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Após interromper fabricação de veículos e fechar fábricas no Brasil, a inflação alta, escassez de chips e de suprimentos, obrigam a Ford ‘esconder’ 45.000 picapes inacabadas em autódromo e prejuízo passa dos R$ 5 bilhões!

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 24/09/2022 às 17:25
45.000 picapes Ford inacabadas estacionadas no no autódromo Kentucky Speedway – Imagem Ford

Ford não é a única montadora que sofre com a falta de chips e peças, General Motors teve que estacionar 95.000 veículos inacabados por falta de suprimentos!

Devido a problemas de oferta e escassez de chip e de suprimentos, a Ford está atualmente tendo que armazenar milhares de picapes inacabadas em autódromo. Cerca de 45.000 veículos estão sendo mantidos em seu inventário neste trimestre até receberem as peças essenciais. A montadora não é a única que enfrenta o mesmo cenário, a General Motors também tem milhares de carros inacabados que estão esperando por peças.

Além disso em um comunicado de imprensa, a Ford reconheceu que os custos dos fornecedores relacionados à inflação agora estão custando US$ 1 bilhão a mais do que o originalmente projetado.

“A escassez de peça resultará em um número maior do que o planejado e as picapes permanecerão no inventário da Ford aguardando as peças necessárias, no final do terceiro trimestre”, acrescentou o comunicado. “A empresa acredita que esses veículos – um esperado de 40.000 a 45.000 deles, em grande parte picapes e SUVs – serão concluídos e vendidos aos revendedores durante o quarto trimestre.”

Conforme pode ser visto abaixo, a Ford começou armazenar as picapes no autódromo Kentucky Speedway. Fotos de satélite revelam os veículos estacionados se acumulando rapidamente por quase um mês devido à escassez de chips e peças.

O Kentucky Speedway, fica a menos de duas horas da fábrica de montagem de Louisville. Essa fábrica é o principal local onde as picapes da Ford são construídas.

General Motors teve que estacionar 95.000 veículos inacabados por escassez de semicondutores

A indústria automotiva ainda está experimentando os efeitos da pandemia global e parece que pode demorar um pouco até que as coisas voltem ao “normal”. Um dos principais efeitos colaterais da pandemia é a escassez de semicondutores, que são cruciais para a produção de componentes automotivos eletrônicos vitais.

Em fevereiro de 2021, a escassez de semicondutores foi tão ruim que a Ford teve que interromper temporariamente a produção de F-150 em duas fábricas dos EUA. Em julho deste ano, a GM informou que teve que estacionar 95.000 veículos inacabados enquanto esperava em chips.

Pouco depois da revelação do novo Chevrolet Equinox EV de 2024, a CEO da GM, Mary Barra, previu em uma entrevista que a escassez de semicondutores provavelmente continuaria em 2023 e 2024. “Eu francamente acho que é algo que vai durar até o próximo ano; talvez um pouco além”, disse Barra. Com as montadoras prometendo entregar mais veículos elétricos até 2030, essa escassez contínua de semicondutores pode resultar em atrasos nessas promessas.

“A escassez global de semicondutores continua a afetar as fábricas norte-americanas da Ford – juntamente com montadoras e outras indústrias em todo o mundo”, disse um porta-voz da Ford ao The Drive.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira de Produção pós-graduada em Engenharia Elétrica e Automação, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos, com mais de 7 mil artigos publicados. Sua expertise técnica e habilidade de comunicação a tornam uma referência respeitada em seu campo. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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