A operadora MOL proibiu o transporte de carros elétricos após incidente com navio Felicity Ace, que pegou fogo em fevereiro deste ano com veículos da Porsche, Bentley, Audi e Lamborghini, do Grupo Volkswagen.
O Navio Felicity Ace, em fevereiro deste ano, ficou em chamas e a deriva no oceano atlântico por dias. O incêndio durou por diversos dias, sendo causado pelas baterias de lítio de alguns carros elétricos da Porsche, Bentley, Audi e Lamborghini que eram transportados pela embarcação. A empresa que opera o navio envolvido no incidente, a Mitsui OSK Lines (MOL), declarou na terça-feira (12) que não planeja mais transportar carros elétricos usados.
Entenda os mais sobre a proibição da empresa relacionada ao transporte de carros elétricos
A MOL é uma das maiores empresas especializadas no transporte marítimos de carros elétricos e a combustão no mundo. De acordo com Vinson & Elkins, uma firma de advocacia, o incêndio de veículos da Porsche, Bentley, Audi e Lamborghini no navio Felicity Ace gerou o maior prejuízo no ramo, cotado no valor de US$ 500 milhões, o que equivale a R$ 2,3 bilhões em conversão direta.
Um porta-voz da MOL comentou sobre a decisão da empresa de proibir o transporte de carros elétricos usados. Quando uma bateria de carro elétrico feita de lítio é incendiada, sua temperatura pode chegar a 2.700 graus célsius.
- Brasil, o país onde tirar a CNH é um verdadeiro pesadelo! Ficando em 2º lugar no ranking mundial, considerado um país extramente difícil de conseguir tirar a habilitação
- Toyota 4Runner TRD Surf Concept surpreende como picape baseada em SUV: um projeto que traz o verão para o asfalto
- Adeus, Honda Pop 110! Nova concorrente chega com 3 motos incríveis na faixa de R$ 9 mil para dominar o mercado e desbancar até a Yamaha!
- Toyota revela o novo SUV popular mais esperado de 2024: inspirado na mini Hilux, off-road compacto e barato será lançado em novembro e promete vender que nem água
A tática para apagar esse fogo é diferente e o sistema utilizado para isso, de supressão de fogo, nos navios atuais não são capazes de controlar um incêndio como o que aconteceu no mês de fevereiro deste ano. As técnicas conhecidas para controlar este tipo de incêndio, como ocorreu com os Porsche, Bentley, Audi e Lamborghini presentes no navio Felicity Ace, ainda não são práticas que possam ser aplicadas em locais de espaço limitado.
Navio Felicity Ace queimou por dias com 3.965 carros Porsche, Bentley, Audi e Lamborghini e deu prejuízo bilionário à fabricante de veículos Volkswagen; baterias de íons de lítio complicaram o resgate
O navio Felicity Ace, em fevereiro, começou a queimar próximo à ilha do Faial no arquipélago dos Açores, em Portugal. O navio possuía bandeira do Panamá e contava com 4 mil carros elétricos da Porsche, Bentley, Audi e Lamborghini, do Grupo Volkswagen. Ao total, foram queimados veículos como ID.3 e ID.4, 1.100 exemplares de carros da Porsche, 21 unidades da Lamborghini e 189 veículos da Bentley.
O navio cargueiro havia saído de Endem, situado na Alemanha, onde o grupo conta com uma fábrica de carros, e tinha como destino final os Estados Unidos. Quando o Navio Felicity Ace estava próximo de Açores, em Portugal, prestes a iniciar a travessia do Atlântico Norte, notou o início do incêndio, que se alastrou de forma rápida.
A embarcação com veículos da Porsche, Bentley, Audi e Lamborghini possuía uma tripulação de 22 pessoas e todas elas foram rapidamente resgatadas pela Marinha Portuguesa.
Incêndio de navio com carros elétricos não gerou poluição, afirmam autoridades locais e empresa responsável
O navio estava navegando a 170 km ao largo da ilha do Faial e passou bastantes dias lá. De acordo com as autoridades do país, não houve nenhum sinal de que a embarcação, com veículos da Porsche, Bentley, Audi e Lamborghini, tenha poluído os mares portugueses.
A recuperação do navio foi mais simples, assim como a verificação dos danos causados ao navio e aquilo que era transportado. Vale ressaltar que incidentes como estes com navios cargueiros são raros e a cada carga que é perdida, cerca de 4 mil carros são perdidos, tendo em vista que essa é uma média dos cargueiros Ro On Ro Off, que são mais comuns nos portos do mundo todo. No Brasil, os complexos portuários de Santos e Vitória são aqueles que mais movimentam navios desse tipo.