialmente pelo Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Espírito Santo (Sindicam/ES), que explicou que a causa da greve se refere ao aumento no preço do diesel. A entidade ainda destacou que os caminhoneiros, principalmente os autônomos, são os que mais sofrem quando há um aumento no preço do diesel. Sendo assim, o sindicato do Espírito Santo, a Coopercolog, a ACA, e os representantes dos caçambeiros se uniram para combater este aumento.

Abrava demonstra irritação após aumento no preço do diesel

Greve dos caminhoneiros: Após alta do diesel, categoria convoca reunião para decidir paralisação – Reprodução/Youtube

O grupo de caminhoneiros e entidades que participam da greve no Espírito Santo afirmam que a situação já ficou insustentável, tanto em relação ao aumento no preço do diesel quanto em relação aos demais insumos que fazem parte da rotina dos caminhoneiros.

No começo da semana, a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) afirma indignação com o novo aumento no preço do diesel e em comunicado à imprensa, Wallace Landim, representante dos caminhoneiros, que recebe o apelido de Chorão, afirmou que tanto o Governo Federal quanto a Petrobras mudaram a estratégia de aumento no preço dos combustíveis.

“Em uma semana o gás natural fica mais caro, em outra a gasolina, o diesel, e assim por diante”, destaca Wallace. De acordo com Wallace sobre o aumento no preço do diesel, os caminhoneiros e outras entidades não podem ficar quietos, pois esse aumento impactará muito na mesa de vários trabalhadores.

Em nota, o Sindicam do Espírito Santo afirma que o cenário chegou ao limite. “O Sindicam/ES, a ACA e a Coopercolog, juntamente com os representantes dos caçambeiros, apoiam esse movimento. Entendemos que a situação dos autônomos ficou insustentável depois de tantos reajustes, seja no preço do diesel ou dos insumos que compõem o dia a dia do caminhoneiro”, diz o comunicado.

Reajuste no combustível

O anúncio sobre o reajuste do diesel, que gerou a greve de caminhoneiros no Espírito Santo, foi realizado pela Petrobras na última segunda-feira (9), começando a valer no dia 10 de maio. De lá para cá, o preço médio do combustível saiu dos R$ 4,51 e passou a custar R$ 4,91.

Por enquanto, apenas o valor do diesel será ajustado e o gás de cozinha e a gasolina permanecem inalterados. O diesel ficará mais caro após 2 meses sem nenhuma alteração no preço, tendo em vista que a última foi feita em 11 de março.

Na época, a justificativa consistia em um reflexo da elevação nos preços de mercado. Ao observar os últimos reajustes feitos pela estatal, é visto um aumento acumulado de 47% nas refinarias da petroleira. Em nota, a Petrobras afirmou que o movimento visa padronizar a investida de outros fornecedores de combustíveis no país, os quais já promoveram ajustes nos preços de venda em relação à realidade do mercado. 

Preços internacionais do petróleo sobem em 4%

De acordo com a estatal, levando em conta a mistura obrigatória de 90% do diesel A e 10% de biodiesel na composição vendida nos postos de gasolina, a parcela da Petrobras no preço pago pelos consumidores subirá a média do litro de R$ 4,06 para R$ 4,42.

Destacando que este é o preço de venda na bomba. O reajuste ocorreu enquanto as cotações tanto do diesel quanto da gasolina mostravam um atraso em relação ao cenário internacional.

Uma disparidade de -27% foi vista para o primeiro, contra -22% para o segundo. Na última semana, os preços internacionais do petróleo registraram uma alta de 4%, situação na qual o barril tipo Brent, que é mais comercializado, continuou acima da margem de US$ 100.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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